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segunda-feira, 15 de abril de 2013

A vez da magrela



Pedale por 10 cidades onde a bicicleta é um meio de transporte essencial

Em tempos de sustentabilidade e saturação de veículos motorizados, a biclicleta ganha cada vez mais adeptos ao redor do mundo. Em algumas cidades, ela representa o principal meio de transporte – e um meio atrativo sobre o qual os visitantes podem conhecer destinos. Levamos você para rodar por 10 cidades mais do que amigáveis das magrelas, onde o seu uso não é apenas amplamente adotado, como incentivado por medidas criativas para que elas nunca deixem de circular.

1. Montreal, Canadá


Montreal faz jus à fama de ser ‘bike-friendly’: o governo da cidade investiu 134 milhões de dólares canadenses na reforma da pavimentação de ciclovias para manter viva e funcionando uma prática há muito difundida entre a população.


A cidade se gaba por possuir 480 km de ciclovias, que já estão na mira para um plano de expansão. Outro grande trunfo de Montreal é o Bixi Bikesharing System (montreal.bixi.com), um sistema com 410 estações de bicicletas espalhadas pela cidade para você se ‘servir’ de uma e rodar por lá. Para devolvê-la, basta encontrar uma estação. O valor do aluguel é simbólico e é possível pagar uma taxa anual (80 dólares canadenses), que dá direito a viagens diárias ilimitadas, desde que cada uma seja de até 45 minutos. Para estender esse período, basta pagar uma taxa adicional.


2. Portland, EUA



Portland sabe como recompensar seus ciclistas: a rede de ciclofaixas sempre movimentadas recobre a cidade e termina em belos parques e lagos, onde é possível relaxar do passeio. Você pode alugar uma bicicleta por US$ 20 para metade do dia em um dos postos da cooperativa Citybikes (citybikes.coop). São quase 500 km reservados para o ciclismo, que corresponde a 9% do transporte da cidade.



Uma iniciativa do governo que ainda está em andamento pretende estabelecer o sistema de bike share, em que os usuários pagam anuidades que variam entre US$ 50 e US$ 85 para usar as bicicletas.


3. Barcelona, Espanha



Assim como o sistema de bike sharing de Montreal, Barcelona também disponibiliza, pelo menos, 100 estações para retirada e devolução de bicicletas, basta ter o cartão do serviço, que o usuário pode obter através do site do programa, chamado Bicing (bicing.com). O governo construiu um‘cinturão verde’em torno da área metropolitana da cidade só com ciclofaixas.



Outras iniciativas como estacionamentos subterrâneos para a prevenção de roubos estão sendo estudadas e, enquanto elas não saem do papel, o ciclista pode contar com 3.250 pontos espalhados pela cidade para estacionar sua magrela. Outra iniciativa que funciona a pleno vapor em Barcelona são os eventos e as atividades em torno do assunto, como a Semana da Bicicleta, que mistura lazer e palestras na campanha pela adesão do transporte mais sustentável – e saudável – que existe.


4. Amsterdã, Holanda



São os ciclistas que ditam as regras nas ruas de Amsterdã, que ostenta, merecidamente, o título da cidade mais amigável de bicicletas do mundo – e a mais bonita para se conhecer sobre duas rodas também. Toda rota tem um cenário fascinante, pontuada de casas de arquitetura típica europeia e cafés charmosos. As bicicletas são responsáveis por 40% dos transportes usados na cidade. Na estação central foi construído um estacionamento (na foto) para 7 mil magrelas para quem vai de bike até a estação. Se você não quiser se arriscar em uma rota sozinho, procure pelo serviço de guias, como o Mikes’ Bike Tour (mikesbiketoursamsterdam.com).


5. Berlim, Alemanha



Surpreenda-se: menos da metade da população de Berlim possui carro próprio. Nada menos do que 13% de todo tráfego das ruas da capital alemã é composto por ciclistas, que totalizam 500 mil. Em um sistema organizado, as ciclovias têm espaço delimitado nas ruas e amplas calçadas da cidade. Além disso, quem decide sair de casa sobre duas rodas não corre o risco de se perder. O site BBBike (bbbike.de) traça a melhor rota de um lugar para outro, basta preencher o endereço de destino e o de chegada.


6. Copenhague, Dinamarca



A cidade de Copenhague investe altas quantias para melhorar a infraestrutura de ciclovias, que têm seu próprio sistema de sinalização. Todo habitante tem uma bicicleta e mais de 30% dos trabalhadores usa a magrela como meio de transporte. No bairro alternativo e autônomo de Christiania não entram carros, enquanto em outros locais, como no centro da cidade, é cobrada uma taxa de € 1,40 por hora para estacionar na rua. Sendo assim, andar de bicicleta passou a ser visto como uma forma de economizar.



Postos de empréstimos da magrela estão espalhados pela região central da cidade, que reembolsam no ato da devolução o crédito de € 2,70 depositado na retirada. Na foto, um estacionamento divertido com capacidade para três bicicletas.


7. Trodheim. Noruega



Você já imaginou um elevador para bicicletas? Pois em Trondheim, na Noruega, ele não só existe (trampe.no/english), como evita que os ciclistas cheguem suados ao trabalho. Instalado em ladeiras, o sistema permite que o usuário não precise descer da bicicleta, basta apoiar o pé sobre um suporte preso a um cabo, que empurra o ciclista montado até a parte mais alta da rua.



Além do elevador, outras iniciativas como o aluguel de bicicletas, faz de Trondheim uma cidade referência quando o assunto é transporte sustentável. A meta do governo ali é aumentar o número de ciclistas em 8% até 2015.


8. Davis, Califórnia, EUA



O logo dessa pequena cidade de 65 mil habitantes é uma bicicleta. Para completar, por ali circulam mais magrelas do que veículos motorizados – incluindo as das crianças que usam bikes para ir à escola. Davis foi uma das primeiras cidades nos Estados Unidos a incorporar a bicicleta no sistema de tráfego da cidade e dispõe de túneis para os ciclistas não precisarem desviar de suas rotas. E para coroar todas as iniciativas anteriores, a prefeitura planeja construir um museu dedicado apenas à bicicleta, que se tornou símbolo de transporte saudável, tanto para o corpo como para o planeta.


9. Pequim



A necessidade criou uma boa ocasião para a capital chinesa se tornar mais sustentável: o congestionamento intenso. Como alternativa, os chineses de Beijing passaram a adotar a bicicleta para se locomover sem atrasos ou estresse. Embora a convivência com os veículos motorizados não seja ainda de todo pacífica – o que se torna ainda mais visível pelo alto índice de acidentes envolvendo motoristas e ciclistas – Beijing conta com uma estrutura consistente de ciclovias e oficinas para pequenos reparos na magrela, além de ser plana e ter fama de comercializar bikes a preços imbatíveis.



Uma das diversas oficinas espalhadas pelo centro da capital chinesa.


10. Bogotá, Colômbia



Para representar os países da América do Sul entre as cidades ‘bike-friendly’, escolhemos Bogotá. Pioneira na iniciativa de interditar vias trafegadas por carros um dia por semana em favor do ciclismo, de caminhadas e de outros esportes – modelo que foi seguido por São Paulo ao fechar o popular ‘Minhocão’ aos domingos –, a capital colombiana conta com 300 km de ciclovias, que ligam o centro aos bairros do subúrbio em três circuitos diferentes. Desde a construção das ciclovias, o número de ciclistas aumentou em cinco vezes.


Fonte: MSN Viagem