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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Reunião no DNIT


Aconteceu na tarde de hoje (18), no edifício sede do DNIT-AL, a sexta reunião para tratar da construção de infraestrutura cicloviária na cidade de Maceió. A reunião foi agendada pelo promotor Max Martins a pedido do Sr. Lourival Falcão, representante do órgão presente na última reunião realizada no Ministério Público Estadual - MPE.

O objetivo da reunião era desatar o nó existente na construção da ciclovia da Avenida Menino Marcelo, bem como tratar de uma possível inclusão de ciclovia na obra de duplicação da BR-101. Por se tratar, a Av. Menino Marcelo, de uma rodovia federal (BR-316) que atravessa o tecido urbano de Maceió, foram convocados para a reunião, além do DNIT (anfitrião da reunião), o poder público municipal e representantes dos ciclistas.


Os participantes da Bicicletada de Maceió e membros da Associação Alagoana de Ciclismo – AAC compareceram no horário marcado (15h). Procuraram pelo Sr. Lourival Falcão e foram informados que o mesmo não se encontrava no órgão e que estaria viajando. Foram recebidos pelo Sr. Márcio Lanzuerksy que, por cerca de uma hora, buscava uma sala para realizar a reunião.



Às 16h, teve início a reunião. Estiveram presentes participantes da Bicicletada de Maceió e membros da AAC. O Sr. Márcio Lanzuerksy apresentou o projeto original da rodovia BR-316, datado de 1978. No projeto, foi demonstrado que a área non ædificandi das margens da rodovia corresponde a 50 m (para o lado onde encontra-se o shopping do Benedito Bentes) e 30 m para o lado oposto.


Segundo o Sr. Lanzuerksy, ao longo dos anos, o poder público municipal permitiu a ocupação dessa área, causando o estrangulamento da rodovia. Os representantes da Bicicletada e da AAC expressaram preocupação sobre o fato da indefinição de quem deve ser o responsável pelo mapeamento dos ocupantes da área non ædificandi, onde deverá ser construída a ciclovia, tal como solicitado pelo MPE na reunião anterior. Sobre este assunto, o Sr. Lanzuerksy apenas sugeriu que deveria ser o município, já que o mesmo teria sido o responsável pela obra da ciclovia inacabada. Na ausência de um representante do poder público municipal, o Sr. Antônio Facchinetti, representante da AAC, sugeriu que fosse marcada uma nova reunião convocando novamente o poder público municipal.


O Sr. Alexandre Casado, participante da Bicicletada, colocou que nesse processo de discussão e reuniões que vem acontecendo, todos precisam ter ideia clara de seu papel e sua responsabilidade. Segundo ele, os papéis parecem estar invertidos. Quando os ciclistas, meros cidadãos, foram convidados a participar desse processo de discussão no MPE, entendia-se que os mesmos participariam como coadjuvantes do processo. Julgou-se imprescindível a participação dos ciclistas nos debates por conhecerem, na prática, a realidade enfrentada pelos mesmos nas ruas de Maceió. Alexandre colocou também que faltamos ao nosso trabalho e deixamos nossas obrigações para participar das reuniões, que não são tratadas com seriedade por aqueles que têm responsabilidade por zelar pela integridade física dos entes do trânsito, que parecem fazer pouco caso da situação.


Alexandre também disse que, pela forma como a questão é tratada, sabemos que a ciclovia da Av. Menino Marcelo não será concretizada. Se formos esperar que se resolvam os problemas de desapropriação, passar-se-ão cem anos. Portanto, Alexandre sugeriu que soluções imediatas sejam colocadas em prática, tais como: sinalização vertical, fiscalização eletrônica para o limite de velocidade, punição dos motoristas infratores (que excedem o limite de velocidade e/ou que ultrapassam um ciclista a menos de um metro e meio de distância, por exemplo), etc.




Lucas Amorim, participante da Bicicletada, argumentou que, na ausência do poder público municipal, para tratar das questões que envolvem a Avenida Menino Marcelo, poderíamos dar prosseguimento à reunião tratando do segundo tema da pauta: a inclusão de uma ciclovia na obra de duplicação da rodovia BR-101.


O Sr. Lanzuerksy disse que está afastado da área executiva do órgão e que não tem autoridade para tratar do assunto.


Por volta das 17h, ao perceber que o debate não chegaria a lugar algum, os ciclistas se despediram e se ausentaram da reunião.


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