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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Onde mais colocar tantos carros? Nas já congestionadas ruas da cidade










quinta-feira, 22 de julho de 2010

Bicicletada de Julho


Esse mês, não faremos a tradicional panfletagem da Bicicletada. Será apenas um passeio com mais ou menos 20 km, em ritmo leve, seguido de um happy-hour ao final do passeio.

O horário das 18 h é intencional, para chamar atenção para a bicicleta como meio de transporte diante de um trânsito caótico.

Sabemos que a maioria trabalha até as 18 h. Mas, se conversar com o chefe... pedir a ele para sair, pelo menos uma vez no mês, uma ou duas horinhas mais cedo, temos certeza que ele vai deixar.

Explica a ele qual o objetivo do movimento, que é por uma boa causa... e, quem sabe, leva ele também!


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Berna

As imagens foram recebidas do colaborador da Bicicletada de Maceió, Junior Damasceno. Uma amiga sua que está morando em Berna, por saber do seu interesse pela bicicleta, lhe enviou estas belas imagens da importância que este veículo tem por lá, com direito a espaço exclusivo para sua circulação e semáforos próprios para ela.

Quem observar bem a primeira imagem, verá um corte retangular no asfalto que, provavelmente, trata-se de um sensor que faz o semáforo dos carros ficar vermelho para que as bicicletas consigam virar à esquerda.


Berna é a capital da Suíça, país que tem o 7º maior PIB per capta do mundo (o Brasil é o 70º) e onde a bicicleta é extremamente utilizada como meio de transporte, independente da classe social dos indivíduos. Enquanto isso, em terras tupiniquins, continuamos vendo a bicicleta como o transporte dos menos favorecidos e sonhamos com os carros que os europeus cotinuam tentando nos vender, já que lá não são tão desejados como aqui.

Como disse o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano:

"Estamos submetidos à ditadura do automóvel. Não existe pior colonialismo do que aquele que nos conquista o coração e nos apaga a razão”.



Para não ficarmos apenas com imagens estáticas, segue um video de Copenhague, capital da Dinamarca, que batalha para conseguir o título de "Capital Mundial da Bicicleta":

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Pena de morte


Foi noticiada, no portal Tudo Na Hora, a morte de mais uma pessoa que se deslocava de bicicleta em Maceió, dessa vez, do sexo feminino. Pagou a pena de morte por ter escolhido um meio de transporte que faz bem à saúde, não polui o ar, não emite ruídos e nem provoca congestionamentos, ou seja, um transporte que só traz benefícios ao convívio urbano... mas que mata seus usuários.

Não é a bicicleta que mata o ciclista. O ciclista não cai sozinho e morre. As mortes são provocadas pelos veículos motorizados que pesam toneladas e deslocam-se em alta velocidade pelo meio urbano, disputando espaço, de maneira covarde, com ciclistas e pedestres, desprovidos das proteções do cockpit (como air-bag e cinto de segurança).

O Código de Trânsito Brasileiro prevê, como regra para os ciclistas, diversos equipamentos de segurança (como capacete, luzes refletivas, espelhos retrovisores), e os ciclistas (geralmente pessoas com baixo poder aquisitivo) são sempre criticados, tanto pelos motoristas como pelo poder público, por não fazerem uso desses equipamentos. A transferência da culpa para o ciclista já foi discutida em postagem recente.

O CTB ainda determina, em seu artigo 58, o que segue:

Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.


É bom frisar o que diz o final do artigo: “...com preferência sobre os veículos automotores.” Mas como efetivar a preferência que um ciclista que pedala uma bicicleta de 15 kg tem sobre um caminhão de 15 toneladas? Apenas com a educação dos motoristas e a punição dos infratores.



A SMTT costuma dizer que seus agentes não estão na rua para multar, mas para educar. É um tanto romântico ouvir isso de um secretário de transportes, mas não é eficaz. É uma frase de efeito que serve apenas para manter a boa imagem política do prefeito e não deixar que os motoristas acreditem no mito da “indústria de multas”. É importante esclarecer que o lugar de educar o motorista foi na autoescola. Na vida, a educação aplicada deve ser a punição dos infratores, para que sirva de exemplo para que outros não façam o mesmo. Achar que os motoristas serão mais educados no trânsito apenas porque viram um boneco engraçado da SMTT nas ruas é pura ilusão.

Desde a década de 1970, com o desenvolvimento da consciência ambiental nos países ricos da Europa, a bicicleta tem sido cada vez mais estimulada como meio de transporte, através da oferta de facilidades (como a construção de ciclovias, ciclofaixas e bicicletários) à sua utilização.

Por aqui, no subdesenvolvido, punimos aqueles que despertaram para os benefícios da bicicleta com a pena de morte. As pessoas concordam que o ciclista precisa de segurança no trânsito e, quando se fala em bicicleta, a palavra “ciclovia” está na ponta da língua. Porém, a ciclovia não é a única forma de dar segurança aos ciclistas. A redução da velocidade dos motorizados e a definição de um espaço claro para as bicicletas (com uma ciclofaixa, por exemplo) poderia ser muito mais eficaz que a difícil construção de ciclovias.

Recentemente, a Prefeitura de Maceió pintou, na faixa mais à direita da Av. Fernandes Lima, a palavra ÔNIBUS e esclareceu, através da imprensa, que estava criando uma faixa “seletiva” para estes veículos, com a intenção (obscura) de liberar mais espaço para a circulação dos automóveis (numa inversão de valores, numa cidade onde o veículo individual particular tem mais direitos que o público coletivo).


Como o CTB determina que os ciclistas devem trafegar pelo bordo da pista, haverá uma clara e desigual disputa por espaço entre ônibus e bicicletas nesta faixa. Quantos ciclistas precisarão morrer até que se faça algo? Não se sabe. O que o poder público municipal tem a dizer? Nada!

Dizer que Maceió não tem uma política clara para as bicicletas é um equívoco. Pode não ser clara, mas que há política, há. Como bem disse o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard: “Não tomar uma decisão já é uma decisão. Não fazer uma escolha já é uma escolha.”



PS: A História conta que a ciclovia é uma invenção dos nazistas que, com a intenção de motorizar a Alemanha, precisavam resguardar os ciclistas (em grande número naquele país) dos perigos do tráfego motorizado. Portanto, construir ciclovias é efetivar a ideia de que a rua pertence aos carros e os pedestres e ciclistas precisam ficar confinados nos espaços destinados a eles.

PS2: A Av. Júlio Marques Luz (antiga Av. Jatiúca) teve seu asfalto renovado recentemente. Em breve, será feita sua sinalização. Fique atento para ver se o ciclista será levado em consideração ou se continuará sendo tratado como se não existisse.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Passagem de ônibus em Maceió aumenta na segunda*

* Publicado no portal Tudo Na Hora, por Elaine Rodrigues



Conselho de Transporte e Trânsito disse que reajuste deveria ter ocorrido em janeiro

Quem precisa utilizar o transporte público de Maceió deve ficar atento. A partir de segunda-feira, o valor da passagem vai estar mais caro. A Prefeitura de Maceió anunciou, agora há pouco, o novo valor: R$ 2,10.

O aumento foi de dez centavos, mas vai fazer a diferença de R$ 4,80 por mês para quem trabalha de segunda a sábado e precisa pegar dois ônibus por dia. Em um ano, o valor sobe para R$ 57,60.

Segundo o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, estudos feitos em dezembro mostraram que a passagem já deveria ter sido reajustada para R$ 2,15 a partir de janeiro deste ano. No entanto, o prefeito Cícero Almeida determinou que fosse feito o reajuste de dez centavos, e mesmo assim, após seis meses.

O presidente da Associação dos Usuários de Transportes Coletivos, Joelson Messias da Silva, contou que não foi comunicado do aumento. "Nós entendemos que o conselho consultivo da SMTT deveria ter agregado a sociedade civil, o poder público. Quando você, faz a reunião na calada da noite, o passageiro vai dormir pagando um preço pela passagem e acorda pagando outro. Agora como é que o trabalhador vai pagar essa diferença", questionou Joelson Messias.

Ele contou ainda que mais 300 mil pessoas usam o transporte público em Maceió. "No Benedito Bentes tem gente andando pendurada no ônibus, e o veículo com a porta aberta, um absurdo. O transporte continua péssimo as pessoas andam de ônibus com menos que a quantidade mínima necessária", afirmou.

Na próxima semana a associação deve entrar com ação pública contra o aumento de passagem. "Não é aceitável que em ano político o prefeito dê aumento na passagem para beneficiar empresários", concluiu.