tag:blogger.com,1999:blog-54979899488846522392024-03-12T20:02:09.323-07:00Bicicletada de MaceióBicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.comBlogger397125tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-49439863647995248462017-03-19T17:34:00.003-07:002017-03-26T14:44:57.827-07:00Viaduto da PRF<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-6xlMCw5Dd8k/WM8ovNoQAVI/AAAAAAAAENY/yTwJs4wLgLMZYm8gJIFS5fJaNhhupVmvwCLcB/s1600/viaduto_PRF.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://2.bp.blogspot.com/-6xlMCw5Dd8k/WM8ovNoQAVI/AAAAAAAAENY/yTwJs4wLgLMZYm8gJIFS5fJaNhhupVmvwCLcB/s400/viaduto_PRF.jpg" width="400" /></a></div>
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Por que esse <a href="http://nao.usem.xyz/aoq4" target="_blank">viaduto</a> será construído agora, em 2017, e não foi construído <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2011/08/reuniao-no-dnit.html" target="_blank">40 anos atrás</a>, quando esse cruzamento de rodovias foi projetado? Por que a AL-101 Sul foi <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/09/al-101-sul-e-o-dia-mundial-sem-carro.html" target="_blank">duplicada em 2012</a> e não já nasceu duplicada em 1979, quando a ponte Divaldo Suruagy foi construída? A resposta é simples: Porque a frota de automóveis daquela época era menor que a de hoje. E se a frota continuar a crescer, o que vamos fazer? Triplicar a rodovia? Construir um viaduto em cima do viaduto? Para onde Maceió está caminhando? Estamos planejando a cidade ou apenas "enxugando gelo"?<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-UF7rxAwkkVE/WM8ouPA9mOI/AAAAAAAAENU/QjRxfvCNdacMMTqEBOvW-OBo9bH8wArBQCLcB/s1600/popula%25C3%25A7%25C3%25A3o.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="https://4.bp.blogspot.com/-UF7rxAwkkVE/WM8ouPA9mOI/AAAAAAAAENU/QjRxfvCNdacMMTqEBOvW-OBo9bH8wArBQCLcB/s400/popula%25C3%25A7%25C3%25A3o.JPG" width="400" /></a></div>
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Na década de 1940, a população de Maceió era de cerca de 80 mil habitantes e os limites da mancha urbana iam até as proximidades do Cepa. Na década de 1980, a população girava em torno de 400 mil habitantes e a cidade alcançava a região do Tabuleiro do Martins. Hoje, a cidade ultrapassa 1 milhão de habitantes e os conjuntos habitacionais de baixa renda (destinado às pessoas que não conseguem adquirir imóveis submetidos às leis de mercado) são construídos nos limites entre Maceió e Rio Largo. <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/05/o-espraiamento-de-maceio.html" target="_blank">Mas por que as pessoas precisam morar tão longe?</a> Está faltando terrenos na cidade? Não. Os terrenos estão especulados e as pessoas mais pobres não conseguem pagar. E não há como combater a especulação imobiliária? Há. O <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm" target="_blank">Estatuto da Cidade</a> (lei de 2001) apresenta instrumentos para isso, que devem ser aplicados nos Planos Diretores (<a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2015/10/inicio-da-revisao-do-plano-diretor.html" target="_blank">o de Maceió é de 2005</a>). E por que esses instrumentos não são aplicados? Porque os "representantes eleitos pelo povo" (prefeito, vereadores, deputados...) têm fortes laços (leia-se: têm suas campanhas eleitorais financiadas) com os proprietários desses terrenos (quando não são os próprios donos).<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-1UO6RKL3jgo/WNg2JO1JU3I/AAAAAAAAEN4/mHPdtoBZtfQEfeWGFqwK_QYbppdeWfmvACLcB/s1600/frota2016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="312" src="https://4.bp.blogspot.com/-1UO6RKL3jgo/WNg2JO1JU3I/AAAAAAAAEN4/mHPdtoBZtfQEfeWGFqwK_QYbppdeWfmvACLcB/s400/frota2016.jpg" width="400" /></a></div>
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Então, o cruzamento das rodovias BR-104 e BR-316, que até as últimas décadas funcionou bem com uma simples rotatória, agora englobado pela mancha urbana, apresenta saturação de automóveis nos horários de pico. As rodovias AL-101 Norte e Sul, que não precisavam ser duplicadas quando foram construídas, servirão como <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2015/12/duplicacao-da-rodovia-al-101-norte.html" target="_blank">vetores de expansão dos negócios do mercado imobiliário</a> após a duplicação.</div>
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-gAyl6RCMGkM/WM8ovteBzXI/AAAAAAAAENg/tG7mWO5_MyAkyIoYH9N_wPWd4bN7inidACLcB/s1600/viadutos.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="303" src="https://2.bp.blogspot.com/-gAyl6RCMGkM/WM8ovteBzXI/AAAAAAAAENg/tG7mWO5_MyAkyIoYH9N_wPWd4bN7inidACLcB/s400/viadutos.jpg" width="400" /></a></div>
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Entre 2002 e 2008, a Prefeitura de Maceió construiu quatro viadutos na cidade (um no Poço, dois no Farol e um em Mangabeiras). Hoje, uma década depois, esses viadutos já estão saturados de automóveis e perderam sua função. É o mesmo que acontecerá com as rodovias AL-101 Norte e Sul e com o viaduto da PRF nas próximas décadas. É o que Jane Jacobs chama de "erosão da cidade pelos automóveis": aumento da frota de automóveis, expansão horizontal da cidade, descaracterização do patrimônio arquitetônico e urbanístico dos bairros, das comunidades, da cidade..., em contraposição ao que ela também chama de "redução dos automóveis pela cidade": evitar a necessidade de deslocamentos em automóveis, estimulando o transporte coletivo, a bicicleta, o caminhar...</div>
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O candidato <a href="http://nao.usem.xyz/aopo" target="_blank">promete</a>, na campanha eleitoral, a construção do VLT, do BRT e todas essas siglas que deixam as pessoas curiosas em saber o que é e esperançosas de que seus deslocamentos pendulares (periferia-centro-periferia) terão um alívio (pois já se conformaram que não podem morar nos terrenos próximos da área central). Mas como essas obras custariam bilhões de reais e a cidade dependeria de recursos federais (que não virão nem tão cedo, nesse montante), a dinastia Calheiros precisa apresentar alguma(s) obra(s) para servir de portfólio nas eleições de 2018 e para manter o caixa das empreiteiras (que vão financiar as próximas campanhas) abastecido. Então já que as soluções bilionárias do VLT e BRT não virão, jogam as "soluções" milionárias do viaduto da PRF, da duplicação da AL-101 Norte, do tal "<a href="http://nao.usem.xyz/aopp" target="_blank">eixo viário do Cepa</a>"... E a população (que não estudou urbanismo e não parece estar muito preocupada com o desperdício de recursos públicos e/ou com seu uso em benefício de empreiteiras e da especulação imobiliária) aplaude e acredita que viadutos e duplicação de rodovias vão melhorar a mobilidade urbana.<br />
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Por volta de <a href="https://www.youtube.com/watch?v=d89bLBbHgv4" target="_blank">2009/2010</a>, quando a frota de automóveis de Maceió crescia vertiginosamente, estimulada pelos incentivos fiscais do governo federal, a imprensa vivia procurando urbanistas para dizerem qual seria a solução para a mobilidade urbana, ao que sempre respondiam sobre a cidade compacta, o aumento da densidade populacional, o incentivo ao transporte coletivo, à bicicleta, ao caminhar...</div>
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Com a atual crise econômica, parece que o problema da mobilidade (que é entendido pelos motoristas como sinônimo de congestionamento, pouco importando se o pobre leva 2 horas para ir de ônibus da periferia ao Centro, gastando 1/4 do salário mínimo) deixou de existir. Aí o governo constrói um viaduto aqui, duplica uma rodovia ali... e, daqui a algumas décadas, a próxima geração de urbanistas será convidada pela imprensa para responder aos mesmos questionamentos que faziam em 2009/2010 e assistiremos à reprise desse filme.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-rnw7ZyjkloQ/WM8ovZ-e1pI/AAAAAAAAENc/10_LG4nu2n8Bd9hQRqL2rLSR7cA47hcjgCLcB/s1600/densidade.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-rnw7ZyjkloQ/WM8ovZ-e1pI/AAAAAAAAENc/10_LG4nu2n8Bd9hQRqL2rLSR7cA47hcjgCLcB/s400/densidade.jpg" width="303" /></a></div>
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Maceió não chegará a um ponto em que irá travar totalmente (na verdade isso já acontece em alguns pontos da cidade em determinados horários). O que acontece é que a cidade vai se adequando ao automóvel e buscando áreas cada vez mais distantes para ocupar e para manter a baixa densidade populacional que favorece os deslocamentos por automóvel. Maceió vai ficando cada vez mais parecida com <a href="http://www.demographia.com/db-lonlanypar.htm" target="_blank">Los Angeles</a> e São Paulo e cada vez menos parecida com Paris e Barcelona, no que se refere à densidade populacional. É apenas uma questão de escolhas, de como os cidadãos querem que os recursos públicos sejam gastos, se com asfalto, viadutos, pontes, túneis, semáforos, tratamento de doenças provocadas pelo estresse e pela poluição, etc. ou com praças, parques, museus, escolas, calçadas arborizadas, ciclovias, etc. Esse ano de 2017 é ano de debater o <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/08/11-km-de-ciclovias-em-4-anos.html" target="_blank">PPA 2018-2021</a>. Vamos ver quais serão as prioridades "escolhidas pela população".<br />
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Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-24503872877333067902016-12-09T17:39:00.002-08:002016-12-12T05:57:46.413-08:00Fim da Era do Automóvel: como as cidades estão conseguindo se livrar dele<div style="text-align: justify;">
Cidades do mundo inteiro estão chegando à mesma conclusão: elas seriam
muito melhores com menos carros. Então, o que está por trás dessa
revolução em nosso estilo de vida urbano? Stephen Moss parte em uma
viagem (sem carro) para descobrir.
Realmente chegamos ao fim do automóvel nas cidades?<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-ulSLDjQ8U-c/WEtd2pcBWjI/AAAAAAAAEL0/ViTS3BK3fukW1Mh1X65iu8-9U8wSvMldACEw/s1600/01.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-ulSLDjQ8U-c/WEtd2pcBWjI/AAAAAAAAEL0/ViTS3BK3fukW1Mh1X65iu8-9U8wSvMldACEw/s400/01.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Oxford Street, em Londres, em 1965, quando o Urbanismo buscava acomodar
cada vez mais carros nas cidades. Foto: Powell / Getty Images</span></div>
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Por Stephen Moss*<br />
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Gilles Vesco chama de “Nova Mobilidade”. Consiste em uma cidade onde seus habitantes não dependem mais do automóvel, mas do transporte público, de carros e bicicletas compartilhados, sobretudo, em tempo real, através de seus smartphones. Ele prevê uma revolução que transformará não apenas os transportes, mas as próprias cidades. “O objetivo é redemocratizar o espaço público e criar uma cidade para pessoas”, diz ele. “Será uma cidade com menos poluição, menos barulho, menos estresse: uma cidade ‘caminhável’.”<br />
<br />
Vesco, responsável pelo transporte sustentável em Lyon (França), coordenou a implantação do <a href="http://www.velov.grandlyon.com/">sistema de bicicletas públicas da cidade, o Vélo’v</a>, dez anos atrás. Sistema esse que vem sendo replicado em cidades do mundo inteiro. Agora ele está convencido de que a tecnologia digital mudou as regras do jogo e tornará possível que as pessoas não sejam mais dependentes do carro, o que era inimaginável quando o Vélo’v foi lançado, em maio de 2005. “A informação digital é o combustível da mobilidade”, diz ele. “Alguns sociólogos de transporte dizem que a informação corresponde a 50% da mobilidade. O carro será um acessório do smartphone.”<br />
<br />
Vesco faz sua profecia: “O compartilhamento é o novo paradigma da mobilidade urbana. No futuro, você avaliará a cidade em função daquilo que é compartilhado nela. Quanto mais pessoas compartilhando o transporte, os espaços públicos, informação e outros serviços, mais atraente será a cidade.”<br />
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O Vélo’v tem sido expandido, grupos de compartilhamento de carros elétricos vêm sendo estimulados e o que Vesco chama de “plataforma colaborativa” foi desenvolvida para incentivar caronas solidárias. Não há, segundo ele, qualquer motivo para que um habitante de Lyon possua carro. E ele dá o exemplo: ele mesmo não possui.”<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-qKVj583txXw/WEtd3oiE-xI/AAAAAAAAEL8/4EGf1vRYjQoqZHJSo1wpKsItetQVAXmLQCEw/s1600/02.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://2.bp.blogspot.com/-qKVj583txXw/WEtd3oiE-xI/AAAAAAAAEL8/4EGf1vRYjQoqZHJSo1wpKsItetQVAXmLQCEw/s400/02.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Zona de pedestres na área central de Lyon, nas margens do rio Rhônes. Foto: Alamy</span></div>
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O número de carros que entraram em circulação em Lyon diminuiu 20% na última década, sem qualquer cobrança de pedágio urbano (Vesco diz que tal medida prejudicaria as pessoas com menor renda, que costumam possuir veículos mais poluentes). E embora a expectativa de crescimento da população de Lyon seja de mais de 10% na próxima década, ele prevê uma redução de 20% no uso do automóvel. O estacionamento que havia nas margens dos dois rios que passam por Lyon foi substituído por parques públicos. Vesco diz que, alguém que visitou Lyon dez anos atrás e retorna hoje, mal reconheceria a cidade.<br />
<br />
Birmingham, que disputa com Manchester o titulo de segunda cidade mais importante da Inglaterra, tem acompanhado de perto a experiência de Lyon e de outras cidades europeias e embarca agora no seu plano para os próximos 20 anos, chamado “<a href="http://www.birmingham.gov.uk/connected">Birmingham Conectada</a>”, para reduzir a dependência do automóvel. Para uma cidade conhecida por suas montadoras de automóveis, é um grande avanço. A iniciativa tem sido levada adiante pelo veterano presidente da Câmara Municipal, Sir Albert Bore, que propõe a sobreposição de um plano tridimensional de transportes em um plano bidimensional da cidade: “As cidades da França e da Alemanha estão bastante avançadas no mapeamento em diferentes layers (camadas/níveis).”<br />
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“Multimodalidade” e “interconectividade” são palavras que estão na boca de qualquer urbanista hoje em dia. Em Munique, diz Bore, os planejadores lhe disseram que os moradores da cidade do futuro não precisarão mais ter carro. Bicicletas e transporte público eficiente serão a regra; para viagens ocasionais para fora da cidade, poderão alugar um carro ou participar de um grupo de compartilhamento de carros ou de caronas, que promovem o transporte intermunicipal. A estatística que não se cansa de repetir é que seu carro fica parado, ocioso e depreciando-se por 96% do dia. Tem de haver uma maneira mais eficiente de se deslocar nessas sete horas semanais.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-l4bouUtOaTc/WEtd3SRD8JI/AAAAAAAAEL4/daFTlrM_cZIpwSJCe4TDcfd2Roaff4GowCEw/s1600/03.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-l4bouUtOaTc/WEtd3SRD8JI/AAAAAAAAEL4/daFTlrM_cZIpwSJCe4TDcfd2Roaff4GowCEw/s400/03.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Anel viário Smallbrook, parte do centro comercial de Birmingham dominado por carros. Foto: PA Archive</span></div>
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Os grupos de compartilhamento de carros apresentam uma segunda estatística: se um carro pessoal atende a um indivíduo ou uma família, um carro compartilhado pode atender até 60 pessoas. Enquanto escrevo isso, observo pela janela meu Volkswagem Golf estacionado lá fora, que usei pela última vez quinze dias atrás. Carros individuais são um desperdício.<br />
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Bore reconhece que seu plano para transformar a cidade não será fácil e que necessitará de um bom convencimento da população. “Birmingham sempre foi conhecida como ‘a cidade do carro’,” diz ele, “e por causa disso nunca se preocupou em construir uma rede de bondes e metrô, como vemos em outras grandes cidades da Europa. Foi um erro não construir essa rede, pois não nos preocupamos em ter uma visão de longo prazo.” Agora que Birmingham tem um plano de longo prazo, o que não se tem é dinheiro. Seriam necessários £4 bilhões; até agora só se conseguiu £1,2 bilhão. Tanto o governo central, quanto investidores privados e empresas locais, terão de ser convencidos de que vale a pena.<br />
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Anne Shaw, responsável pelos transportes de Birmingham, sai comigo para dar uma volta pelo centro da cidade para me mostrar as mudanças que estão em curso. A linha de bonde, que vem de Wolverhampton, está sendo estendida; a via que cortava diversas repartições públicas está sendo desviada; subsolos irregulares de edifícios estão sendo removidos; ciclovias estão sendo implantadas e um sistema BRT está planejado.<br />
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Um dia, talvez, Birmingham terá seu serviço de metrô, embora demore vários anos e custe milhões. Atualmente, os deslocamentos em Birmingham dividem-se entre 50% em transporte individual e 50% em transporte coletivo; isso também precisa mudar — em Londres, apenas 15% das viagens são realizadas em transporte individual. Em Birmingham, o distrito central, onde estão localizados o Symphony Hall e a moderna biblioteca, é chamado de Paraíso. Bore espera que, um dia, faça jus a seu nome.<br />
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Os planejadores de Birmingham reconhecem que a cidade está atrasada. Londres, que foi pioneira na implantação do pedágio urbano e sempre soube integrar os serviços de transporte público, teve mais sucesso na diminuição do uso do carro na última década, quando 9% dos usuários de automóveis migraram para outras formas de transporte. “Em Londres, as pessoas têm diversas opções de transporte, em tem havido um grande crescimento em todos os modais”, diz Isabel Dedring, a norte-americana responsável pelos transportes na cidade. “Houve um grande aumento nos investimentos em transporte público.”<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-oXtmwWqAIkA/WEtd3iDlRvI/AAAAAAAAEMA/GxUDhRjfcE0md2FKSx4PZJvEkXaqrd9CgCEw/s1600/04.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://2.bp.blogspot.com/-oXtmwWqAIkA/WEtd3iDlRvI/AAAAAAAAEMA/GxUDhRjfcE0md2FKSx4PZJvEkXaqrd9CgCEw/s400/04.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Região de Piccadilly, Londres, em 1969, quando o estacionamento de carros nas ruas era permitido em quase toda a cidade. Foto: Dezo Hoffmann / Rex Features</span></div>
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Dedring diz que Londres sempre foi avançada em termos de transporte público — suas ruas estreitas e tortuosas nunca foram favoráveis à dominação do automóvel, ao contrário do que ocorreu em diversas cidades dos EUA e da Europa, nos anos 1960 e 1970, quando o automóvel ditava as regras. Além disso, desde a virada do milênio, houve um esforço concentrado em estimular o uso de outros modais de transporte, que foi capaz de reduzir em 30% o tráfego na área central de Londres.<br />
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“O tráfego diminuiu consideravelmente”, diz Dedring, “principalmente por conta do pedágio urbano, mas também porque os espaços que antes eram dominados por automóveis estão sendo convertidos em faixas exclusivas para ônibus e espaços para pedestres, através da reabilitação dos espaços públicos. E agora para bicicletas também, com o plano “<a href="https://www.theguardian.com/environment/bike-blog/2015/jan/28/londons-cycling-superhighway-may-inspire-similar-schemes-across-the-uk">cycle superhighways</a>” e as vias de tráfego compartilhado, que vem sendo testadas em três distritos londrinos.<br />
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No distrito de Waltham Forest, um dos que vêm testando esse projeto-piloto (chamado de “mini-Holanda), saio para pedalar com o vereador Clyde Loakes, vice-presidente da Câmara de Vereadores e presidente da Comissão de Meio Ambiente. As ruas que costumavam ser atalhos buscados por motoristas, na área conhecida como Walthamstow Village, foram fechadas ao tráfego de passagem e, como num passe de mágica, o número de veículos que circulam por lá diminuiu mais de 20%. O local estava bastante tranquilo quando pedalamos por lá num dia de semana à tarde; de fato, sentimos uma grande diferença quando saímos dessa área tranquila e retornamos para a barulhenta e congestionada área central.<br />
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Loakes diz que o projeto-piloto é uma tentativa de alterar o comportamento e as sensações que se tem na área, mas deve-se reconhecer que as mudanças já estão em curso. “Em Waltham Forest, cresce o número de famílias que não têm carro. O transporte coletivo está melhorando, a população mais jovem está aumentando e nos vários empreendimentos que vêm sendo construídos, vagas de garagem não são prioridade, pois possuir automóvel não é mais um desejo.”<br />
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Para ser franco: diversos empreendimentos na cidade já não oferecem vagas de garagem. No começo, os empreendedores ficaram receosos, mas depois perceberam que isso não é um problema para jovens profissionais que compram seus imóveis e, por isso, aceitaram as mudanças impostas pela municipalidade.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-3p6s7IT1CGI/WEtd4X8zfbI/AAAAAAAAEME/zGmF0EpB52YgirT-gItMmwBpXIpScm5ywCEw/s1600/05.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-3p6s7IT1CGI/WEtd4X8zfbI/AAAAAAAAEME/zGmF0EpB52YgirT-gItMmwBpXIpScm5ywCEw/s400/05.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Em Walthamstow Village, houve uma queda de 20% na frota de veículos dede que iniciou o projeto-piloto de vizinhança amigável à bicicleta. Foto: Alamy</span></div>
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O distrito de Hackney, na Grande Londres, que orgulha-se de ser o mais verde da cidade, tem uma história semelhante. “Estamos tentando criar um ambiente mais humanizado,” diz a vereadora Feryal Demirci, membro da Comissão de Vizinhanças, “e diminuir o número de carros é um dos caminhos para isso.” Ela diz que 90% dos empreendimentos que estão em curso são completamente livres de carros, com a garantia da municipalidade de que cada moradia estará num raio de 3 minutos de um ponto de compartilhamento de carros.<br />
<br />
O distrito de Hackney orgulha-se também dos seus 15% de residentes que se deslocam de bicicleta para o trabalho. “Trata-se de criar um ambiente favorável ao uso da bicicleta e do transporte coletivo, para que as pessoas não precisem utilizar o carro”, diz Demirci. A frota de automóveis diminuiu, no distrito, nos últimos 10 anos: antes, 56% dos domicílios não tinham carro, hoje são 65%. O distrito não é atendido pelo metrô e, por isso, tem uma das maiores taxas de utilização do ônibus em Londres. Embora a população tenha aumentado em 45 mil pessoas, o número de veículos per capita diminuiu em 3 mil. Estes são dados que agradam a qualquer urbanista.<br />
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Este modelo de cidade, mais densa e menos dependente do automóvel, está se tornando modelo nos países desenvolvidos. “A altura dos edifícios tem aumentado, a densidade populacional tem crescido e as políticas públicas locais e metropolitanas de Londres estão focadas em intensificar e adensar o uso do solo”, explica Bem Kennedy, responsável pelos transportes no distrito de Hackney. “Estamos seguindo o caminho de Manhattan. As pessoas, morando muito próximas umas das outras, não precisam do transporte, porque tudo está perto. Há tantas pessoas morando numa mesma quadra, que é possível resolver as necessidades básicas em curtos deslocamentos. É nesse caminho que Londres caminha.”<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-kSciJUSyRNA/WEtd4v8B9RI/AAAAAAAAEMI/XICVJ-OJN60RRNfr3e1Zdx3qcgphzx4ZgCEw/s1600/06.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://2.bp.blogspot.com/-kSciJUSyRNA/WEtd4v8B9RI/AAAAAAAAEMI/XICVJ-OJN60RRNfr3e1Zdx3qcgphzx4ZgCEw/s400/06.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">De acordo com o jornal finlandês Helsinki Times, no futuro, a maioria das pessoas que vivem em cidades não terão carro. Foto: Pekka Liukkonen / Alamy</span></div>
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<b>Estamos caminhando para uma revolução, mas custará caro</b><br />
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Rikhard Manninen é mais um responsável por um plano — um grande plano, que está aberto sobre uma mesa em seu escritório, no centro de Helsinque. Manninen é diretor da divisão de planejamento urbano estratégico da cidade. O plano é uma previsão do que será a cidade em 2050. Haverá muito mais pessoas — a população deverá aumentar em 50% — mas <a href="http://www.theguardian.com/cities/2014/jul/10/helsinki-shared-public-transport-plan-car-ownership-pointless">muito menos dependente do automóvel</a>. A densidade populacional aumentará; muitos dos novos edifícios residenciais não terão garagem; as principais vias da cidade serão transformadas em boulevards; mais e mais espaço será destinado a ciclovias. Uma reportagem do ano passado, do <a href="http://www.helsinkitimes.fi/finland/finland-news/domestic/11062-the-future-resident-of-helsinki-will-not-own-a-car.html">Helsinki Times</a>, já dizia: “Os futuros habitantes de Helsinki não terão carro.”<br />
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“Adensamento” é a palavra de ordem para urbanistas como Manninen, e os benefícios que ele pode proporcionar estão criando uma nova cidade. “Quando você mora perto, os negócios acontecem mais facilmente; as pessoas podem ir ao trabalho a pé ou com o transporte coletivo. É mais eficiente.”<br />
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Em muitas cidades, a era dos deslocamentos pendulares, juntamente com a era do automóvel, está chegando ao fim. Manninen não imagina mais a cidade com um único centro; ele prevê uma cidade polinucleada, com meia dúzia de centros, onde as pessoas vivem, trabalham, fazem compras e se divertem. Isso vai reduzir os congestionamentos, a superlotação dos transportes e gerar uma série de comunidades organizadas, semi-autônomas, eficientes e vibrantes — esse é o plano.<br />
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Embora a Finlândia tenha fama de ser pioneira em transporte sustentável, a realidade é bem diferente. Por conta de sua urbanização tardia, com desenvolvimento de cidades nas décadas de 1950 e 1960, a cultura do automóvel está mais enraizada do que em cidades mais antigas. Os finlandeses costumam viver na periferia da cidade e deslocam-se ao centro de Helsinque, para trabalhar, e para suas casas de campo, nos finais de semana. Mas Manninen concorda com Vesco, de Lyon, que as atitudes estão mudando: “Os mais jovens não querem depender do carro. Estão menos interessados em tirar carteira de motorista do que as gerações anteriores.”<br />
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A geração Y, conhecida como “geração do milênio”, agora com seus 20 a 30 anos, que viveu sua infância na era digital, parece menos apegada a bens do que a geração “baby boomer”. Pesquisas mostram que o único objeto valorizado é o smartphone, e que o futuro dos transportes deverá basear-se não em carros particulares, mas na “mobilidade como um serviço” — termo supostamente criado por outro finlandês, Sampo Hietanen, chefe da Intelligent Transport Systems (ITS). As pessoas usarão seus smartphones para buscar informações ultra-detalhadas sobre as viagens, localizar carros ou bicicletas de aluguel, procurar vagas de estacionamento, utilizar o aplicativo <a href="http://www.theguardian.com/technology/2015/apr/17/all-hail-uber-but-what-about-black-cabs">Uber</a> e organizar caronas solidárias. Quem precisará ter carro?<br />
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Enquanto isso, em Helsinque, me encontro com funcionários do órgão local responsável pelos transportes. Estou impressionado, não apenas pelo compromisso deles com a mobilidade sustentável, mas com empenho em engajarem a população. Eles visitam escolas e locais de trabalho para tentar convencer as pessoas a se deslocarem a pé, de bicicleta e em transporte coletivo. E também levam sua mensagem aos mais velhos, que costumam oferecer mais resistência a abandonar o automóvel.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-PXcJ3fVtX-8/WEtd6EaA8QI/AAAAAAAAEMM/8pTUPj9dHy0rdGhkh6Y_R781K-VnTUz4ACEw/s1600/07.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://2.bp.blogspot.com/-PXcJ3fVtX-8/WEtd6EaA8QI/AAAAAAAAEMM/8pTUPj9dHy0rdGhkh6Y_R781K-VnTUz4ACEw/s400/07.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Ciclovia Baana de Helsinki, aberta ao público em 2012. Foto: Alamy</span></div>
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Uma das iniciativas que eles têm mais orgulho é o serviço de ônibus “Kutsuplus” (em português, “chame mais”) — uma frota de micro-ônibus de nove lugares cujas rotas são determinadas pelos usuários. É uma ótima ideia, e eu aproveito para experimentar indo do órgão de transportes até o centro da cidade. Chega rápido, me pega num ponto de ônibus distante apenas 100 metros e custa 5 euros por uma viagem de 3 km. O problema é que, até agora, Helsinque só tem 15 desses micro-ônibus, e não tem recursos para adquirir mais. Como muitos dos serviços atuais, este está em fase de testes. Estamos caminhando para uma revolução, mas custará caro.<br />
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“Nós não livraremos Helsinque dos carros — isso é impossível”, diz Reetta Putkonen, diretora da divisão de planejamento de transporte e trânsito, que conheci num almoço, numa exposição dedicada à cidade do futuro. “Mas estamos monitorando onde e como os carros são utilizados, de modo que possamos ter locais onde seja agradável caminhar, pedalar e o transporte coletivo seja altamente eficiente. Os pedestres terão prioridade e as bicicletas terão seu espaço apropriado. Nós ainda teremos carros — precisamos deles para transportar mercadorias — mas haverá poucos e circularão em baixa velocidade. Não podemos planejar a cidade pensando apenas em vias para carros circularem e espaços para estacionarem. Os espaços públicos precisam ter um uso equitativo.<br />
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Depois do almoço, encontro outra Reetta — nem todas as finlandesas se chamam Reetta, elas me garantem. Reetta Keisanen é coordenadora de ciclomobilidade da cidade, e ela consegue duas bicicletas de aluguel para darmos uma volta pela cidade. Primeiro, seguimos por uma ciclovia construída sobre uma extinta linha férrea, ligando o centro da cidade ao porto. Ao longo do caminho há um contador eletrônico de ciclistas — eu sou o 54.672º desde o início desse ano. Reetta II conta que 96% dos habitantes de Helsinque são a favor das bicicletas, embora Reetta I tenha advertido que esse número poderia ser menor, caso os motoristas tivessem noção de quanto espaço os carros têm perdido na cidade.<br />
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A bicicleta que Reetta me arranjou tem apenas três marchas e eu não estava vestido adequadamente para esse súbito exercício físico — em vez de shorts, estou usando calças grossas e um blazer — por isso, está incômodo, principalmente por pedalarmos à beira-mar. Mas logo me sentirei melhor, quando chegarmos à Regatta, uma pequena cafeteria de madeira que é um dos pontos turísticos de Helsinque.<br />
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Keisanen, que tem uns vinte e poucos anos, e é comprometida com a causa da sustentabilidade, está convencida de que uma grande mudança vem acontecendo. “Temos bastante trabalho a fazer porque muitos finlandeses ainda possuem carro”, diz ela, “mas nas cidades já é possível viver sem carro, e os jovens estão comprando menos carros do que os mais velhos”. O número de usuários de bicicleta em Helsinque duplicou desde 1997, e Keisanen prevê que aumente ainda mais, à medida que a rede de ciclovias seja expandida. Digo a ela que nem todos os ciclcistas se comportam bem no trânsito — principalmente os que vejo correndo feito loucos e andando na contramão em ruas de sentido único, em Londres — mas ela tem uma boa resposta: “Cada cidade tem o ciclista que merece. Se você oferece boa infraestrutura, você terá bons ciclistas. O mesmo acontece com motoristas e pedestres.”
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-w-uBW_vfock/WEtd6rSyn5I/AAAAAAAAEMQ/rAeLxwht9ZQ4uZ-05JEWD5tWPVYZyphiwCEw/s1600/08.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-w-uBW_vfock/WEtd6rSyn5I/AAAAAAAAEMQ/rAeLxwht9ZQ4uZ-05JEWD5tWPVYZyphiwCEw/s400/08.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Congestionamento na entrada do túnel do Brooklyn, que dá acesso à ilha de Manhattan, durante a primeira greve geral dos trabalhadores de transportes, em 1966. Foto: Arthur Schatz / The LIFE Picture Collection / Gett</span></div>
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<b>Ter ou não ter carro: será o fim do automóvel?</b><br />
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Todas as tendências demonstram que estamos caminhando na direção desejada pelos ambientalistas. Então eles estariam tendo sucesso? “Estamos numa fase da história em que as pessoas, especialmente os mais jovens, querem poder decidir se querem ou não ter carro”, diz Jason Torrance, diretor de políticas da entidade pelo transporte sustentável, Sustrans. “Nós observamos uma grande mudança na questão da posse X uso, nos últimos cinco anos. Hoje em dia, existe o Spotify e outros serviços on-line. Toda minha coleção de discos está no sótão. Temos tudo no iTunes e Spotify e meu filho de seis anos mal sabe o que é um CD”.<br />
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Torrance diz que há demanda por alternativas ao automóvel e que algumas cidades — tanto da Europa como dos países em desenvolvimento, principalmente a China — estão respondendo a essa demanda. A cultura do automóvel, que predominou no Reino Unido desde a década de 1960 até o final da Era Tatcher, certamente não tem mais o mesmo peso, mas, diz ele: “Ainda há um apego muito grande ao carro no Reino Unido e nossos prefeitos precisam ser mais ousados”.<br />
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A resposta da entidade Sustrans para o que ela chama de “inércia governamental” está em se envolver em projetos locais, tais como ruas “<a href="https://www.theguardian.com/environment/green-living-blog/2009/nov/25/diy-streets-clapton-sustrans">faça você mesmo</a>”, onde se trabalha com associações de moradores para reduzir o impacto que os carros causam à comunidade. O objetivo é permitir que os moradores decidam o que querem em termos de facilidade de circulação e número de vagas de estacionamento. “Acreditamos que moradores de ruas ‘faça você mesmo’ utilizam menos o carro e há um aumento significativo nos deslocamentos por bicicleta e no número de crianças brincando nas ruas”, diz ele.<br />
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Torrance acredita que ainda estamos apegados ao carro como um símbolo de status, mas outros discordam. Stephen Bayley, que escreveu diversos livros sobre design de automóveis, está convencido de que a Era do Automóvel está chegando ao fim. “Estamos chegando ao limite”, diz ele. “Não é mais racional utilizar o carro particular em cidades como Londres”. O carro foi inventado com o intuito de promover a liberdade, mas dirigir (e pior, estacionar) é quase um castigo.<br />
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Bayley também acredita que a chegada dos <a href="https://www.theguardian.com/technology/self-driving-cars">carros autônomos</a> impactará na questão da posse do automóvel. Sexo, beleza, status, liberdade — todas as palavras que os publicitários tentaram associar ao carro nos últimos 50 anos — foram substituídas por mera funcionalidade.
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“Foi feita uma pesquisa, mais ou menos um ano atrás, que entrevistou pessoas com idade entre 20 e 30 anos”, diz ele. “A grande maioria disse que, se tivesse que escolher entre viver sem o carro ou sem o celular, desistiria do carro e, em sua lista de marcas preferidas, nenhuma empresa fabricante de automóveis apareceu entre as 20 primeiras. Isso é uma mudança muito significativa. Vinte anos atrás, se você entrevistasse jovens, BMW e outras marcas de carro certamente estariam na lista”.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/--RxwO_a-iaI/WEteeXf3OWI/AAAAAAAAEMk/3m2GT6LbZOwRXcCPRX5fAGi9TntF7nx2gCLcB/s1600/09.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/--RxwO_a-iaI/WEteeXf3OWI/AAAAAAAAEMk/3m2GT6LbZOwRXcCPRX5fAGi9TntF7nx2gCLcB/s400/09.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Modelos Citroën DS em exposição numa loja na Champs-Elysées, em Paris, nos anos 1960. Foto: Charles Edridge / Getty Images</span></div>
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Bayley relembra a homenagem do filósofo francês Roland Barthes ao Citroën DS, em seu livro Mitologias, de 1957. “Creio ser o automóvel o equivalente às grandes catedrais góticas no passado”, escreveu Barthes. “Uma grande invenção de uma época, concebida apaixonadamente por artistas desconhecidos, consumida por sua imagem, mais do que seu uso, por um povo inteiro que se apropria, através dela, de um objeto absolutamente mágico”. Hoje em dia os carros parecem todos iguais e, em breve, pelo que preveem os fabricantes, nós nem precisaremos nos preocupar em dirigi-los.<br />
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Christian Wolmar, especialista em transportes, que é candidato a prefeito de Londres pelo Partido Trabalhista, para 2016, comemora essa desmistificação do carro. “As atitudes mudaram”, diz ele. “Meu enteado não teve interesse em tirar carteira de motorista até completar 27 anos. Nenhum dos meus filhos deseja ter carro, como desejávamos no passado. Quando eu era adolescente (hoje ele tem 65 anos), nós morávamos em Kensington e eu costumava pegar emprestado o carro da minha mãe, ir até o centro à noite, estacioná-lo num lugar qualquer, ir ao cinema ou à boate e depois voltar para casa. Isso é inconcebível hoje em dia, por conta da Lei Seca, da dificuldade para estacionar e toda essa chateação. Nós já passamos a usar menos o carro. No trem, nós podemos usar o celular. O limite do automóvel parece já ter chegado nos EUA, com os jovens preferindo o transporte coletivo. E já há uma tendência dos mais jovens não verem o carro mais como algo tão importante em suas vidas”.<br />
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Fim do automóvel. Esta é uma expressão que eu escuto constantemente. A questão central do debate urbanístico é saber se há uma tendência irreversível de mudança do carro para outras formas de transporte. Glenn Lyons, fundador do Centro de Transporte e Sociedade, da Universidade do Oeste da Inglaterra, não tem dúvida de que uma mudança significativa está acontecendo. “Na década passada, antecedendo a crise econômica global, o uso do automóvel não cresceu. Isto não aconteceu apenas no Reino Unido, mas em outras economias desenvolvidas do mundo”.<br />
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Segundo Lyons: “Há que se fazer um destaque. Cada vez menos jovens estão tirando carteira de motorista e há fortes indícios de que a Era Digital está contribuindo para a menor dependência dos transportes. Estamos em meio a uma profunda transformação da sociedade. É cada vez mais comum vermos o carro como uma tecnologia funcional, para ir do ponto A ao ponto B, do que a representação simbólica que ele costumava ter para as gerações anteriores. Não quero sugerir que o carro chegou ao seu fim, mas acredito que ele ficará em segundo plano”.<br />
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David Metz, ex-cientista-chefe do Departamento de Transporte e, agora, professor visitante do Centro de Estudos sobre Transporte, da University College London, publicou um livro, no ano passado, chamado “Peak Car” (“O fim do automóvel, em tradução livre), no qual ele argumenta que “o uso do carro nos países desenvolvidos chegou ao limite” e que “chegamos ao fim de uma Era na qual nos deslocávamos mais”. “O uso per capita do automóvel, na maioria dos países desenvolvidos, parou de crescer”, diz ele, “e parou de crescer já antes da crise econômica de 2008. Se você analisar os dados do Reino Unido, verá que houve um crescimento de longo prazo no uso do automóvel, que chegou ao fim já no final da década de 1990”.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-JnRhlqvmcgQ/WEtd7p71Y8I/AAAAAAAAEMU/JZ8V7OVUFOMrxx7cbJPrLmwBoF4Du55nACEw/s1600/10.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-JnRhlqvmcgQ/WEtd7p71Y8I/AAAAAAAAEMU/JZ8V7OVUFOMrxx7cbJPrLmwBoF4Du55nACEw/s400/10.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Veículos de Personal Rapid Transport — PRT em exposição no Instituto de Ciência e Tecnologia da cidade de Masdar, em Abu Dhabi. Foto: Iain Masterton / incamerastock / Corbis</span></div>
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Um pouco mais cético é Stephen Glaister, ex-professor de Transportes no Imperial College e prestes a se aposentar como diretor da Royal Automobile Club Foundation: “Até a Crise de 2008, em termos gerais, o crescimento (do uso do automóvel) foi contínuo”, ele coloca. “Após a crise, os mais jovens foram mais impactados economicamente, então não é de se estranhar a diminuição no número de novos motoristas. Até que ponto isso tem relação com uma mudança geral de atitude, ainda merece ser estudado. Vamos aguardar que eles cheguem aos 30 anos e constituam família”.<br />
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Glaister aponta que o Departamento de Transportes ainda está prevendo um aumento do uso do automóvel na ordem de 25%, até 2040. “É possível fazer suposições sobre o preço do petróleo e sobre os efeitos demográficos”, diz ele, “mas qualquer que seja a maneira de tratar a questão, haverá substancial crescimento no uso do automóvel”. Stephen Joseph, diretor executivo do Movimento pela Melhoria dos Transportes, diz que o Departamento de Transporte está desatualizado e baseia-se em ideias atrasadas: “Ainda se trabalha com políticas públicas, manuais e maneiras de pensar de 1989, de quando se acreditava que o nosso futuro seria como Los Angeles e que essa seria a ordem natural das coisas. Mas não é verdade. Sequer é verdade mundo afora: há exemplos, na América Latina, por exemplo, de cidades que são estruturadas em função dos ônibus, não dos carros. Essa ideia de que o desenvolvimento natural das cidades é ser igual a Los Angeles, nem mesmo Los Angeles pensa mais assim”.<br />
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Então o que acontecerá com os fabricantes de automóveis? Questionei o executivo da BMW, Glenn Schmidt, numa conferência sobre carros autônomos, organizada pela Associação da Indústria Automobilística (Society of Motor Manufacturers and Traders – SMMT), que estava dando uma palestra sobre o que essa nova geração de carros significava para fabricantes como a BMW, que, tradicionalmente, sempre enfatizou o prazer de dirigir. Em sua fala, ele admitiu que estamos observando agora “uma mudança da 'propriedade' para o 'acesso' à mobilidade”, e que os jovens estão menos interessados em ter carro do que antigamente. Daí o apoio da BMW ao “DriveNow”, um serviço de aluguel de carros que se estabeleceu na Alemanha, nos Estados Unidos e, mais recentemente, em Londres.<br />
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“Há uma profunda mudança em curso”, diz Schmidt, “e se você olhar para as cidades congestionadas, a solução não pode ser injetar mais carros nessas cidades”. Então a BMW venderá menos carros? “Obviamente. Temos os carros no DriveNow e, usualmente, os mais jovens vão optar por utilizá-los. Futuramente vão comprar seus próprios carros. O DriveNow é um mecanismo para atrair os mais jovens. Ele faz o elo para que os jovens conheçam nossa marca e, mais tarde, se interessem em comprar nossos veículos”. Isso, pelo menos, é o que esperam os fabricantes de automóveis.<br />
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Jean-Philippe Hermine, vice-presidente de planejamento ambiental estratégico da Renault, que foi pioneira nos carros elétricos, concorda que agora os veículos são vistos de maneira diferente. “Nossa relação com o carro está mudando”, diz ele. “Você pode questionar a necessidade de ter seu próprio carro. Algumas pessoas estão à procura de funcionalidade. Com nossos carros elétricos, onde os clientes podem alugar a bateria, nós estamos, de certo modo, vendendo mobilidade e quilometragem, mais do que automóveis”.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-GMm_3pWgKDE/WEtd8N8c0WI/AAAAAAAAEMY/QAxRlSxWeyIMF-KsqIXXIFw3EnNGckjCgCEw/s1600/11.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-GMm_3pWgKDE/WEtd8N8c0WI/AAAAAAAAEMY/QAxRlSxWeyIMF-KsqIXXIFw3EnNGckjCgCEw/s400/11.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Um exemplo de carro autônomo da Google em teste em Mountain View, California. Foto: Eric Risberg / AP</span></div>
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A revolução está prestes a acontecer — principalmente se Google e Apple concretizarem seus experimentos com carros autônomos — e, certamente, acontecerão acidentes, mas, no momento, os fabricantes estão citando o velho ditado de que toda crise traz oportunidades. Ninguém quer ficar pra trás — a <a href="http://www.theguardian.com/cities/2014/jul/09/electric-boris-car-source-london-how-work-paris-autolib">Autolib' está pronta para entrar em funcionamento em Londres</a>, com sua frota de carros elétricos, também assumirá a gestão da infraestrutura para carregamento das baterias dos carros na capital inglesa —, a consolidação dos carros compartilhados parece inevitável, com algumas empresas nacionais dominando o mercado, utilizando aplicativos para celulares. Este é um setor que dependerá da economia de escala.<br />
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“Nós veremos uma grande mudança nas próximas duas décadas”, diz Richard Brown, gerente do grupo de produtos avançados da Ford, “e o carro, com certeza, fará parte da 'internet das coisas', da qual tanto se fala. Nós temos que estar preparados para aproveitar esse potencial e as oportunidades que virão. Nós vimos, nos últimos cinco ou dez anos, empresas que não enxergaram as mudanças que aconteceram ao seu redor e que não existem mais. Veja o que aconteceu com a Kodak e com a Nokia. Nós não queremos nos tornar uma Nokia”.<br />
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“Nós sempre escutamos que as pessoas são apaixonadas por carros. Mas são mesmo?” Sampo Hietanen me questiona, durante um seminário organizado pela usina de ideias Nesta, para discutir “mobilidade como um serviço”. “Se te oferecem um serviço de qualidade, você abandona o carro”, diz ele. “Se eu te oferecer uma quantia de uso gratuito de táxi e garantir que você pode fazer todas as suas viagens de táxi, você vai se perguntar: ‘Para quê eu preciso ter carro?’”<br />
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Hietanen defende que, no futuro, em vez de comprar um carro, teremos um contrato mensal com uma empresa que irá suprir todas as nossas necessidades de mobilidade. Então, quanto tempo levará até que esses prestadores de serviço comecem a aparecer? “Eu imagino que os primeiros prestadores de serviço aparecerão já no próximo ano”, diz Hietanen. “Não vai demorar até que alguma empresa ofereça esse tipo de serviço em Londres”.<br />
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O consultor de transportes George Hazel, outro palestrante do seminário, apresenta um relatório com os 16 principais provedores de mobilidade a entrar no mercado global. “A ideia é que o provedor entenda as necessidades do usuário, acompanhando constantemente seu perfil e apresentando um plano que mais se adeque ao seu perfil e à sua capacidade de pagamento”. Para os provedores de mobilidade, diz ele, a vantagem será que, uma vez tendo o usuário como cliente, eles poderão oferecer uma gama de serviços além do transporte.<br />
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A visão de Hazel me faz lembrar a de um consultor com quem conversei na conferência da SMMT, que disse que, no futuro, os carros que as pessoas dirigem (ou que as dirigem) terão menos valor do que os dados disponíveis sobre as pessoas: quais os deslocamentos que elas costumam fazer, o que elas escutam ou assistem enquanto os carros as levam de um ponto a outro, onde elas passam suas férias e até mesmo como elas se sentam no carro. Ele prevê uma época em que o carro conectado e autônomo será fornecido gratuitamente e, então, o provedor poderá ter o usuário em sua base de dados e conhecer seu perfil. O carro será um chamariz para outros negócios.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-qcCs3bK5kOg/WEtd8q4oOQI/AAAAAAAAEMc/89suWZP6YOwvcp4r2lj1cwOxjBVcHouBwCEw/s1600/12.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://2.bp.blogspot.com/-qcCs3bK5kOg/WEtd8q4oOQI/AAAAAAAAEMc/89suWZP6YOwvcp4r2lj1cwOxjBVcHouBwCEw/s400/12.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Proposta do Plano Diretor da cidade de Masdar, Abu Dhabi, que mantém a área central livre dos carros. Ilustração: Foster and Partners</span></div>
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<b>Cidades do futuro — sem carros?</b><br />
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Numa radiante manhã de primavera, conheci David Nelson, chefe de design do escritório de arquitetura Foster and Partners, e Bruno Moser, chefe da divisão de planejamento urbano. Cresce, cada vez mais, o interesse do escritório Foster and Partners em conceber planos para cidades inteiras e incluir conceitos de sustentabilidade nos países em desenvolvimento. Em Abu Dhabi, dedicou os últimos dez anos criando a cidade de Masdar, um assentamento ambientalmente correto, que terá no máximo 100 mil habitantes, onde os carros serão mantidos fora do centro e serão encorajados a caminhada e o uso da bicicleta.<br />
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“Nós buscávamos projetar uma cidade com zero emissão de carbono, zero produção de resíduos e a mobilidade desempenha um papel fundamental nessas questões”, diz Nelson. O que ele chama de “carros-carbono” serão mantidos fora do perímetro central e, para o centro, o escritório Foster and Partners projetou um veículo pessoal, similar àqueles utilizados no Terminal 5 do aeroporto de Heathrow, em Londres. A crise de 2007/2008 retardou a implantação do projeto e, até agora, apenas as duas primeiras fases foram concluídas. Mas Nelson assegura que o projeto tem sido um sucesso, <a href="http://www.wired.co.uk/magazine/archive/2013/12/features/reality-hits-masdar">apesar das críticas à lentidão na implantação</a> e à escassez de habitações com preços acessíveis, que faz com que muitas pessoas tenham que realizar deslocamentos pendulares, o que vai de encontro aos principais objetivos do plano.<br />
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O escritório Foster and Partners está mais preocupado com as cidades dos países em desenvolvimento do que com as cidades europeias. Moser acredita que a batalha contra o carro já foi mais ou menos vencida no ocidente, onde a frota de automóveis per capita é menor nas áreas centrais do que na periferia e nas áreas rurais. Porém, nos países em desenvolvimento ocorre o contrário: as pessoas com maior renda costumam morar nas áreas centrais e, a menos que haja um trabalho de conscientização por parte do poder público, aliado a políticas de restrição ao uso do automóvel, haverá um crescimento exponencial na sua posse e seu uso.<br />
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“Se as cidades dos países em desenvolvimento seguirem o mesmo caminho adotado pelas cidades dos países desenvolvidos nas últimas cinco décadas, nós teremos um grande problema”, diz Moser. Nelson acredita que há uma grande oportunidade para adotarmos novas soluções, mas teme que “o desejo pelo estilo de vida da classe média, que inclui o automóvel” possa atrapalhar. “Se planejarmos as cidades em função do automóvel, os exemplos dos EUA nos mostram como será: avenidas com seis faixas de rolamento cortando a cidade. O carro dita as regras e a cidade é construída em função dele. Isso já está acontecendo bastante na Ásia e quando vamos desenvolver um projeto por lá, tentamos convencer as pessoas de que esse não é o melhor caminho a seguir.<br />
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<a href="https://www.theguardian.com/cities/2014/nov/27/poor-transport-planning-mumbai-traffic-bedlam">Mesmo numa megacidade congestionada e dependente do automóvel</a>, como Mumbai, há sinais de que a ideia de uma cidade livre de carros está ganhando espaço. Em outubro de 2014, a Campanha pelo Uso Equitativo das Ruas (Equal Streets movement) <a href="https://www.theguardian.com/cities/2014/nov/24/equal-streets-happier-healthier-mumbai">deu início ao fechamento de um trecho de 1,6 km da principal avenida da cidade</a>, aos domingos, para que os moradores (que estavam carentes de espaços públicos de lazer) pudessem caminhar, pedalar e praticar outras atividades. Apesar dos políticos de Mumbai continuarem empenhados em construir novos viadutos, a enorme aglomeração de pessoas nas ruas e o péssimo estado de conservação das estradas funcionam como desestímulo ao desejo de ter um carro.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-AfyI6NlXmPU/WEtd9e7yvRI/AAAAAAAAEMg/EC5c_LZXr7cZFlUbs0mTZyuxjcigytstgCEw/s1600/13.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-AfyI6NlXmPU/WEtd9e7yvRI/AAAAAAAAEMg/EC5c_LZXr7cZFlUbs0mTZyuxjcigytstgCEw/s400/13.jpeg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Congestionamento numa das principais vias de Mumbai durante a hora do rush. Foto: Rajanish Kakade / AP</span></div>
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A última parada da minha viagem é na Impulsionadora de Cidades do Futuro (Future Cities Catapult), que visitei na <a href="https://www.theguardian.com/cities/2015/mar/17/urban-innovation-centre-future-cities-catapult-dan-hill-vince-cable">inauguração de seu novo escritório</a> na periferia de Londres — e que estava com cheirinho de novo. O governo criou essas “impulsionadoras” em áreas estratégicas (energia, transporte, terapia celular, economia digital) para estimular a inovação e funcionar como um elo entre a academia e a indústria. Aqui, certamente, eles têm uma visão clara dos rumos que nossas cidades tomarão.<br />
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“Espero que estejamos rumo ao fim do automóvel,” diz Dan Hill, Diretor Executivo de Futuras e Melhores Práticas, enquanto nos sentamos para conversar no showroom/lounge. Mesmo nos países em desenvolvimento? “Eles têm a oportunidade de aprender com os erros que cometemos nas últimas cinco décadas e pular certas etapas”, diz ele com otimismo.<br />
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“Durante o século XX, a abordagem para resolver as questões de mobilidade, bem como de habitação, baseava-se em construir mais rodovias (ou mais trilhos). No século XXI, temos que adotar a abordagem da ‘não-construção’, otimizando a infraestrutura existente,” diz Hall. “É aí que podemos dizer que um serviço de compartilhamento de carros autônomos transformará radicalmente a maneira como as pessoas se deslocam nas cidades, sem que seja necessário construir uma avenida sequer, da mesma maneira que estamos vendo empresas como a Airbnb transformando radicalmente o setor de hospedagem, sem construir um hotel sequer. Eles não são donos de nenhuma hospedagem, são meros intermediários, mas estão mudando radicalmente o setor. O Uber não possui um carro sequer, mas está transformando a mobilidade urbana.”<br />
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A revolução na mobilidade urbana já está em curso, segundo Hill, e só tende a se intensificar. Ele acredita que a ideia de Hietanen, da “mobilidade como um serviço”, está prestes a se tornar realidade e concorda com a afirmação de Bayley, que a Era do Automóvel está chegando ao fim. “A ideia de cada pessoa ter seu próprio carro para se deslocar pela cidade soa absurda para mim. É uma loucura.”<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-plIS0pivhao/WEteeQrVztI/AAAAAAAAEMo/3Zpqxi9vwm4nJCeTVIXMVyBML2fhfSETACLcB/s1600/14.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-plIS0pivhao/WEteeQrVztI/AAAAAAAAEMo/3Zpqxi9vwm4nJCeTVIXMVyBML2fhfSETACLcB/s400/14.jpeg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Viaduto da rodovia Edgware, em Londres, em sua inauguração, em 1967.</span></div>
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Mas quanto tempo durará essa revolução? Hill diz que “depende da cidade. Em cidades como Helsinque, Copenhague ou Zurique, esses pequenos núcleos com uma população metropolitana em torno de 2 milhões de habitantes, acredito que já veremos a “mobilidade como um serviço”, como uma realidade, nos próximos cinco anos. Eles já têm meio caminho andado. Já têm a Zipcar (empresa de compartilhamento de carros) e a Uber, um ótimo serviço de transporte público, calçadas acessíveis, infraestrutura para bicicleta e uma forte política pública de redução de emissão de poluentes. Então, eu não vejo porque em cinco anos nós não alcançaríamos uma mudança significativa na realidade atual.”<br />
<br />
Essas, porém, serão as mais fáceis. “Em cidades como Londres, que é 15 vezes maior que Copenhague, é realmente difícil dizer. Vai depender das decisões tomadas pelo Departamento de Transporte e de empresas como Ford e BMW, naquilo que elas avançarem em novas experiências de mobilidade. Falando de cidades como Sydney e San Diego, podemos imaginar um horizonte de 20 a 30 anos até que possamos observar mudanças significativas.<br />
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“Depois de construir todos esses viadutos e avenidas, gastar-se-á muito tempo e dinheiro para demoli-los e remodelá-las. Fez-se uma grande aposta no automóvel, na década de 1950, e vai demorar um pouco até que alteremos tudo que foi feito ao longo dessas décadas. Uma cidade como Londres, que tem cerca de dois mil anos, apresenta-se como uma sobreposição de escolhas diferentes feitas ao longo de diversos momentos históricos, não como uma única visão predominante. E isso a faz mais interessante e mais adaptável.”<br />
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O que é bastante evidente é que teremos o século XXI para reverter aquilo que foi feito a partir da segunda metade do século XX. Precisamos adensar as cidades a partir da ideia do bairro como o local onde se pode ter tudo que precisa em matéria de trabalho e lazer. Haverá menos segregação de funções, menos deslocamentos pendulares, menos viagens.<br />
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“Para mim, os últimos 50 ou 60 anos se apresentam como uma anomalia”, diz Hill. “Eu não sei se você percebeu, mas eu não dirijo. Eu acredito que, no futuro, nós olharemos para trás e diremos: ‘Não é estranho que, no passado, nós tínhamos que dirigir nossos próprios carros?’ Nas décadas de 1920 e 1930, você ia à mercearia do seu bairro, fazia as compras e, assim que você chegava em casa, um garoto entregava suas compras de bicicleta.”<br />
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Segundo Hill, essa época e esses serviços voltarão. Bairros e comunidades autossuficientes terão mais importância numa era que será dominada não pelo carro, mas pelo smartphone e pela internet. É o fim do motorista. Viva os hipsters!<br />
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Você consegue perceber o declínio do automóvel em sua cidade? Deixe seu comentário.
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<span style="font-size: x-small;">*Tradução livre a partir de artigo publicado originalmente em <a href="http://www.theguardian.com/cities/2015/apr/28/end-of-the-car-age-how-cities-outgrew-the-automobile">www.theguardian.com</a>, em 28/04/2015. </span><br />
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Leia também:<br />
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- <a href="http://ricardoabramovay.com/carros-do-seculo-xxi/">Carros do século XXI</a><br />
<br />
- <a href="http://www.curbed.com/2016/12/7/13859668/vancouver-walking-biking-transit">Como Vancouver conseguiu tirar do automóvel metade da sua população</a> (em inglês)<br />
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</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-88859209804841154552015-12-28T10:43:00.002-08:002016-01-19T07:27:14.742-08:00Duplicação da rodovia AL-101 Norte<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-OKZgOVhQ_b8/VpCpdoI81SI/AAAAAAAAEIs/Y3YGKrAIJlM/s1600/20151218_AL-101_Norte3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="http://1.bp.blogspot.com/-OKZgOVhQ_b8/VpCpdoI81SI/AAAAAAAAEIs/Y3YGKrAIJlM/s400/20151218_AL-101_Norte3.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Aconteceu, na manhã de hoje, no auditório da Escola Fazendária, no bairro de Jacarecica, audiência pública para tratar do processo de licenciamento ambiental da obra de duplicação da rodovia AL-101 Norte. A audiência foi convocada, por meio do <a href="http://www.doeal.com.br//portal/edicoes/download/25745/29" target="_blank">Diário Oficial do Estado de Alagoas</a>, de 22/12/2015 (pg. 29), pela Secretaria de Estado de Transporte e Desenvolvimento Urbano - SETRAND, por determinação do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas – IMA-AL.<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-9hWyWqXTyAU/VpCpjFN81xI/AAAAAAAAEJQ/VQp47aXzTUE/s1600/audiencia_20151228.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://2.bp.blogspot.com/-9hWyWqXTyAU/VpCpjFN81xI/AAAAAAAAEJQ/VQp47aXzTUE/s400/audiencia_20151228.JPG" width="400" /></a></div>
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A audiência teve início às 10h15, com a composição da mesa, seguida pela apresentação (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=GhhWtHVdh7g" target="_blank">vídeo</a>) do projeto de duplicação da rodovia feita pela Sra. Andreia Estevam, representante da SETRAND. Após sua apresentação, o Sr. Carlos dos Anjos foi convidado para apresentar o “estudo ambiental” (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=59evH4Y7I3s" target="_blank">vídeo</a>) realizado pela empresa ATP/Green Consult do Brasil.<br />
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Às 11h, foram abertas as inscrições para intervenções do público. Dentre as falas, podemos citar algumas considerações feitas pelos presentes:<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Me3P0stOIoI/VpCxAp4ca-I/AAAAAAAAEJ8/S36QXpiXlFY/s1600/alberto_fonseca.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://2.bp.blogspot.com/-Me3P0stOIoI/VpCxAp4ca-I/AAAAAAAAEJ8/S36QXpiXlFY/s400/alberto_fonseca.jpg" width="400" /></a></div>
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1) Alberto Fonseca (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=HjBqDP94boA" target="_blank">vídeo</a>), promotor responsável pela Promotoria do Meio Ambiente, do Ministério Público Estadual, questionou a data escolhida para a realização da audiência, imprópria para a efetiva participação da população, devido à ausência de pessoas da cidade, por conta dos festejos de final de ano, e dos órgãos públicos que se encontram em recesso, bem como o prazo curto para a convocação da audiência (inicialmente em 18/12, corrigido no Diário Oficial de 22/12). Fonseca também questionou a não publicação em Diário Oficial da abertura do processo de “Licença Ambiental de Instalação”, sendo publicado apenas o processo de “Licença Ambiental Prévia” feita pela SETRAND ao IMA-AL, quando já há placa na rodovia indicando o início da obra em 18/01/2016.<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-O8sMKYAykns/VpCpiYEEwsI/AAAAAAAAEJE/1SO-jF4V5uw/s1600/placa_20151228.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://2.bp.blogspot.com/-O8sMKYAykns/VpCpiYEEwsI/AAAAAAAAEJE/1SO-jF4V5uw/s400/placa_20151228.jpg" width="400" /></a></div>
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2) Daniel Moura, arquiteto e urbanista, apresentou posicionamento contrário à realização da obra e dividiu sua fala em três pontos:<br />
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2.1) <u>Falta de planejamento participativo</u> — Segundo Daniel, é muito comum ouvir da população e de gestores públicos que “Maceió é uma cidade que não foi planejada”, para justificar os problemas que a cidade tem hoje. Mesmo discordando dessa afirmação (pois houve sim planejamento ao longo das décadas, o que não houve, e continua não havendo, é a participação da população nas decisões), Daniel aponta a duplicação da rodovia AL-101 Norte como mais uma obra que será feita sem a participação da população no processo de planejamento. Desde <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2015/10/inicio-da-revisao-do-plano-diretor.html" target="_blank">17/10/2015</a>, vem sendo realizada a revisão do Plano Diretor de Maceió (que é de 2005), e em nenhum momento, o projeto de duplicação foi apresentado ou discutido nas 3 audiências e 10 oficinas realizadas até agora para a revisão do Plano Diretor. Ésio Melo (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=COHkKmtERJQ" target="_blank">vídeo</a>) e Renan Silva (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=7579yuLsMgU" target="_blank">vídeo</a>), membros do <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2015/10/reuniao-do-conselho-municipal-do-plano.html" target="_blank">Conselho Municipal do Plano Diretor</a> confirmaram o que foi dito por Daniel. Andreia Estevam, que é representante da SETRAND no Conselho, disse que o projeto está sendo discutido num “núcleo de Mobilidade Urbana”, do qual Ésio Melo, Renan Silva e Daniel Moura (que participaram das 13 reuniões para revisão do Plano Diretor) nunca ouviram falar.<br />
<br />
É importante destacar aqui que, em abril desse ano, a Prefeitura de Maceió tentou implantar uma <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/05/ciclofaixa-na-rua-deputado-jose-lages.html">ciclofaixa na rua Deputado José Lages</a>, no bairro de Ponta Verde, com cerca de 1 km de extensão, que seria nada mais do que a sinalização do espaço viário, delimitando o espaço por onde as bicicletas deveriam circular. A Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Similares – Seccional Alagoas – Abrasel/AL, preocupada com as vagas de automóveis (em espaço público!) que seus clientes perderiam, entrou com Mandado de Segurança solicitando a suspensão da intervenção realizada pela Prefeitura, que foi <a href="http://www2.tjal.jus.br/cpopg/show.do?processo.codigo=01000IIQB0000&processo.foro=1" target="_blank">concedida pelo juiz Antonio Emanuel Dória Ferreira</a>, com o argumento de que não houve planejamento e participação popular, cobrando estudos mais aprofundados para a implantação da ciclofaixa no local. Ora! Se uma simples pintura de ciclofaixa numa rua com 1 km de extensão precisa de estudos mais aprofundados e ser planejada com a participação popular, por que a duplicação de uma rodovia com 5,8 km de extensão, passando por três bairros e custando mais de R$ 40 milhões não precisa?<br />
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2.2) <u>Conceito urbanístico</u> — Daniel também argumentou que, urbanisticamente, essa obra de duplicação é inaceitável, pois promete resolver o que não vai resolver e ainda cria mais problemas e custos para a cidade. O discurso do governo é o de que a duplicação melhorará o trânsito (de automóveis) na região. Esse é um conceito da década de 1950, auge do rodoviarismo no Brasil, de quando se acreditava que resolver-se-iam os problemas de mobilidade oferecendo mais espaço para os automóveis. Em analogia, seria o mesmo que uma pessoa que está engordando afrouxar seu cinto, em vez de fazer exercícios físicos e/ou melhorar sua alimentação. Obras que buscam melhorar a mobilidade urbana oferecendo mais espaço para os automóveis só estimulam ainda mais o uso do automóvel, voltando aos problemas iniciais de congestionamentos. A própria rodovia AL-101 Sul, <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/09/al-101-sul-e-o-dia-mundial-sem-carro.html" target="_blank">cuja duplicação foi inaugurada em setembro de 2012</a>, já apresenta os mesmos congestionamentos que apresentava antes de ser duplicada. Ou seja, foi dinheiro público (<a href="http://programacidadania.com.br/compensacao-ambiental-para-duplicacao-da-al-101-sul-foi-destruida-pelo-homem/">R$ 196 milhões</a>) desperdiçado:<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-4mKAQHD-nac/VpCpdnn9CiI/AAAAAAAAEIk/d-ORH0MiqYA/s1600/AL_101_Sul_20160102.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://1.bp.blogspot.com/-4mKAQHD-nac/VpCpdnn9CiI/AAAAAAAAEIk/d-ORH0MiqYA/s400/AL_101_Sul_20160102.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Rodovia AL-101 Sul, num sábado, 02/01/2016, às 17h56, logo após o viaduto do trevo da Praia do Francês, sentido Maceió.</span></div>
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Há quem diga que, se a rodovia AL-101 Sul não tivesse sido duplicada, o congestionamento estaria pior. Isso é uma meia verdade. Quando a via é duplicada, há uma percepção de melhoria pelos usuários, que voltam a trafegar novamente por ela, novos empreendimentos imobiliários surgem se valendo da facilidade de tráfego, aumenta novamente o número de carros e os congestionamentos retornam. Isso vai acontecer infinitamente, seja qual for o número de pistas oferecidas. É o que os especialistas chamam de “demanda induzida”. O exemplo abaixo mostra uma via com 23 pistas de largura, nos EUA, e que mesmo assim apresenta congestionamento:<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-aUBpcTlbQy0/VpCtkvmQ4XI/AAAAAAAAEJs/uB-RFGPugBA/s1600/Houston%25E2%2580%2599s%2BKaty%2BFreeway.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-aUBpcTlbQy0/VpCtkvmQ4XI/AAAAAAAAEJs/uB-RFGPugBA/s320/Houston%25E2%2580%2599s%2BKaty%2BFreeway.jpg" width="213" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Houston’s Katy Freeway, Texas, EUA</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Fonte: <a href="http://usa.streetsblog.org/2015/12/31/and-the-best-urban-street-transformation-of-2015-is-queens-boulevard/#more-166697">StreetsBlog USA</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O que vem se buscando, mundo afora, nas cidades onde os recursos públicos são tratados com seriedade, é justamente o oposto: <a href="http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2015/julho/7-cidades-em-que-o-culto-aos-carros-perde-cada-vez">restringir o espaço do automóvel</a>, reestruturar o transporte coletivo e incentivar o uso de veículos de propulsão humana. O conceito de TOD (<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Transit-oriented_development" target="_blank">Transit-oriented development</a>) vem sendo utilizado em diversas cidades do mundo e mesmo do Brasil (como Curitiba) e visa ocupar o território urbano de maneira mais racional, induzindo a ocupação em função da rede de transporte coletivo, com maior densidade populacional, que incentiva o uso da bicicleta e do caminhar (reduzindo as viagens motorizadas de curta distância). Este modelo de cidade é mais econômico do ponto de vista da infraestrutura urbana, por sua alta densidade, como mostra Mascaró, no gráfico abaixo:<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-9HDDw-pOUhE/VpCr_ytHafI/AAAAAAAAEJg/qpSBw5Sx4II/s1600/Mascaro_custos_de_urb_1987.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="315" src="http://3.bp.blogspot.com/-9HDDw-pOUhE/VpCr_ytHafI/AAAAAAAAEJg/qpSBw5Sx4II/s400/Mascaro_custos_de_urb_1987.JPG" width="400" /></a> </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Fonte: MASCARÓ, Juan Luís. Desenho Urbano e custos de urbanização. Porto Alegre, MHU, 1987</span></div>
<br />
A cidade rodoviária <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/05/o-espraiamento-de-maceio.html" target="_blank">espraiada</a> (tal qual propõe a duplicação da AL-101 Norte), construída em função do automóvel, é insustentável, pois, assim como acontece com os gases, quanto mais espaço é oferecido ao automóvel, mais espaço ele ocupará. Além do que, para que os automóveis consigam circular, a densidade populacional precisaria ser extremamente baixa, o que elevaria os custos de infraestrutura urbana apresentados no gráfico anterior. Daniel chegou a questionar a representante da SETRAND sobre qual a previsão de incremento populacional que se projeta para os bairros do litoral norte da cidade, que hoje concentra cerca de 20 mil habitantes (IBGE, 2010), ou seja, apenas 2% da população de Maceió. A resposta da representante da SETRAND foi: “Nós não temos esses dados”.<br />
<br />
O que vem sendo <a href="http://www.maceio.al.gov.br/revisao-do-plano-diretor-participe/">pactuado nas discussões da revisão do Plano Diretor</a> é o conceito de “cidade compacta”, a fim de evitar a expansão horizontal da cidade, de ocupar os vazios urbanos presentes na cidade consolidada, como forma de garantir um melhor aproveitamento da infraestrutura urbana e com isso, reduzir os custos de urbanização pagos pela sociedade (sistema viário, saneamento básico, coleta de lixo, transporte coletivo, etc). Daniel apresentou a proposta de zoneamento que foi elaborada por arquitetos e urbanistas em <a href="http://www.caual.gov.br/?p=5639">oficinas realizadas no Conselho de Arquitetura e Urbanismo</a>, durante os meses de novembro e dezembro deste ano, para ser encaminhada para o processo de revisão do Plano Diretor, com o intuito de adensar a cidade consolidada e evitar a expansão horizontal.<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-BLZv8ar_brw/VpDI4DgKluI/AAAAAAAAEKg/rmIc5Xsoiw8/s1600/proposta_zoneamento_CAU_20151216.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="168" src="http://4.bp.blogspot.com/-BLZv8ar_brw/VpDI4DgKluI/AAAAAAAAEKg/rmIc5Xsoiw8/s400/proposta_zoneamento_CAU_20151216.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
2.3) <u>Democracia “representativa”</u> — Não tendo interesse em realizar um amplo debate com a sociedade sobre os benefícios (se é que existem) e os prejuízos da duplicação da rodovia para a cidade, os representantes do governo poderiam dizer que o governador é representante da sociedade, pois foi eleito democraticamente pelo voto popular. Nas palavras de <a href="http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/10/politica/1447193346_169410.html" target="_blank">Jessé de Souza</a>:<br />
<br />
<i>"O cidadão brasileiro tem de ter acesso a informações contraditórias, a opiniões divergentes. Porque, sem isso, o voto é desqualificado, manipulado."</i><br />
<br />
Nossa democracia não é perfeitamente legítima, pois os candidatos eleitos quase sempre são aqueles que tiveram maior financiamento de sua campanha eleitoral, que tiveram mais recursos para usar na propaganda eleitoral. Comumente, as empresas que financiam os políticos mais votados, seja da eleição majoritária, seja da proporcional, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=y78aVHYscXs" target="_blank">são as mesmas</a>. Basta conferir no site do TSE. Ou seja, depois de eleito o candidato, é óbvio que as empresas que financiaram sua campanha cobrarão o retorno do “investimento” que fizeram. Com isso, mesmo que se tente explicar ao governante que tal obra elevará o custo per capita de urbanização, à medida que a infraestrutura de uma área maior da cidade será rateada por um número menor de pessoas, essa conta não interessa ao governante. O que interessa ao governante é atender aos <a href="http://cadaminuto.com.br/noticia/276121/2015/10/05/empresarios-da-construcao-civil-vao-a-brasilia-buscar-solucoes-para-crise-no-setor">interesses das empresas</a> que financiaram sua campanha eleitoral e que o financiarão nas próximas: ampliar a rede viária, ampliar a rede de abastecimento d’água, de esgoto e drenagem, ampliar o serviço de coleta de lixo, aumentar as vendas das concessionárias de automóveis na cidade, aumentar a venda de combustível, ampliar as distâncias percorridas pelas empresas de ônibus (com consequente aumento da tarifa para o usuário), em resumo, favorecer a expansão imobiliária, para que construtoras possam implantar seus loteamentos e vender seus apartamentos luxuosos na região do litoral norte de Maceió, uma região de paisagens exuberantes, mas de ecossistema frágil e inadequado ao adensamento populacional, onde se encontram dezenas de fozes de rios e riachos. Ou seja, a lógica do governante não é a do que é mais econômico e sustentável para os cidadãos. É a lógica do que é mais lucrativo para as empresas que financiam suas campanhas eleitorais. A duplicação da rodovia AL-101 Norte faz parte do mesmo pacote de obras que vem sendo realizadas pela Prefeitura de Maceió, que decidiu alocar R$ 68 milhões do <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/08/11-km-de-ciclovias-em-4-anos.html">PPA 2014-2017</a> nos bairros de Cruz das Almas e Jacarecica para expandir os negócios das empresas do setor imobiliário na região.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_S5RYiRwSsY/VpL8Ml2RCfI/AAAAAAAAEKw/_U7gEcImckM/s1600/empreiteiras.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="276" src="http://3.bp.blogspot.com/-_S5RYiRwSsY/VpL8Ml2RCfI/AAAAAAAAEKw/_U7gEcImckM/s400/empreiteiras.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Fonte:<a href="http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2015/12/15/empreiteiras-da-lava-jato-doaram-r-77-milhoes-a-renan-filho-via-pmdb/" target="_blank">Blog do Ricardo Mota</a> / <a href="http://reporteralagoas.com.br/novo/campanha-de-rui-palmeira-teve-848-de-doadores-ocultos/" target="_blank">Repórter Alagoas</a><a href="http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2015/12/15/empreiteiras-da-lava-jato-doaram-r-77-milhoes-a-renan-filho-via-pmdb/" target="_blank"><br /></a></span></div>
<br />
Após a fala de Daniel Moura, a representante da SETRAND respondeu da seguinte forma:<br />
<br />
<span style="color: yellow;"><i>"A cidade cresceu. A gente não pode virar as costas. A gente não pode esperar que o trem chegue lá, porque não chegou nem em Jaraguá. O trem tá tentando chegar em Jaraguá há quantos anos? De fato, a teoria é linda: transporte de massa, ferroviário... esse sim é que devia estar... o Brasil parou quando resolveu apostar no rodoviário e agora ele tá tentando correr atrás do prejuízo. Agora, na hora que você diz que o litoral norte todinho faz parte do perímetro urbano da cidade, você tem que enfrentar! Não pode ficar esperando que o trem chegue lá. Ninguém faz um omelete sem quebrar os ovos. Bote isso na cabeça! Uma coisa é você planejar a cidade do nada. Outra coisa é você pegar a cidade já com 1 milhão de habitantes e tentar minimizar, porque não é nem planejar! É correr atrás do prejuízo."</i></span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-h0yHtUvMNQw/VpCxAfDsJII/AAAAAAAAEJ4/EVUYgRs7O9s/s1600/esio_melo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-h0yHtUvMNQw/VpCxAfDsJII/AAAAAAAAEJ4/EVUYgRs7O9s/s400/esio_melo.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
3) Ésio Melo (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=COHkKmtERJQ">vídeo</a>), participante do movimento Abrace a Garça (que defende a preservação ambiental do bairro de Garça Torta e demais bairros do litoral norte de Maceió) e membro do <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2015/10/reuniao-do-conselho-municipal-do-plano.html">Conselho do Plano Diretor de Maceió</a>, criticou a falta de discussão do projeto de duplicação da rodovia com a sociedade, visto que vários comerciantes e moradores das margens da rodovia presentes à audiência afirmaram estar tomando conhecimento do projeto apenas hoje, quando já há um outdoor informando sobre o início da obra no dia 18/01/2016.<br />
<br />
Ésio também criticou os impactos ambientais que a obra trará com o aumento populacional nos bairros do litoral norte que, segundo ele, será a repetição dos erros cometidos nos bairros de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, que têm suas praias impróprias para banho, devido à poluição que a cidade despeja no mar.<br />
<br />
4) Nichole Dellabianca, arquiteta e urbanista, disse que participou, no dia 17/12/2015, da 13ª edição do <a href="https://www.doity.com.br/fsmcz/" target="_blank">Fórum Sustentável de Maceió</a>, onde o Governo de Alagoas apresentou a proposta de contratar, por meio de Parceria Público-Privada - PPP, 100% do esgotamento sanitário de Maceió (hoje apenas 30% da cidade é atendida) até o final de 2018 e que pretende implantar cerca de 70% da rede no mesmo prazo. Como sabemos que habitação, saneamento e mobilidade não podem estar desconectados, Nichole cobrou que, antes de se realizar a obra de duplicação, seja implantado o sistema de coleta de esgoto, de modo a evitar o desperdício de recursos públicos cavando a rodovia, depois de pronta, para implantar a tubulação coletora de esgoto. Após a fala de Nichole, várias pessoas pediram que outras audiências sejam marcadas para debater o projeto com mais detalhe.<br />
<br />
Andreia Estevam, representante da SETRAND, respondeu:<br />
<br />
<i><span style="color: yellow;">"Na realidade, essa reunião foi mais para o Estudo de Impacto Ambiental, não foi para conhecer o projeto. Acredito que, para o projeto, deverá haver uma mais detalhada.<br />[...]<br />Uma cidade que vive do turismo deveria priorizar o saneamento. Maceió está elaborando seu Plano Municipal de Saneamento Básico e o Estado participa. A Bacia do Litoral Norte, foi agora, recentemente, o primeiro mapa que a gente tem da bacia foi disponibilizado (acho que) mês passado, agora em novembro. Tá estudando qual seria a melhor forma de tratamento: se emissário, se Lagoa de Estabilização, o que for... Tá em discussão. Participem do Plano Municipal de Saneamento! Essa obra, no seu escopo, não tem saneamento. Mesmo porque, iria ligar nada a nada, porque se não tem ainda que forma vai ser tratada, que destinação, se emissário, onde vai ser, se vai ser bacia, onde vai ser, tem que esperar... E acredito que a cidade não para. É como trocar o pneu do carro com o carro andando."</span></i><br />
<br />
Daniel Moura argumentou que, se os recursos são escassos e tem que optar entre construir a rodovia ou implantar o saneamento, é melhor que se faça primeiro o saneamento: "Nós vamos expandir a cidade sem antes resolvermos as necessidades básicas?"<br />
<br />
Andreia continou:<br />
<br />
<i><span style="color: yellow;">"Os programas federais já vêm indicados para que infraestrutura será feita. Então, se abriu recurso para rodovia, pega-se; Abriu recurso para saneamento, pega-se. Esse, veio específico para rodovia. Por que a AL? Porque ela é uma rodovia. Ela, de fato, promove a integração regional (Pernambuco-Alagoas). O recurso não dá para fazer ela toda. Então vai fazer por partes. Infelizmente é assim que a coisa pública funciona..."</span></i><br />
<i><span style="color: yellow;"> </span></i><br />
Daniel Moura disse que não deveria ser assim (sem um planejamento integrado), que essa é a forma errada como a coisa pública funciona.<br />
<br />
Andreia continuou:<br />
<br />
<i><span style="color: yellow;">"...A gente não tem, nesse momento de crise, o recurso para fazer a AL-101 Norte todinha, até a fronteira. Seria o ideal!"</span></i><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-H_K2nFD-gO4/VpCxA--LrqI/AAAAAAAAEKA/1dX_Ix3thtQ/s1600/lara_tapety.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://2.bp.blogspot.com/-H_K2nFD-gO4/VpCxA--LrqI/AAAAAAAAEKA/1dX_Ix3thtQ/s400/lara_tapety.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
5) Lara Tapety (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=8gmgcWshVss">vídeo</a>) (participante do movimento Abrace a Garça) e Bruno Stefanis (representante do <a href="http://www.institutobiota.org.br/v02/index.php/sobre">Instituto Biota</a>) criticaram o questionário realizado com moradores da região, sobre serem a favor ou contra a duplicação da rodovia. Segundo eles, além de apresentar perguntas tendenciosas, com respostas apenas de “sim” ou “não”, não foram apresentadas outras soluções, como o VLT ou a melhoria do transporte coletivo na região. Também alertaram que, estatisticamente, o universo de pessoas questionadas, 100, num total de 20 mil habitantes não é representativo.<br />
<br />
Lara também criticou a data escolhida para a audiência pública e a necessidade de aprofundar o debate com a população, apontando os impactos positivos e os impactos negativos da duplicação da rodovia, pois, mesmo que os impactos positivos sejam em maior quantidade, segundo o que foi apresentado pela consultoria que elaborou o “estudo ambiental”, os impactos negativos podem ser mais graves, como os inúmeros casos de perdas de vidas de pedestres e ciclistas que ocorreram na rodovia AL-101 Sul, após sua duplicação.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-kP6gSAUVTLY/VpCxBtjDWzI/AAAAAAAAEKQ/u3Av6Y5FDrk/s1600/renan_silva.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-kP6gSAUVTLY/VpCxBtjDWzI/AAAAAAAAEKQ/u3Av6Y5FDrk/s400/renan_silva.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
6) Renan Silva (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=7579yuLsMgU">vídeo</a>), arquiteto e urbanista, membro do <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2015/10/reuniao-do-conselho-municipal-do-plano.html">Conselho do Plano Diretor de Maceió</a> apontou a insustentabilidade de uma obra que tem o intuito de ofertar mais espaço para circulação de automóveis. Renan disse considerar “incrível que, ainda hoje, estejamos discutindo investimentos em infraestrutura rodoviária, quando o mundo todo está na contramão, porque percebeu que isso não dá certo". Renan também questionou como uma cidade carente de recursos, como Maceió, não investe em necessidades básicas, como o saneamento básico (Maceió tem apenas 30% do seu território atendido por rede de esgoto), segurança pública, saúde pública, e vai gastar recursos da ordem de R$ 45 milhões com uma obra que já se sabe ser insustentável.<br />
<br />
Renan pediu para que cada um dos presentes pensasse no conceito de “desenvolvimento”, pois obras como essa são apresentadas por governos como sinônimo de desenvolvimento e questionou se isso realmente representa desenvolvimento. Renan disse compreender que as pessoas acreditem que esse tipo de obra representa desenvolvimento, pois, há mais de cinco décadas que esse modelo de mobilidade urbana focado no automóvel é “empurrado goela abaixo” dos cidadãos, seja pela mídia, seja pelos governantes.<br />
<br />
Renan lembrou que <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/04/transporte-ferroviario-pode-ser-solucao.html">Maceió já teve um sistema de bondes</a>, do final do século XIX até a metade do século XX. Hoje, inúmeras cidades do mundo estão reativando seus bondes e Maceió continua insistindo na mobilidade focada no automóvel. Renan citou o processo de substituição dos bondes por automóveis/ônibus apresentado no documentário <a href="https://www.youtube.com/watch?v=EShbIA5aQAc">Taken For A Ride</a>, de 1996.<br />
<br />
Renan apresentou os dados que já apresentara em <a href="http://sociedademovimento.org/2015/08/06/vertizalicacao-do-litoral-norte/">05/08/2015</a>, na audiência pública realizada no Ministério Público Federal, onde se debateu sobre a intenção do mercado imobiliário de construir torres de apartamentos no litoral norte de Maceió. Segundo Renan, há hoje cerca de 3 mil carros registrados nos bairros do litoral norte de Maceió (com exceção de Jacarecica e Cruz das Almas). Apenas com as 21 torres de apartamentos que estão aprovadas para a região, deverão ser acrescentados 5 mil automóveis à frota desses bairros.<br />
<br />
Outras falas, não menos importantes, também foram feitas, principalmente por empresários e moradores da região, que se disseram pegos de surpresa com o início da obra previsto para 18/01/2016, sem que houvesse qualquer discussão pública com a comunidade. A audiência foi encerrada às 12h40.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
______________________________________________</div>
<br />
<br />
Leia também:<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/05/o-espraiamento-de-maceio.html">O espraiamento de Maceió</a> - 09/05/2014<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/04/transporte-ferroviario-pode-ser-solucao.html">Transporte ferroviário pode ser solução para a mobilidade urbana</a> - 11/04/2010<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/debate-na-ufal.html">Ufal debate Mobilidade Urbana</a> - 27/11/2013<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com/2011/04/os-planos-e-as-obras_20.html">Os Planos e as obras</a> - 20/04/2011<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com/2010/10/cidade-das-curtas-viagens.html">A Cidade das Curtas Viagens</a> - 25/10/2010<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com/2010/06/ideias-equivocadas.html">Ideias equivocadas</a> - 17/06/2010<br />
<br />
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-38976199678674005762015-10-23T13:16:00.001-07:002015-10-23T13:57:25.447-07:001ª Reunião do Conselho Municipal do Plano Diretor<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-A67HMXnAMGg/ViqUtbWyb_I/AAAAAAAAEG8/riGAJSMDlOo/s1600/SAM_5713.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="145" src="http://4.bp.blogspot.com/-A67HMXnAMGg/ViqUtbWyb_I/AAAAAAAAEG8/riGAJSMDlOo/s400/SAM_5713.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Na manha de hoje, na sede da Procuradoria Geral do Município, aconteceu a primeira reunião do Conselho Municipal do Plano Diretor. A criação do Conselho está prevista nos artigos 182 e 183 da Lei municipal nº 5.486/2005 (<a href="http://sempla.maceio.al.gov.br/sempla/dpu/PLANO%20DIRETOR_MAPAS%20A3/PLANO%20DIRETOR%202006_AT3.pdf" target="_blank">Plano Diretor de Maceió</a>).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Dentre as atribuições do Conselho, estão:<br />
<br />
"<i>Art. 1º</i><br />
<br />
<i>(...)</i><br />
<br />
<i>I - acompanhar a aplicação dos instrumentos do Plano Diretor de Maceió com vistas ao aperfeiçoamento institucional e social dos instrumentos da legislação municipal referentes à matéria;</i><br />
<i><br /></i>
<i>II - divulgar perante a sociedade o conteúdo do Plano Diretor com objetivo de conscientização social sobre a sua importância, bem como dos seus instrumentos de gestão, operacionalização e controle;</i><br />
<i><br /></i>
<i>III - discutir a eficácia dos princípios, diretrizes e regras estabelecidas no Plano Diretor de Maceió, com vistas à operacionalização dos seus institutos;</i><br />
<i><br /></i>
<i>IV - propor a discussão acerca do processo de desenvolvimento urbano do Município de Maceió, observados os princípios de proteção ao meio ambiente, garantia da manutenção e ampliação da infraestrutura urbana, utilização dos espaços públicos, inclusão social e gestão integrada e compartilhada do desenvolvimento urbano;</i>"<br />
<span style="font-size: x-small;">(Resolução Colegiada nº 001, de 23/10/2015 - Regimento Interno do Conselho Municipal do Plano Diretor de Maceió)</span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Compõem o <a href="http://www.maceio.al.gov.br/wp-content/uploads/allansecom/documento/2015/10/Messias1.pdf" target="_blank">Conselho</a> as seguintes entidades e seus representantes:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entidades de ensino e científicas:</div>
<div style="text-align: justify;">
- UFAL – Profª. Débora Cavalcanti</div>
<div style="text-align: justify;">
- CESMAC – Profª. Carlina Rocha</div>
<div style="text-align: justify;">
- UNIT – Prof. Renan Silva</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entidades de classe:</div>
<div style="text-align: justify;">
- SINDUSCON – Sr. Hélio Abreu</div>
<div style="text-align: justify;">
- SENAI – Sr. Maurício Breda</div>
<div style="text-align: justify;">
- SEBRAE – Sr. Marcos Vieira</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Associações de Moradores:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Assoc. Conj. José Tenório – Sra. Célia Regina</div>
<div style="text-align: justify;">
- União de Mov. por Moradia em AL – Sr. Cláudio dos Santos</div>
<div style="text-align: justify;">
- Mov. de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas – Sr. Ésio Melo</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
ONGs:</div>
<div style="text-align: justify;">
- IAB/AL – Sra. Isadora Padilha</div>
<div style="text-align: justify;">
- IDEAL – Sra. Sandra Amália</div>
<div style="text-align: justify;">
- Instituto Casa Viva – Sra. Eliane da Silva </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Órgãos e entidades públicas:</div>
<div style="text-align: justify;">
- CBTU / Gov. Federal – Sra. Taiane Gonçalves</div>
<div style="text-align: justify;">
- SETRAND / Gov. Estadual – Sra. Andréia Estevam</div>
<div style="text-align: justify;">
- Câmara de Vereadores / Gov. Municipal – Ver. José Márcio</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com todos os conselheiros presentes, a reunião foi iniciada às 9h30 e teve como primeiro item de pauta a discussão e votação do Regimento Interno do Conselho. Após exaustiva discussão e alterações feitas pelos conselheiros, o Regimento Interno foi aprovado às 13h10, quando foi iniciada a discussão do próximo ponto da pauta: a formação de grupos de apoio ao Conselho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na 1ª audiência pública para revisão do Plano Diretor de Maceió, ocorrida em 13/10/2015, o secretário municipal de planejamento, Sr. Manoel Messias, sugeriu a inclusão dos seguintes grupos de apoio ao Conselho Municipal do Plano Diretor.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-C5xm9H_TfKQ/ViqUs3xGHMI/AAAAAAAAEG0/xACtxW_fETo/s1600/grupos_de_apoio.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="http://3.bp.blogspot.com/-C5xm9H_TfKQ/ViqUs3xGHMI/AAAAAAAAEG0/xACtxW_fETo/s400/grupos_de_apoio.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O grupo permanente de apoio técnico já havia sido aprovado durante a discussão do Regimento Interno, constante em seu art. 10. Restava a discussão e aprovação do grupo de Movimentos Sociais Temáticos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Durante a audiência do dia 13/10/2015, também reivindicaram participação, no grupo de apoio, a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas – Ademi-AL e o Instituto Biota de Conservação. Durante a reunião de hoje, o Sr. Hélio Abreu, representante do Sinduscon, sugeriu a retirada do Movimento Abrace a Garça e a inclusão da Ademi-AL.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de uma longa discussão sobre o que é e o que não é um “movimento social”, foi decidido entre os conselheiros que seriam incluídos a Ademi-AL e o Instituto Biota à lista inicial proposta pelo secretário de planejamento e que seria feita a votação nominal entre os conselheiros para eleger os três movimentos (apenas três, conforme art. 10, II do Regimento Interno).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse momento, três conselheiros (Sra. Carlina Rocha, Sr. Cláudio dos Santos e Sr. Marcos Vieira) já tinham se ausentado da reunião e, portanto, restavam apenas doze. Realizada a votação, ficou decidido que os movimentos que comporão o grupo de apoio serão: Bicicletada de Maceió, Movimento Abrace a Garça e Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas – Adefal.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-eK5CFB8wbOI/ViqUsGvPHlI/AAAAAAAAEGs/hxXOUZrUsCc/s1600/SAM_5725.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://2.bp.blogspot.com/-eK5CFB8wbOI/ViqUsGvPHlI/AAAAAAAAEGs/hxXOUZrUsCc/s400/SAM_5725.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ficamos surpresos com a quantidade de votos recebidos pela Bicicletada. Apenas a Sra. Eliane da Silva se absteve da votação, por não concordar com a definição que fora entendida pelo Conselho sobre o significado de “movimentos sociais”. Com exceção da Sra. Eliane, todos os conselheiros presentes votaram na Bicicletada para compor o grupo de apoio do Conselho do Plano Diretor, totalizando onze votos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na prática, esse “grupo de apoio” não tem muita importância, pois não tem direito a voz, nem voto, nas reuniões do Conselho. Contudo, a expressiva votação do movimento Bicicletada, sem que fosse necessário fazer qualquer campanha entre os conselheiros, é uma honra. É o reconhecimento da maneira séria com que os participantes do movimento tratam dos assuntos referentes à mobilidade urbana em busca de uma cidade mais humana e mais justa. Ser indicado e eleito sem fazer qualquer campanha, a nosso ver, é a plena democracia.</div>
<br />
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-78984508375218574972015-10-17T20:18:00.000-07:002015-10-25T17:48:06.341-07:00Início da revisão do Plano Diretor Participativo de Maceió<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-4EmYyvCWfTk/Vi1g4MXts_I/AAAAAAAAEHc/gybsofl4p6Y/s1600/logo_PLANO-DIRETOR.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="371" src="http://4.bp.blogspot.com/-4EmYyvCWfTk/Vi1g4MXts_I/AAAAAAAAEHc/gybsofl4p6Y/s400/logo_PLANO-DIRETOR.png" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Na semana que passou, teve início o processo de revisão do Plano Diretor Participativo de Maceió. O Plano vigente, <a href="http://sempla.maceio.al.gov.br/sempla/dpu/PLANO%20DIRETOR_MAPAS%20A3/PLANO%20DIRETOR%202006_AT3.pdf" target="_blank">Lei municipal nº 5.486</a> data de 30/12/2005. A necessidade de revisão do Plano foi motivo de cobrança da sociedade civil, em Audiência Pública realizada em 05/08/2015, no Ministério Público Federal, para discutir os efeitos da pressão que o mercado imobiliário vem exercendo no Litoral Norte de Maceió para expansão da verticalização da cidade naquela direção.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Iu3rmTl3apY/Vi1g1U7SbfI/AAAAAAAAEHU/Nh3HlPhVn7c/s1600/audi%25C3%25AAncia_mpf.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://1.bp.blogspot.com/-Iu3rmTl3apY/Vi1g1U7SbfI/AAAAAAAAEHU/Nh3HlPhVn7c/s400/audi%25C3%25AAncia_mpf.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Audiência realizada no Ministério Público Federal de Alagoas, em 05/08/2015, para debater sobre os impactos da verticalização da região do Litoral Norte de Maceió.</span></div>
<br />
A Câmara de Vereadores de Maceió já vinha se reunindo com setores ligados ao mercado imobiliário e com o Poder Executivo Municipal, desde <a href="http://nfde.tk/7rg8" target="_blank">junho</a> de 2013, para debater a revisão do Plano. Outras três reuniões aconteceram em <a href="http://nfde.tk/7rg9" target="_blank">agosto</a>, <a href="http://nfde.tk/7rga" target="_blank">setembro</a> e <a href="http://www.alagoastempo.com.br/noticia/45106/cidade/2013/10/18/grupo-de-trabalho-do-plano-diretor-tem-quarta-reuniao-de-estudos.html" target="_blank">outubro</a> do mesmo ano. Contudo, só agora, em outubro de 2015, a Prefeitura de Maceió decide convidar os cidadãos para a revisão do Plano Diretor PARTICIPATIVO de Maceió.<br />
<br />
O processo de revisão teve início, de fato, a partir da publicação, no <a href="http://www.maceio.al.gov.br/wp-content/uploads/admin/documento/2015/09/Diario_Oficial_25_09_15_PDF.pdf" target="_blank">Diário Oficial do Município</a> do dia 25/09/2015, do Edital de Convocação do Processo de Revisão do Plano Diretor de Maceió. Neste edital, foram agendadas “Reuniões de Sensibilização” nos dias 05 e 06 de outubro de 2015, com horários divididos para quatro segmentos da sociedade: 1) entidades civis; 2) sindicatos e demais entidades de classe; 3) movimentos sociais e populares; 4) segmento representativo dos Governos Federal, Estadual e Municipal, Ministério Público e Poderes Legislativos Estadual e Municipal.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-IS01CZjGeHI/Vi1hGS1rnYI/AAAAAAAAEIA/cwMSxrurFvs/s1600/sensibiliza%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="http://4.bp.blogspot.com/-IS01CZjGeHI/Vi1hGS1rnYI/AAAAAAAAEIA/cwMSxrurFvs/s400/sensibiliza%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Uma das quatro Reuniões de Sensibilização. Esta, ocorrida na tarde do dia 06/10/2015, na sala 02 da Procuradoria Geral do Município.</span></div>
<br />
No último dia 13, foi realizada a primeira “Audiência Pública de abertura oficial dos trabalhos”. Os objetivos dessa audiência eram, segundo o edital:<br />
<br />
“<i>(a) a pactuação da metodologia de revisão, com a exposição das formas de coleta, armazenamento e distribuições de informações, estudos e documentos produzidos;<br /><br />(b) estabelecimento das formas de participação popular e contribuições pela sociedade civil organizada e segmentos representativos;<br /><br />(c) fixação do cronograma de execução das primeiras oficinas temáticas sucessivas à 1ª Audiência Pública e designação, ao final, da data da 2ª Audiência Pública;</i>”<br />
<br />
A audiência iniciou às 9h30 (1h30 após o horário determinado no edital) e encerrou às 13h50 (0h50 após o horário determinado no edital). O <a href="http://abraceagarca.com/" target="_blank">Movimento Abrace a Garça</a> entregou documento e se manifestou oralmente sugerindo mudança na metodologia e no cronograma do processo de revisão (que era o objetivo dessa audiência), mas a proposta sequer foi colocada em votação.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_RCN-NLRvUY/Vi1g0n4FRjI/AAAAAAAAEHM/5hmpzExzgRg/s1600/audiencia20151013.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://1.bp.blogspot.com/-_RCN-NLRvUY/Vi1g0n4FRjI/AAAAAAAAEHM/5hmpzExzgRg/s400/audiencia20151013.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Na tarde do próprio dia 13/10/2015 e nas tardes dos dias 14 e 15/10/2015, ocorreram, conforme previsto em edital, as “oficinas técnicas com os segmentos”. Também divididas por segmentos (assim como as reuniões de sensibilização), as oficinas contaram com uma breve apresentação, por parte da empresa <a href="https://cmarinho.wordpress.com/o-que-e-a-porto-marinho-2/" target="_blank">Porto Marinho</a>, contratada para coordenar o processo de revisão do Plano Diretor Participativo de Maceió, de um panorama das questões mais relevantes, segundo a consultoria, a serem tratadas no Plano Diretor.<br />
<br />
Segundo os consultores, a empresa Porto Marinho vinha desenvolvendo um planejamento estratégico para a Prefeitura de Maceió, denominado “Maceió +25”, desde 2014 e, em razão da necessidade de revisão do Plano Diretor Participativo, trouxe para a discussão aquilo que já vinha desenvolvendo no planejamento estratégico. A imagem abaixo foi apresentada como síntese daquilo que a consultoria Porto Marinho enxerga como principais desafios de Maceió para os próximos 25 anos.<br />
<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TBINdv956MI/Vi1hKbPg4vI/AAAAAAAAEIM/igNDJqppfjU/s1600/sintese.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-TBINdv956MI/Vi1hKbPg4vI/AAAAAAAAEIM/igNDJqppfjU/s400/sintese.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
Após a apresentação, nos três dias de oficina, foi solicitado dos presentes que escrevessem em folhas de papel, de três cores diferentes, quais são os principais desafios de Maceió para os próximos 10 anos. Cada cor de papel deveria tratar de um dos temas: vermelho, “Ambiente e Paisagem”; azul, “Adensamento e Reabilitação”; e amarelo, “Mobilidade e Centralidade”.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-W86Ep3JZX6E/Vi1hOVTeCSI/AAAAAAAAEIU/HFKXIqlVrfE/s1600/temas.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://3.bp.blogspot.com/-W86Ep3JZX6E/Vi1hOVTeCSI/AAAAAAAAEIU/HFKXIqlVrfE/s400/temas.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
Escritas as contribuições, cada cidadão tinha o direito de apresentá-la / defendê-la em até 3 minutos para a plateia. As contribuições apresentadas por nós foram as seguintes:<br />
<br />
<b>1) tema “Ambiente e Paisagem”:</b><br />
- Preservação das árvores nativas e investir em arborização.<br />
- Saneamento básico para os 70% da cidade que não são atendidos.<br />
- Despoluição das praias, rios e lagoa.<br />
- Proteger a visão da paisagem natural através do controle do gabarito das edificações.<br />
<br />
<b>2) tema “Adensamento e Reabilitação”:</b><br />
- Adensar a cidade consolidada através dos principais eixos existentes, direcionando investimentos públicos à melhoria da infraestrutura existente.<br />
- Impedir a expansão horizontal da cidade, principalmente em direção ao Litoral Norte.<br />
- Garantir o acesso da população de baixa renda à cidade formal, provendo habitação de qualidade próxima aos centros urbanos.<br />
- Reduzir o perímetro urbano para o limite da área urbana consolidada, de modo a impedir a expansão horizontal da cidade.<br />
<br />
<b>3) tema “Mobilidade e Centralidade”:</b><br />
- Reorganizar o espaço viário:<br />
- reduzir o espaço do automóvel;<br />
- aumentar o espaço para pedestres, ciclistas e transporte coletivo.<br />
- Transferir a responsabilidade sobre o passeio público do proprietário do lote para o poder público, de modo a obter sua padronização e garantia da acessibilidade.<br />
- Educação constante sobre Mobilidade Urbana nas escolas.<br />
- Deveria haver interação entre os diversos projetos que são apresentados pela Prefeitura, no que se refere à mobilidade urbana, e o Plano Diretor: VLT da Av.Fernandes Lima / BRT da Av. Menino Marcelo / US$ 60 milhões de empréstimo no BIRD para uma via na lagoa (interesse do setor imobiliário) / Duplicação da AL-101 Norte / Viaduto da Cambona / Vale do Reginaldo / Teleféricos/Funiculares / Via litorânea de Cruz das Almas / Ecovia Norte<br />
<br />
Todas as contribuições foram fixadas na parede e foram fotografadas e transcritas por nós. Caso queira ler a transcrição de todas as contribuições, <a href="https://dl.dropboxusercontent.com/u/105321999/oficinas.pdf" target="_blank">clique aqui</a>.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-PKPvV_cF21A/Vi1g-AgDdBI/AAAAAAAAEHs/5BhTypqPaDg/s1600/oficina1.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://2.bp.blogspot.com/-PKPvV_cF21A/Vi1g-AgDdBI/AAAAAAAAEHs/5BhTypqPaDg/s400/oficina1.JPG" width="400" /> </a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">1ª oficina, realizada no auditório da UNIT, em 13/10/2015.</span></div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-oE4BfNnEL1w/Vi1hFHtocmI/AAAAAAAAEH0/97ShfeMvIs8/s1600/oficina2.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://3.bp.blogspot.com/-oE4BfNnEL1w/Vi1hFHtocmI/AAAAAAAAEH0/97ShfeMvIs8/s400/oficina2.JPG" width="400" /> </a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">2ª oficina, realizada no auditório da UNIT, em 14/10/2015.</span></div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-3kBioY9KQAg/Vi1hF8hwO-I/AAAAAAAAEH8/f2r0dLhIqL8/s1600/oficina3.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://4.bp.blogspot.com/-3kBioY9KQAg/Vi1hF8hwO-I/AAAAAAAAEH8/f2r0dLhIqL8/s400/oficina3.JPG" width="400" /> </a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">3ª oficina, realizada no auditório da antiga sede da OAB/AL, em 15/10/2015.</span> </div>
</div>
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<br />
Uma quarta oficina, com objetivo de apresentar e discutir as contribuições entre todos os segmentos, ficou agendada para o dia 07/11/2015 (em local e horário a ser confirmado) e a segunda Audiência Pública, para ser apresentada uma versão preliminar do Caderno Técnico, ficou agendada para o dia 14/11/2015 (também sem horário e local ainda definidos).<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-PLxCxwoj1uc/Vi1g5dy91aI/AAAAAAAAEHk/bfyDC4Dx27U/s1600/cronograma.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://1.bp.blogspot.com/-PLxCxwoj1uc/Vi1g5dy91aI/AAAAAAAAEHk/bfyDC4Dx27U/s400/cronograma.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
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________________________________________________</div>
<br />
Veja também:</div>
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<br />
- <a href="http://g1.globo.com/al/alagoas/altv-1edicao/videos/t/edicoes/v/mudancas-e-melhorias-para-maceio-estao-sendo-revistas-em-audiencia-publica/4534789/" target="_blank">Mudanças e melhorias para Maceió estão sendo revistas em audiência pública</a> (TV Gazeta)</div>
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Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-44727343392304649192015-05-14T07:47:00.003-07:002015-05-14T07:55:58.747-07:00Em 2025 os habitantes de Helsinki não terão mais razões para possuir um carro <div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-6K33JO6LrCg/VVSxGwOMGLI/AAAAAAAAEGM/DOjwHgAEU9Y/s1600/Helsinki01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="http://3.bp.blogspot.com/-6K33JO6LrCg/VVSxGwOMGLI/AAAAAAAAEGM/DOjwHgAEU9Y/s400/Helsinki01.jpg" width="400" /></a></div>
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<br />
Oferecer um sistema de transporte público confiável e eficiente é a estratégia de muitas cidades para desestimular o uso dos automóveis particulares e, assim, evitar os danos ambientais e urbanos causados por estes.<br />
<br />
Uma destas cidades é Hamburgo, que em novembro de 2013 lançou o Green Network, <a href="http://www.archdaily.com.br/br/01-160309/o-plano-de-hamburgo-para-eliminar-o-uso-do-automovel-nos-proximos-20-anos" target="_blank">um plano para eliminar o uso do automóvel nos próximos 20 anos</a>, contando, para isso, com a conexão de todas as áreas verdes da cidade, acessíveis a pé ou de bicicleta.<br />
<br />
Há alguns dias, Helsinki anunciou um ambicioso plano que visa integrar vários meios de transporte ao seu atual sistema público que, em teoria, funcionaria tão bem que os cidadãos não teriam mais razões para possuir um carro.<br />
<br />
Saiba mais sobre este plano que pretende, até 2025, desestimular o transporte individual motorizado da capital finlandesa. <br />
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<span style="font-size: large;"><b>“O carro já não é um símbolo de status para os jovens” </b></span><br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-oEh0ICJ4uko/VVSvJzhCiNI/AAAAAAAAEF8/XfZOCbCIhW4/s1600/Helsinki02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="http://3.bp.blogspot.com/-oEh0ICJ4uko/VVSvJzhCiNI/AAAAAAAAEF8/XfZOCbCIhW4/s400/Helsinki02.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
A engenheira de transporte do Departamento de Planejamento de Helsinki, Sonja Heikkilä, conta que <b>o plano não tem como objetivo proibir os automóveis</b>, mas proporcionar outras opções de mobilidade sustentável, assim, as pessoas que já possuem um carro não precisarão utilizá-lo para os deslocamentos que podem ser feitos através do transporte público. <br />
<br />
Desta forma, o que se pretende é alterar o paradigma de como nos movemos dentro da cidade que, como diz a engenheira, é um tema que leva tempo para ser digerido, sobretudo para as pessoas mais velhas que não querem renunciar aos seus carros. Contudo, esta é uma meta possível, pois a maioria das pessoas está interessada em cuidar do meio ambiente e economizar dinheiro. <br />
<br />
Este último motivo é um dos que melhor representa os jovens, que são mais flexíveis em suas exigências. É por isto que para esta faixa da população o carro já não é um símbolo de status como fora para seus pais, segundo <a href="http://www.helsinkitimes.fi/finland/finland-news/domestic/11062-the-future-resident-of-helsinki-will-not-own-a-car.html" target="_blank">constata</a> 'Heikkilä para o Helseinki Times, a partir dos resultados de uma pesquisa feita como parte de sua dissertação de mestrado. <br />
<br />
Nesse sentido, o plano poderia se sustentar nos próximos anos, já que, se agora os mais jovens não necessitam de um carro, este paradigma deve ser mantido nos próximos 10 anos, se acompanhado de um sistema de transporte público eficiente. <br />
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<span style="font-size: large;"><b>A essência do plano: Sistema de Transporte Intermodal </b></span><br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-AxVe0d7ojUM/VVSx7UoOFsI/AAAAAAAAEGU/X6rSDu3BZcA/s1600/Helsinki03.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://4.bp.blogspot.com/-AxVe0d7ojUM/VVSx7UoOFsI/AAAAAAAAEGU/X6rSDu3BZcA/s400/Helsinki03.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
O projeto de Helsinki se baseia na ideia de que o sistema de transporte público deve ser <i>on demand</i>, ou seja, de acordo com a demanda individual de cada cidadão. <br />
<br />
Assim, quando uma pessoa precisar se deslocar, poderá planejar sua viagem através de um aplicativo para smartphones onde estarão indicados os horários e linhas de transporte, além de outros dados como a origem, o destino e se preferem usar ônibus, bicicletas, taxis ou bondes. Além disso, essas informações deverão ser combinadas e compartilhadas com as de outros usuários. <br />
<br />
As taxas para utilizar esse sistema integrado serão pagas através de uma plataforma “universal”, independente do meio escolhido. Para isto, estão sendo estudadas duas formas de pagamento. Uma na qual os cidadãos pagam o serviço em função dos quilômetros percorridos, e outra em que se pode “comprar” quilômetros mensais. <br />
<br />
Dentro deste plano também se considera o Kutsuplus, um sistema de micro-ônibus que transporta os cidadãos de acordo com o itinerário elaborado pelos pedidos de quem está mais próximo. Este plano, elaborado pela Autoridade de Transporte Regional de Helsinki (HSL), é mais caro que andar de ônibus, porém mais barato que pedir um taxi e evita que haja mais carros nas ruas transportando poucos passageiros. <br />
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<b><span style="font-size: large;">É possível? </span></b><br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-iIy0uHrSSYw/VVSwWympYcI/AAAAAAAAEGE/Q269znbm3yY/s1600/Helsinki04.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="http://3.bp.blogspot.com/-iIy0uHrSSYw/VVSwWympYcI/AAAAAAAAEGE/Q269znbm3yY/s400/Helsinki04.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Atualmente, o transporte público de Helsinki é operado unicamente pela Autoridade de Transporte Regional. Contudo, Heikkilä acredita que se forem incluídos outros operadores, o plano poderá funcionar melhor até 2025. <br />
<br />
Por enquanto está previsto que o plano comece a funcionar no final deste ano, ainda <a href="http://www.engadget.com/2014/07/13/helsinki-public-transport-mesh/" target="_blank">em fase de testes</a>, em Valilla, um bairro central da capital finlandesa. Após ser posto em prática, ele deverá passar por alterações e, posteriormente, ser implementado em outras áreas de Helsinki. <br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.archdaily.com.br/br/624939/em-2025-os-habitantes-de-helsinki-nao-terao-mais-razoes-para-possuir-um-carro" target="_blank">Archdaily</a></div>
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Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-92085199890262399372015-02-05T11:20:00.003-08:002015-02-05T11:20:55.435-08:00Cuidado com o canto da sereia!<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6Ki__MnVvkY/VNFujvn8W7I/AAAAAAAAEEM/5R2JK0cn3B0/s1600/Captura_de_Tela_2015_02_03_a_s_02.33.42.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-6Ki__MnVvkY/VNFujvn8W7I/AAAAAAAAEEM/5R2JK0cn3B0/s1600/Captura_de_Tela_2015_02_03_a_s_02.33.42.png" height="205" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">O ciclista que não tira os olhos da sereia.</span></div>
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por <a href="http://cicloacaorecife.blogspot.com.br/2015/02/cuidado-com-o-canto-da-sereia.html" target="_blank">Cicloação Recife</a><br />
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De vez em quando a indústria automobilística parece estender uma mão para o resto do mundo. Uma bondade sem tamanho, dá gosto de ver. Mas muito cuidado com o que se vê! Truques mirabolantes do mundo capitalista - conhecido também como publicidade - estão aí para te seduzir. A FIAT lançou esta semana a campanha do Novo Punto. E o personagem principal do anúncio é...??? O Novo Punto, claro.<br />
<br />
Nunca se viu tanto no país a bicicleta na mídia como opção de mobilidade. O ciclista é constantemente colocado como desrespeitador das leis, como alguém que se arrisca, um aventureiro, um <a href="http://www.dicionarioinformal.com.br/outsider/" target="_blank">outsider</a>, um hipster. O ataque é constante. Dificilmente vemos o ciclista em reportagens como alguém que fez uma escolha melhor para a cidade, que deve ser valorizado, incluído no trânsito. Ele é posto apenas como uma opção. Com a indústria automobilística - que não quer largar o o$$o -, não é diferente. Além do óbvio de em todas as propagandas de carros, pordemos ver um motorista feliz circulando por uma cidade sem nenhum engarrafamento, ou até mesmo sem nenhum outro carro no seu caminho, dificilmente encontramos bicicletas rodando nesses comerciais. A própria FIAT tem no seu histórico exemplos nada amigáveis com os ciclistas, bem antes desse anúncio no melhor estilo o-ciclista-quer-ter-um-FIAT. Veja que caminho ela já tomou em um anúncio do dos anos 80/90.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/GiN17290wwM" width="459"></iframe>
</div>
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<br />
Pra completar, mais recentemente, em 2014, a polêmica campanha dos vacilões no trânsito, que coloca pedestre, ciclista, motorista, todos como vacilões, quando na verdade o grande vacilo é da montadora, em enquadrar crimes de trânsito, as infrações cometidas por quem dirige automóveis de 1 tonelada ou mais na cidade, como vacilos, no mesmo patamar dos vacilos de ciclista e pedestre. Ainda estamos longe do patamar dos países onde os números de mortes no trânsito - que é o que realmente interessa! -, são até 20x menores que no Brasil. O principal motivo disso é o atraso do executivo e do judiciário em se adaptarem e aplicarem o CTB do modo correto, do modo mais funcional para este ambiente tão plural que é o trânsito. Temos pessoas andando a 6km/h, ciclistas a 20km/h, carros a 40, 60, 80km/h no ambiente urbano. Enormes e pesados ônibus também em altas velocidades. A única forma disso se traduzir em um sistema funcional é a aplicação integral do princípio "o maior protege o menor". Voltando à nossa amada Fiat... Veja a campanha do vacilão para o pedestre, esse cara que corresponde historicamente a entre 20% e 30% das mortes no trânsito e tem semáforos de 7 minutos no seu caminho. Esse cara atravessa fora da faixa, ou com o semáforo fechado, e é chamado de vacilão. Os motoristas em sua maioria mal percebem o Pereira esperando E-TER-NA-MEN-TE para atravessar na faixa, ou muitas vezes num cruzamento sem faixa. Mas ele é vacilão, isso é o que importa, segundo a FIAT.<br />
<br />
Esses três videos são estratégias diferentes claras, e contam um pouco da história da relação da indústria automobilística com a bicicleta. Primeiro, a ridicularização (o video do motorista que dá ré para o ciclista cair, final do século XX), depois a estratégia do todos somos iguais no trânsito, repetida como uma mantra por todos os cantos das redes sociais, debates, discussões, campanhas governamentais. Essa fase, como já dissemos, foi radicalmente superada nos países mais avançados em humanização do trânsito. E agora entramos na terceira fase - pelo menos na FIAT -, onde se busca uma motorização dos consumidores, mesmo que não utilizem o carro. "Um carro inovador, pra quem tem muita personalidade". A personalidade, de acordo com o anúncio, é andar de bicicleta e ter um carro na garagem. No final do video, uma alisada no capô, demonstrando o velho carinho de sempre pelo automóvel. Esse anúncio é o canto da sereia. Não há dúvida! A intenção da montadora é trazer você de volta para o automóvel, custe o que custar, mesmo que isso te custe a perda de toda a liberdade financeira que a bicicleta te proporcionou. Pode parecer para muitos um sinal de paz, da possibilidade de convivência entre os dois modais na vida de um mesmo consumidor, mas essa realidade é bem difícil de se implementar em países onde a distribuição de renda é baixa e a mobilidade segue um modelo rodoviarista, excludente, de meritocracia no trânsito no melhor estilo "eu melhorei de vida pra ter meu carro, mereci isso". O Brasil tinha em 2011 uma taxa de motorização de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_vehicles_per_capita" target="_blank">249 automóveis por 1000 habitantes</a>. Nos Estados Unidos, são 809. Na Holanda, 528! Pode parecer que temos muito o que avançar em motorização, mas há uma grande diferença entre nós e a Holanda, como exemplo mais extremo. Como num país repleto de bicicletas as pessoas têm mais do dobro de carros que nós? Lá praticamente não há engarrafamentos e a taxa de morte no trânsito de Amsterdam é de 1,5/100.000 habitantes, enquanto no Recife esse número é mais de 20 vezes maior, e o engarrafamento....... A resposta é justamente a operacionalização de <a href="http://cicloacaorecife.blogspot.com.br/2014/04/holanda-estrutura-educacao-fiscalizacao.html" target="_blank">um trânsito onde o motorista tem muita responsabilidade</a>, pouco espaço, e muito controle (lê-se fiscalização, ou o que muitos chamam de indústria de multas, o que é uma grande piada). Encher o brasileiro de carros sem uma gestão decente de trânsito é o que temos de realidade hoje: mortes, engarrafamento, perda de tempo e de saúde. Difícil imaginar com o dobro de automóveis nas ruas!<br />
<br />
Normalmente as pessoas de renda familiar média ou baixa por aqui gastam pelo menos 20% do seu orçamento mensal para manter um carro na garagem. O custo estimado é de pelo menos R$1100,00 por mês, incluindo tudo que você sempre esquece quando abastece o tanque. Este consumidor, que investe tanto da sua renda num automóvel, não vai abrir mão de utilizá-lo em terra onde o seu uso é estimulado, exageradamente associado a status, e onde o espaço é muito. Se não é o bastante, é porque a implantação de rodovias nunca vai ter dinheiro e espaço suficiente para acompanhar o aumento da frota. Não adianta buscar exemplos fora da curva de pessoas com carro e que pedalam ao trabalho, eles existem principalmente na classe média alta, mas o cenário do país está aí: no Recife, volta às aulas, 250 mil carros a mais circulam diariamente nas ruas, independente de custo, tempo, estresse, ou qualquer outro fator. E as garagens dos prédios lotadas de bicicletas, mal cabendo nas garagens e bicicletários. Sem praticamente nenhuma estrutura cicloviária nem políticas urbanas de desestímulo ao automóvel, ninguém (ou quase ninguém) que gaste mais de mil reais por mês num automóvel vai se enveredar no uso da bicicleta. A cereja do bolo é imaginar se a FIAT sabe disso, se não está nem aí e quer simplesmente atrair de volta o ciclista para dentro do automóvel a qualquer custo.<br />
<br />
Apesar de o cenário ainda ser bastante favorável ao automóvel, parecemos estar num ponto de mudança de direção, não só em terras tupiniquins, mas em países que resistiram por anos às vantagens da bicicleta. A FIAT está certa em se preocupar. Em casa, <a href="http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2013/09/13/venda-de-bicicletas-supera-a-de-carros-na-italia.htm" target="_blank">na Itália, se vendeu mais bicicletas que carros em 2012</a>, depois de 48 anos. O movimento não tem volta e a realidade, a qualidade e quantidade de informações estão a favor da bicicleta, as pessoas só precisam se acostumar com a ideia. O avanço é inevitável, e o ciclista que enfrenta o trânsito selvagem de cidades mal preparadas está mais para um vanguardista do que um outsider, seja o classe média que se jogou na rua de saco cheio do trânsito, ou o porteiro que muito antes dos ciclistas de classe média sempre foi de bicicleta ao trabalho pra economizar a passagem do ônibus, sempre invisível para o resto do trânsito. O ciclista não quer ser herói nem ser chamado de senhor certinho ou paladino da justiça, mas deseja segurança e conforto pra chegar no seu destino, e está se acostumando a lutar por isso. Não tem canto da sereia que mude esse cenário!<br />
<br />
Mais sobre as estratégias da indústria automobilística? <a href="http://cicloacaorecife.blogspot.com.br/2014/08/o-conto-de-fadas-da-intermodalidade-com.html" target="_blank">Aqui</a>.<br />
<br />
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-24804815313093414712015-02-03T16:15:00.001-08:002017-01-31T06:59:31.181-08:00Como a indústria automobilística criminalizou os pedestres que atravessam fora da faixa<div style="text-align: justify;">
</div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-DCy2tptxl-w/VNFj_tqFtGI/AAAAAAAAEDM/kG2Uszt9fxk/s1600/457958356.0.0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://3.bp.blogspot.com/-DCy2tptxl-w/VNFj_tqFtGI/AAAAAAAAEDM/kG2Uszt9fxk/s1600/457958356.0.0.jpg" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Há 100 anos, se você fosse um pedestre, atravessar a rua era simples: bastava cruzá-la em qualquer ponto.<br />
<br />
Hoje, se há tráfego na área e você pretende seguir a lei, é necessário encontrar uma faixa de pedestres. E se há um semáforo, você precisa esperar ele fechar para os automóveis.<br />
<br />
Deixe de fazê-lo, e você estará cometendo uma infração de trânsito. Em algumas cidades – Los Angeles, por exemplo – dezenas de milhares de <a href="http://la.curbed.com/archives/2013/12/the_lapds_250_jaywalking_tickets_are_total_bullshit.php" target="_blank">multas</a> são aplicadas a pedestres que atravessam fora da faixa.<br />
<br />
Para a maioria das pessoas, isso parece parte da natureza básica das ruas. Mas na verdade é o resultado de uma agressiva campanha liderada pela indústria automobilística que redefiniram os donos das ruas das cidades nos anos 1920.<br />
<br />
“Nos primeiros dias do automóvel, era trabalho dos motoristas evitar os pedestres, e não o contrário”, diz Peter Norton, historiador da Universidade de Virginia e autor de <a href="http://www.amazon.com/Fighting-Traffic-American-Inside-Technology/dp/0262516128" target="_blank">Fighting Traffic: The Dawn of the Motor Age in the American City</a>. “Mas sob o novo modelo, as ruas se tornaram um lugar para carros – e como um pedestre, a culpa é sua caso seja atropelado.”<br />
<br />
Uma das chaves para essa mudança foi a criação do crime de “jaywalking” (atravessar a rua fora da faixa). Aqui está uma história de como isso aconteceu.</div>
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<br />
<b><span style="font-size: large;">Quando ruas da cidade eram um espaço público</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;"><span style="font-size: small;"></span><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-dAo9dAJ-BRk/VNFkBKlbyAI/AAAAAAAAEDg/UG6yhNh2LxA/s1600/82104296.0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-dAo9dAJ-BRk/VNFkBKlbyAI/AAAAAAAAEDg/UG6yhNh2LxA/s1600/82104296.0.jpg" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
É difícil de imaginar, mas antes da década de 1920, as ruas das cidades eram muito diferentes do que são hoje. Elas eram consideradas espaços públicos: um lugar para os pedestres, vendedores de carrocinha, veículos puxados por cavalos, bondes e crianças a brincar.<br />
<br />
“Os pedestres andavam nas ruas em qualquer lugar que quisessem, quando quisessem, geralmente sem olhar”, diz Norton. Durante a década de 1910, havia poucas faixas de pedestres pintadas na rua, e elas geralmente eram ignoradas.<br />
<br />
Quando os carros começaram a se espalhar amplamente durante os anos 1920, a consequência disso era previsível: a morte. Durante as primeiras décadas do século, o número de pessoas mortas por carros dispararam.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-wturWDYmlQw/VNFj-zHyOXI/AAAAAAAAEDE/qc8Vhnis4t8/s1600/1-growhtinfatalities_zps6758d34d.0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" src="https://3.bp.blogspot.com/-wturWDYmlQw/VNFj-zHyOXI/AAAAAAAAEDE/qc8Vhnis4t8/s1600/1-growhtinfatalities_zps6758d34d.0.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Os mortos eram principalmente pedestres – não motoristas – <a href="https://books.google.com.br/books?id=_-3NAAAAMAAJ&pg=PA85&lpg=PA85&dq=%E2%80%9CWhat+Shall+Be+the+Cure+for+Automobile+Speed+Mania%3F%E2%80%9D&source=bl&ots=rri4b633M3&sig=-Bp6tXcM-ysIRDOFLuB8khgbEz8&hl=en&sa=X&ei=3OS2VO-hKIG9ggS-6oOgDA&redir_esc=y#v=onepage&q=%E2%80%9CWhat%20Shall%20Be%20the%20Cure%20for%20Automobile%20Speed%20Mania%3F%E2%80%9D&f=false" target="_blank">e majoritariamente idosos e crianças</a>, que antes tinham as ruas livres para passear e brincar.<br />
<br />
A resposta do público a essas mortes foi, é claro, negativa. Veículos eram muitas vezes vistos como brinquedos, semelhante à maneira como pensamos em iates hoje (muitas vezes eles foram chamados de “<a href="http://www.scientificamerican.com/article/which-pleasure-car-fits-the-buyers/" target="_blank">carros de prazer</a>”). E nas ruas, eles foram considerados intrusos violentos.<br />
<br />
Cidades ergueram monumentos para as crianças mortas em acidentes de trânsito e jornais cobriram as mortes no trânsito em detalhes, geralmente culpando os motoristas. Cartunistas demonizavam os carros, muitas vezes associando-os com “a morte”.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-JL6_4ydmZpM/VNFj_7afCJI/AAAAAAAAEDQ/fr0qdQmDGhQ/s1600/518a6cedb3fc4bb6e600001c_the-moscow-affair_grim_reaper-1000x493.0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://3.bp.blogspot.com/-JL6_4ydmZpM/VNFj_7afCJI/AAAAAAAAEDQ/fr0qdQmDGhQ/s1600/518a6cedb3fc4bb6e600001c_the-moscow-affair_grim_reaper-1000x493.0.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Antes das leis formais de tráfego serem colocadas em prática, os juízes normalmente decidiam que em qualquer colisão, o veículo maior – ou seja, o carro – era o culpado. Motoristas foram acusados de homicídio culposo, independentemente das circunstâncias do acidente.<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Como os carros tomaram as ruas</b></span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-amuzVEUDvGM/VNFj_teDdVI/AAAAAAAAEDU/4jUnnkRztws/s1600/2695814.0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="287" src="https://4.bp.blogspot.com/-amuzVEUDvGM/VNFj_teDdVI/AAAAAAAAEDU/4jUnnkRztws/s1600/2695814.0.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Com o elevado número de mortes, ativistas anticarro se mobilizaram para diminuir a velocidade dos automóveis. Em 1920, a <a href="https://books.google.com/books?id=_-3NAAAAMAAJ&pg=PA85&lpg=PA85&dq=%E2%80%9CWhat+Shall+Be+the+Cure+for+Automobile+Speed+Mania?%E2%80%9D&source=bl&ots=rri4b633M3&sig=-Bp6tXcM-ysIRDOFLuB8khgbEz8&hl=en&sa=X&ei=3OS2VO-hKIG9ggS-6oOgDA&ved=0CCAQ6AEwAA#v=onepage&q=%E2%80%9CWhat%20Shall%20Be%20the%20Cure%20for%20Automobile%20Speed%20Mania%3F%E2%80%9D&f=false" target="_blank">Illustrated World</a> publicou: “todos os carros deveriam ser equipados com um dispositivo que limitaria a velocidade de acordo com as regras da cidade onde o proprietário vive.”<br />
<br />
A virada veio em 1923, diz Norton, quando 42.000 residentes de Cincinnati assinaram uma petição que exigia que todos os carros tivessem um dispositivo que limitasse-os a 25 quilômetros por hora. As concessionárias locais ficaram aterrorizadas e entraram em ação enviando cartas para cada proprietário de carro na cidade para que votassem contra a medida.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-hgHr4HvQLNg/VNFkB60xKFI/AAAAAAAAEDs/VsVzC30zKwI/s1600/Screen_Shot_2015-01-14_at_5.20.03_PM.0.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://1.bp.blogspot.com/-hgHr4HvQLNg/VNFkB60xKFI/AAAAAAAAEDs/VsVzC30zKwI/s1600/Screen_Shot_2015-01-14_at_5.20.03_PM.0.png" width="400" /></a></div>
<br />
A medida falhou. Alertando grupos automobilísticos por todo o país para o risco de diminuição do potencial de vendas de automóveis.<br />
<br />
Em resposta, as montadoras, distribuidores e grupos de entusiastas trabalharam para redefinir legalmente a rua – para que os pedestres, em vez dos carros, tivessem a circulação restringida.<br />
<br />
A ideia de que os pedestres não deveriam ser autorizados a caminhar por onde quisessem já havia sido pensada em 1912, <a href="http://esnpc.blogspot.com/2014/11/jaywalkers-and-jayhawkers-pedestrian.html" target="_blank">quando a cidade de Kansas publicou a primeira portaria</a> obrigando-os a atravessar ruas na faixa de pedestres. Mas, foi em meados dos anos vinte, que a indústria automobilística assumiu a campanha com vigor, conseguindo a aprovação das mesmas leis por outras cidades do país.<br />
<br />
As montadoras assumiram o controle de uma série de reuniões convocadas por Herbert Hoover (então secretário de Comércio) para criar uma lei de trânsito modelo que poderia ser usada por várias cidades do país. Devido à sua influência, o produto dessas reuniões – <a href="http://catalog.hathitrust.org/Record/000968627" target="_blank">Modelo municipal de trânsito de 1928</a> – foi amplamente baseado nas leis de trânsito de Los Angeles, que havia decretado rígidos controles para pedestres em 1925.<br />
<br />
“O mais importante sobre este modelo, foi dizer que os pedestres cruzariam apenas em faixas de pedestres, e apenas em ângulos retos”, diz Norton. “Essencialmente, esta é a lei de trânsito que ainda estamos vivendo hoje.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>A vergonha do “Jaywalking” (atravessar a rua em qualquer lugar)</b></span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-wluh1FOv8SE/VNFkCxZ4twI/AAAAAAAAED8/orq2O1HCOKA/s1600/jaywalking-double.0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://1.bp.blogspot.com/-wluh1FOv8SE/VNFkCxZ4twI/AAAAAAAAED8/orq2O1HCOKA/s1600/jaywalking-double.0.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Mesmo após a aprovação dessas leis, os grupos da indústria do automóvel ainda enfrentavam um problema: na cidade de Kansas e em outros lugares, ninguém estava seguindo as regras. As leis raramente eram aplicadas pela polícia ou juízes. Para resolver esta questão, a indústria assumiu várias estratégias.<br />
<br />
Uma delas foi a tentativa de moldar a cobertura de notícias de acidentes de carro. A Câmara Nacional de Comércio de Automóvel, um grupo da indústria, criou uma agência de notícias livre para os jornais: repórteres poderiam enviar os detalhes básicos de um acidente de trânsito, e obteriam em troca um artigo completo para imprimir no dia seguinte. Estes artigos, impressos amplamente, colocavam a culpa pelos acidentes nos pedestres – sinalizando que seguir as novas leis era importante.<br />
<br />
Da mesma forma, a Associação Americana de Automóveis (AAA) começou a patrocinar campanhas de segurança escolar e concursos de cartazes, criados em torno da importância de ficar fora das ruas. Algumas das campanhas também ridicularizavam crianças que não seguiam as regras. Em 1925, por exemplo, centenas de crianças em idade escolar de Detroit assistiram o “julgamento” de uma criança de doze anos de idade, que tinha atravessado a rua sem segurança, e foi condenada a limpar quadros-negros por uma semana.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-fHU6qTBn46U/VNFkCNLsAFI/AAAAAAAAEDw/VrEePsRlHq8/s1600/Screen_Shot_2015-01-15_at_11.31.37_AM.0.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" src="https://1.bp.blogspot.com/-fHU6qTBn46U/VNFkCNLsAFI/AAAAAAAAEDw/VrEePsRlHq8/s1600/Screen_Shot_2015-01-15_at_11.31.37_AM.0.png" width="400" /></a></div>
<br />
“Auto ativistas” pressionaram a polícia a fazer com que os transgressores fossem ridicularizados através de assobios e gritos – e até mesmo levando as mulheres de volta para a calçada – em vez de calmamente repreender ou multar. Eles realizaram campanhas de segurança no qual atores vestidos com trajes do século 19, ou como palhaços, foram contratados para atravessar a rua de forma ilegal, o que significa que a prática estava ultrapassado e era tola. Em uma campanha realizada em 1924 em Nova Iorque, um palhaço marchou na frente de um Modelo T que o atingia repetidamente.<br />
<br />
Esta estratégia também explica o nome que foi dado para o ato de cruzar ilegalmente a rua a pé: “jaywalking”. Naquela época, <a href="http://esnpc.blogspot.com/2014/11/jaywalkers-and-jayhawkers-pedestrian.html" target="_blank">a palavra “jay” significava</a> algo como “caipira” – uma pessoa que não sabia como se comportar em uma cidade. Assim, os grupos pró-auto promoveram o uso da palavra “jay walker” como alguém que não sabia como andar em uma cidade, ameaçando a segurança pública.<br />
<br />
“A campanha foi extremamente bem sucedida”, diz Norton. “Ela mudou totalmente a mensagem sobre para que as ruas servem.”<br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.vox.com/2015/1/15/7551873/jaywalking-history" target="_blank">Vox</a></div>
<div style="text-align: justify;">
Traduzido por: <a href="http://blogs.gazetaonline.com.br/ociclistacapixaba/como-a-induustria-automobilistica-inventou-o-crime-de-atravessar-a-rua-em-qualquer-lugar/" target="_blank">O Ciclista Capixaba</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-7580737150350807472014-12-08T19:10:00.001-08:002014-12-08T19:52:25.483-08:00Relato da Participação da Bicicletada de Maceió na Bicicletada de Recife <div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">por Alisson Tenório - 08/12/2014</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste <span class="pba_ort_error">post</span> tentarei relatar a experiência do dia 28 de novembro, aonde eu e mais dois integrantes da <span class="pba_ort_error">Bicicletada</span> de Maceió tivemos o prazer de participar e trocar<span class="pba_gram_error"> experiências</span> na <span class="pba_ort_error">Bicicletada</span> de Recife.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Meu
passeio começou no caminho de encontro a Bicicletada. Este percurso foi marcado por uma forte chuva na travessia de toda a Avenida Caxangá
até o ponto de encontro na Praça do Derby, uma região mais central de Recife. A Avenida Caxangá possui um porte similar ao da Avenida Fernandes Lima em Maceió, porém possui uma faixa exclusiva para <span class="pba_ort_error">BRT -</span> sem essa de entrar táxi ou outro veículo. O sistema ainda não é integrado, por isso nas outras faixas ainda circulam ônibus de linha comum. Como a Avenida Caxangá não possui ciclovia ou <span class="pba_ort_error">ciclofaixa</span> utilizei a faixa do <span class="pba_ort_error">BRT</span> para trafegar, porém como o <span class="pba_ort_error">BRT</span> é muito silencioso, não conseguia escutá-lo com facilidade se aproximando, o que era muito perigoso. Achei menos arriscado pedalar junto com os outros veículos, foi uma luta contra outros carros e ônibus fechando ou não dando espaço, nada de muito diferente de Maceió que não estivesse já acostumado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-tir_jMIasxE/VIZqdA9zMqI/AAAAAAAAECo/SlDYXVZ6DJE/s1600/bici3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-tir_jMIasxE/VIZqdA9zMqI/AAAAAAAAECo/SlDYXVZ6DJE/s1600/bici3.jpg" height="225" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ponto de encontro, Praça do Derby</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Cheguei
ao ponto de encontro mais ou menos 40 minutos depois do horário inicial de
concentração, a chuva deu uma trégua nessa hora. Na praça também me encontrei com os
outros dois integrantes da <span class="pba_ort_error">Bicicletada</span> de Maceió que também viajaram para Recife: Moacir Pedrosa e Bruno de Lucas. Ficamos conversando e trocando ideias com outros integrantes da <span class="pba_ort_error">Bicicletada</span> de Recife até o momento da partida aonde, mesmo com <span class="pba_gram_error">a</span> chuva ameaçando voltar, cerca de 30 pessoas participaram do passeio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Algo que chamou muito a minha atenção foram os "gritos de guerra" da <span class="pba_ort_error">Bicicletada</span> de Recife, algo que não acontece em Maceió. Gritos como "mais amor, menos motor", "mais adrenalina, menos gasolina" animavam a noite e ajudavam a criar um clima crítico tanto para os integrantes da <span class="pba_ort_error">Bicicletada</span> quanto para as pessoas na rua que viam o movimento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-tMbMZJ7ufQc/VIZh2E9FabI/AAAAAAAAECQ/F_mUt9bEZSc/s1600/bicic1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-tMbMZJ7ufQc/VIZh2E9FabI/AAAAAAAAECQ/F_mUt9bEZSc/s1600/bicic1.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em uma parte do passeio, logo após um integrante de skate se juntar a nós, os integrantes decidiram pedalar por uma ponte com um fluxo muito forte. Eles logo explicaram que a ponte foi feita apenas para beneficiar um shopping e que ela foi construída <span class="pba_gram_error">em</span>
área de mangue, o que era proibido. Além disso a via foi construída sem
ciclovias, mesmo sendo necessária considerando o fluxo da <span class="pba_gram_error">mesma</span>. Outro detalhe foi que para amenizar o impacto negativo da via, a prefeitura junto com o shopping <span class="pba_ort_error">construíram</span> uma espécie de <span class="pba_gram_error">praça</span> na metade do caminho, mesmo sendo inviável o uso da praça, pois era muito difícil se deslocar para lá. Nesse momento <span class="pba_gram_error">os integrantes protestar</span>am ironicamente tirando uma foto dizendo que estavam aproveitando a praça.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/--gCx_Wi9boc/VIZiPdWNH6I/AAAAAAAAECY/cvc1B0H2uDA/s1600/bicic2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/--gCx_Wi9boc/VIZiPdWNH6I/AAAAAAAAECY/cvc1B0H2uDA/s1600/bicic2.jpg" height="300" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Daniel Valença, Moacir e eu</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O passeio <span class="pba_ort_error">continuou</span> em direção a orla de Boa Viagem para uma merecida parada para se hidratar com uma água de coco. Aproveitamos para trocar <span class="pba_gram_error">experiência</span> com o pessoal do <span class="pba_ort_error">Bike</span> Anjo Recife, que foram muito solícitos conosco durante todo o fim de semana. Continuamos e passamos pelo emblemático Cais <span class="pba_ort_error">Estelita</span>, famoso pelos acontecimentos do movimento Ocupe <span class="pba_ort_error">Estelita</span>, também tivemos o prazer de margear um rio com vista do Recife Antigo. A essa altura grande parte do grupo já havia dispersado para suas casas ou para algum <span class="pba_ort_error">happy</span> <span class="pba_ort_error">hour</span>. Bruno voltou para Boa Viagem para sua hospedagem e eu e Moacir seguimos para o <span class="pba_gram_error">Derby</span> para as nossas. Daniel Valença, coordenador geral da <span class="pba_ort_error">AMEciclo,</span> auxiliou nos guiando até a praça do Derby e <span class="pba_gram_error">pudemos</span> trocar mais experiências no caminho. Por fim fiz integração de modal no <span class="pba_ort_error">BRT</span> com minha bicicleta dobrável e voltei para casa.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr align="center"><td><a href="http://1.bp.blogspot.com/-djDpgFVojf8/VIZqlL557OI/AAAAAAAAECw/BfSjWZSLIps/s1600/bici4.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-djDpgFVojf8/VIZqlL557OI/AAAAAAAAECw/BfSjWZSLIps/s1600/bici4.jpeg" height="400" width="225" /></a></td></tr>
<tr align="center"><td class="tr-caption">Voltando com a dobrável no BRT</td><td class="tr-caption"><br /></td><td class="tr-caption"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Acredito que esta tenha sido uma experiência muito rica e só tenho a agradecer toda a galera de Recife que deram seus relatos, sua ajuda e força de luta. Certamente surpreendente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-43668372624892945462014-11-28T11:54:00.001-08:002014-12-07T12:43:40.749-08:00Audiência Pública sobre a LOA 2015<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-PcrmgKGX_iw/VINVXOu-shI/AAAAAAAAEAw/6EvafmZ2DAg/s1600/SAM_1570.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-PcrmgKGX_iw/VINVXOu-shI/AAAAAAAAEAw/6EvafmZ2DAg/s1600/SAM_1570.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
Aconteceu, na manhã de hoje (28), na Câmara Municipal de Maceió, uma Audiência Pública para tratar da Lei Orçamentária Anual – LOA 2015, no que se refere à Mobilidade Urbana. A audiência foi proposta pela vereadora Heloísa Helena (PSOL), com o intuito de ouvir as sugestões da população para emendas à LOA 2015. Além dela, dentre os 21 vereadores, apenas o presidente da Câmara, vereador Chico Filho (PP), esteve presente à sessão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-T3ZeMA56KoQ/VINVY7o1L_I/AAAAAAAAEA4/l_kjiUB70KE/s1600/SAM_1575.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-T3ZeMA56KoQ/VINVY7o1L_I/AAAAAAAAEA4/l_kjiUB70KE/s1600/SAM_1575.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Para representar o Poder Executivo Municipal, foram convidados os secretários de planejamento (Sempla), de infraestrutura (Seminfra) e de transporte e trânsito (SMTT). Apenas o secretário de planejamento, Sr. Manoel Messias Costa, compareceu. Os secretários de infraestrutura e de transporte e trânsito foram representados por Abelardo Melo e Roberto Barreiros, respectivamente.<br />
<br />
A audiência estava marcada para iniciar às 9 h, mas só começou às 10h15. Depois de uma longa e enfadonha fala da mesa, por volta das 11h30, foi facultada a palavra para a manifestação da população.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/PfXHVjO_yqw" width="459"></iframe>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Daniel Moura, participante da Bicicletada de Maceió, foi o primeiro a falar. Daniel contestou a fala do secretário de planejamento, que disse que “Maceió precisa voltar a realizar planejamento, pois o último plano de transporte realizado na cidade data de 1982”. Segundo Daniel, “em todas as ações e <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2011/04/os-planos-e-as-obras_20.html" target="_blank">obras</a> pontuais realizadas pela Prefeitura, há planejamento. O que não há é a participação da população no planejamento, que é feito dentro dos gabinetes”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Daniel listou diversos assuntos que carecem de debate com a população (quem paga por tudo que é realizado na cidade) e que, segundo ele, são discutidos dentro dos gabinetes, para beneficiar as empresas que financiam as campanhas eleitorais e/ou que mantêm estreitos laços com os grupos políticos que estão no poder. Dentre os assuntos listados por Daniel, estão:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1) Necessidade de regularização de passeios e calçadas</div>
<div style="text-align: justify;">
2) Debate sobre a Tarifa Zero</div>
<div style="text-align: justify;">
3) Pesquisa origem / destino (Maceió / Satuba / Rio Largo)</div>
<div style="text-align: justify;">
4) Licitação do transporte coletivo</div>
<div style="text-align: justify;">
5) Plano de Mobilidade Urbana</div>
<div style="text-align: justify;">
6) Obras previstas para Maceió</div>
<div style="text-align: justify;">
7) Urbanização do Vale do Reginaldo</div>
<div style="text-align: justify;">
8) Expansão horizontal da cidade</div>
<div style="text-align: justify;">
10) Condições de circulação das bicicletas em Maceió</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de expostos esses dez pontos, Daniel apresentou o cálculo que fizemos para a audiência pública onde o Poder Executivo Municipal pretendia discutir a LOA 2015, em <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/08/11-km-de-ciclovias-em-4-anos.html" target="_blank">05/08/2014</a>. Nós mostramos, nesses cálculos, que a Prefeitura precisa de cerca de R$ 100 milhões para que Maceió alcance o patamar de cidades europeias que já são conhecidas por terem uma boa infraestrutura para a utilização da bicicleta como meio de transporte, como Amsterdã, Berlim ou Copenhague, por exemplo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-TM660Zf_t2k/VINVvsGlVvI/AAAAAAAAEBc/yFjZo-824pk/s1600/slide_SP_MAC.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-TM660Zf_t2k/VINVvsGlVvI/AAAAAAAAEBc/yFjZo-824pk/s1600/slide_SP_MAC.jpg" height="298" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Clique <a href="https://dl.dropboxusercontent.com/u/105321999/20141128_C%C3%A2mara_LOA2015.pdf" target="_blank">aqui</a> para baixar a apresentação completa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pela meta que a atual gestão municipal de São Paulo estabeleceu, de construir 400 km de ciclovias até o final da gestão do atual prefeito, caso as próximas gestões acompanhem esse ritmo, São Paulo alcançaria o patamar de cidades europeias entre os anos de 2023 e 2036. Contudo, pelos míseros R$ 2 milhões que a Prefeitura de Maceió destinou à construção de ciclovias, caso as futuras gestões mantenham esse ritmo, a cidade só alcançaria o patamar de cidades europeias entre os anos de 2076 e 2184.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-vQLh4vrvTz0/VINWTHcre0I/AAAAAAAAEBo/YdjFgvsgbfg/s1600/slide_PPA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-vQLh4vrvTz0/VINWTHcre0I/AAAAAAAAEBo/YdjFgvsgbfg/s1600/slide_PPA.jpg" height="298" width="400" /></a><a href="http://3.bp.blogspot.com/-uxkQ7vxC7Ao/VINVtqCIywI/AAAAAAAAEBU/S8MX0D0jXW8/s1600/slide_PPA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Clique <a href="https://dl.dropboxusercontent.com/u/105321999/20141128_C%C3%A2mara_LOA2015.pdf" target="_blank">aqui</a> para baixar a apresentação completa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Daniel mostrou que há duas grandes obras destinadas a favorecer empresas financiadoras de campanhas eleitorais e/ou que têm estreitos laços com os grupos políticos que se mantêm no poder. São elas:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>1) Urbanização de Cruz das Almas e Jacarecica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por já encontrar certa saturação dos terrenos disponíveis nos bairros de Ponta Verde e Jatiúca, o setor do mercado imobiliário que busca incorporar terrenos para construir edifícios residenciais de apartamentos de luxo vê os bairros de Cruz das Almas e Jacarecica como um vetor de expansão dos seus negócios. Para honrar os compromissos de campanha, a Prefeitura de Maceió pretende urbanizar a orla marítima desses bairros, ou seja, preparar o terreno, para que os edifícios possam ser construídos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-qV0l6Dkagxw/VINlsQ2EnjI/AAAAAAAAEB8/GOf9byIRjCw/s1600/cruz_das_almas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-qV0l6Dkagxw/VINlsQ2EnjI/AAAAAAAAEB8/GOf9byIRjCw/s1600/cruz_das_almas.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
A obra já iniciou e, segundo a placa fixada no local, foram destinados R$ 28 milhões, provenientes do Ministério do Turismo. Ao todo, segundo o PPA 2014-2017, serão gastos R$ 68 milhões de recursos públicos para benefício privado das construtoras, incorporadoras e imobiliárias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>2) Construção de viaduto no bairro do Bom Parto</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já se tem conhecimento, no meio científico (e mesmo empírico), que viadutos não melhoram a Mobilidade Urbana, pelo contrário, pioram. Como a frota de automóveis aumenta num <a href="http://1.bp.blogspot.com/-18mD9UNfgM4/UqTo53QhXvI/AAAAAAAADZg/Miq1pRmLo8s/s1600/FROTA2000-2010-.jpg" target="_blank">ritmo maior </a>que o da população, torna-se impossível dar “fluidez” ao trânsito (de carros) apenas com uma rotatória, com sinalização vertical ou com semáforo. Logo, a solução apresentada pelas empreiteiras financiadoras de campanha é a da construção de uma obra rodoviária dentro da cidade: o viaduto.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-YKBYKeNAtaI/VINlr0kCiII/AAAAAAAAEB4/huHWItMQVdk/s1600/viaduto.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-YKBYKeNAtaI/VINlr0kCiII/AAAAAAAAEB4/huHWItMQVdk/s1600/viaduto.jpg" height="272" width="400" /></a> </div>
<br />
O que o viaduto faz é nada mais do que transferir o congestionamento de um ponto para outro mais adiante. Com o passar dos anos e o contínuo aumento da frota de automóveis, o engarrafamento estará no próprio viaduto, como pode-se ver na imagem abaixo, que mostra viadutos construídos há pouco mais ou pouco menos de uma década em Maceió e que já apresentam saturação em horários de pico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-XS-ReRvmUtg/VINVayByMjI/AAAAAAAAEBA/mhhXkGecdVs/s1600/VIADUTOS2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-XS-ReRvmUtg/VINVayByMjI/AAAAAAAAEBA/mhhXkGecdVs/s1600/VIADUTOS2.jpg" height="303" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Contudo, o senso comum ainda acredita que viadutos são a solução para a mobilidade e aplaudem o gestor que os constrói. Com isso, a gestão municipal consegue aprovação popular e, <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/04/como-politica-mata-ciclistas.html" target="_blank">ao mesmo tempo</a>, honra com os compromissos feitos, no período eleitoral, com as empresas que financiam a campanha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com os recursos que serão aplicados nessas duas obras (cerca de R$ 100 milhões), seria possível transformar Maceió numa cidade satisfatória ao uso da bicicleta em apenas quatro anos (2014-2017). Contudo, a opção política que a atual gestão municipal fez foi de repetir o <i>modus operandi</i> das gestões anteriores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O secretário de planejamento, Manoel Messias, disse que “não é verdade que o poder público atual está fazendo um planejamento focado em atender o mercado imobiliário”. Messias também se ateve em explicar que os recursos próprios do município de Maceió são insuficientes para a realização de qualquer intervenção na cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-1MPUx4lwg78/VINVVemTshI/AAAAAAAAEAo/SgaIuP0ExL8/s1600/PPA2010-2013.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-1MPUx4lwg78/VINVVemTshI/AAAAAAAAEAo/SgaIuP0ExL8/s1600/PPA2010-2013.jpg" height="237" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Imagem extraída do <a href="http://www.sempla.maceio.al.gov.br/sempla/dpo/ppa/2010_2013/Receita.pdf" target="_blank">PPA 2010-2013</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sabemos disso. O que o orçamento faz não é a previsão da RECEITA, mas das DESPESAS. O município aponta quanto e onde vai gastar aquilo que ele PREVÊ arrecadar. E o questionamento que Daniel fez foi justamente esse: se o município prevê R$ 27 milhões para serem gastos num viaduto e R$ 68 milhões para serem gastos na urbanização de Cruz das Almas/Jacarecica, ele poderia usar esse dinheiro (quase R$ 100 milhões) para construir ciclovias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Prefeitura PODERIA ter buscado recursos no Governo Federal para construir ciclovias, mas essa não é a prioridade dessa gestão, como não foi das gestões anteriores. A Prefeitura poderia ter solicitado ao Governo Federal R$ 100 milhões para construir ciclovias, não ter solicitado nada para o viaduto e nada para a urbanização de Cruz das Almas/Jacarecica. Mas não fez. Fez justamente o oposto. E é isso que mostra a serviço de quem a Prefeitura está. Quem vai se beneficiar com a urbanização de Cruz das Almas e Jacarecica? Quem vai se beneficiar com a construção do viaduto no Bom Parto? Quem iria se beneficiar com a construção de ciclovias em toda a cidade?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Daniel concluiu dizendo estar cansado de participar de audiências públicas que sempre são concluídas sem uma proposta de encaminhamento concreta.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/i5MxGuso6hE" width="459"></iframe>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Também expuseram suas sugestões e indignações: Gildo Santana (grupo Ciclistas Corredores), Renan Silva (Instituto para o Desenvolvimento de Alagoas), Antônio Facchinetti (Associação Alagoana de Ciclismo), Ana Rísia Camêlo (estudante da Ufal) e Eliane Silva (Movimento Nacional de Luta pela Moradia). Dentre os temas debatidos, Renan trouxe dados dos custos dos acidentes de trânsito na cidade de Maceió que, segundo ele, chegam a R$ 40 milhões por ano. Ainda segundo Renan, “se incluirmos as quedas em calçadas, devido às suas péssimas condições, essa cifra chega a R$ 61 milhões por ano”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também foi falado sobre os benefícios que a Faixa Azul (faixa seletiva para ônibus) trouxe para a Avenida Fernandes Lima. Para se ter uma ideia, a Prefeitura de Maceió gastou apenas R$ 400 mil e teve um impacto extremamente positivo com esse corredor para ônibus, que poderia ser expandido para outras regiões da cidade. Apesar do impacto positivo que a Faixa Azul trouxe para os usuários de ônibus, os usuários de bicicleta foram ignorados, correndo risco de morte todos os dias, ao terem que compartilhar a faixa com os ônibus, sem que a Prefeitura apresente uma solução segura para o uso da bicicleta, como <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/7-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">prometeu</a> em novembro de 2013.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/TlBKa-GofEw" width="459"></iframe>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Os representantes da Seminfra e da SMTT também deram “satisfações” vagas aos temas apresentados e, por volta das 13h30, a audiência foi encerrada sem qualquer encaminhamento, promessa ou meta estabelecida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vereadora Heloísa Helena disse que colocará R$ 10 milhões de reais em emendas para a construção de ciclovias e cobrou do Poder Executivo Municipal alguma solução enquanto não é construído o VLT da Avenida Fernandes Lima. Segundo ela, os usuários de bicicleta não podem esperar até que o VLT seja construído, pois eles estão se acidentando e morrendo e "não há nada mais importante que a vida humana".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
_______________________________________________</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: yellow;"><b>Atualização em 05/12/2014:</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-xKUG6oq9TwQ/VINVeGAdoyI/AAAAAAAAEBI/WOUpnfBo0cU/s1600/cada_minuto_press.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-xKUG6oq9TwQ/VINVeGAdoyI/AAAAAAAAEBI/WOUpnfBo0cU/s1600/cada_minuto_press.jpg" height="226" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Clique <a href="http://issuu.com/cmpress1/docs/cada_minuto_press_edi____o_65" target="_blank">aqui</a> para ler a edição completa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Foi publicado, no jornal Cada Minuto Press de hoje, além de um resumo do que foi debatido na audiência (páginas 11 e 12), uma entrevista com o secretário de planejamento, Manoel Messias (páginas 3 e 4), onde ele expõe as dificuldades para implantação de grandes obras na cidade, como o VLT, que deve custar R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos. Tais dificuldades só reforçam a necessidade de começarmos a agir com pequenas ações que demandam poucos recursos e trazem grandes resultados, como a construção de ciclovias, a implantação de faixas exclusivas para ônibus e a própria reorganização e integração das linhas de ônibus, que atualmente seguem uma lógica irracional para o usuário, funcionando baseadas na lógica do maior lucro das empresas que operam o serviço.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-z7stSdS7XsE/VINVtGTw1lI/AAAAAAAAEBQ/fN0SYdipuas/s1600/extra.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-z7stSdS7XsE/VINVtGTw1lI/AAAAAAAAEBQ/fN0SYdipuas/s1600/extra.jpg" height="400" width="367" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Clique <a href="http://www.extralagoas.com.br/edicaodigital/166/jornal-extra-de-alagoas" target="_blank">aqui</a> para ler a edição completa.</span></div>
<br />
Também foi publicada, no jornal Extra de hoje, matéria do jornalista Odilon Rios que mostra os cortes de gastos que serão feitos pela gestão Rui Palmeira, em razão da redução das transferências do Fundo de Participação dos Municípios – FPM.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
_______________________________________________</div>
<br />
<br />
Veja também:<br />
<br />
- <a href="http://g1.globo.com/al/alagoas/altv-1edicao/videos/t/edicoes/v/camara-municipal-de-maceio-discute-sobre-mobilidade-urbana/3796802/" target="_blank">Câmara Municipal de Maceió discute sobre mobilidade urbana</a><br />
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"> </span><br />
- <a href="http://www.camarademaceio.al.gov.br/index.php/noticias/28/11/2014/mobilidade-e-tema-de-audiencia-publica-na-camara-de-maceio" target="_blank">Mobilidade é tema de audiência pública na Câmara de Maceió</a><br />
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<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0mm;">
- <a href="http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=214780" target="_blank">Audiência sobre mobilidade apresenta propostas para LOA</a></div>
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- <a href="http://issuu.com/cmpress1/docs/cada_minuto_press_edi____o_65" target="_blank">Obras de mobilidade urbana devem iniciar no final de 2015</a><br />
<br />
- <a href="http://issuu.com/cmpress1/docs/cada_minuto_press_edi____o_65" target="_blank">Ciclistas cobram políticas públicas alternativas para a mobilidade urbana</a><br />
<br />
- <a href="http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/quem-financiou-a-campanha-de-rui-palmeira-em-maceio/" target="_blank">Quem financiou a campanha de Rui Palmeira em Maceió</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/08/11-km-de-ciclovias-em-4-anos.html" target="_blank">Apenas 11 km de ciclovias em 4 anos</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/05/o-espraiamento-de-maceio.html" target="_blank">O espraiamento de Maceió</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/debate-na-ufal.html" target="_blank">Ufal debate Mobilidade Urbana</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/04/10-reuniao-no-ministerio-publico.html" target="_blank">10ª reunião no Ministério Público</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/06/ideias-equivocadas.html" target="_blank">Ideias equivocadas</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/10/cidade-das-curtas-viagens.html" target="_blank">A Cidade das Curtas Viagens</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2011/04/os-planos-e-as-obras_20.html" target="_blank">Os Planos e as obras</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
</div>
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-52274996214849046482014-11-04T13:59:00.000-08:002014-11-04T13:59:05.462-08:00Incentivos e subsídios a carros somam quase o dobro do investido em transporte coletivo em 2013<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-DQdCTUUDlS8/VFlLSDguqKI/AAAAAAAAEAY/qJolHkeG1tQ/s1600/2014-763659171-2014102735237.jpg_20141027.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-DQdCTUUDlS8/VFlLSDguqKI/AAAAAAAAEAY/qJolHkeG1tQ/s1600/2014-763659171-2014102735237.jpg_20141027.jpg" height="240" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Aperto. Multidão lota vagão da Linha 2 do metrô, que vai da Pavuna a Botafogo - Agência O Globo / Márcia Foletto</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /><span style="font-size: large;">Em 2013, a redução do IPI para automóveis e o subsídio da gasolina somaram R$ 19,38 bilhões.</span><br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">por Cássia Almeida / Henrique Gomes Batista / Danilo Fariello<br />02/11/2014 6:00 / Atualizado 02/11/2014 10:38</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"></span><br />RIO E BRASÍLIA - O Brasil escolheu o carro. Governo após governo dedica parte de sua arrecadação para beneficiar essa indústria. A crise de 2008 provocou uma nova onda de incentivos. Somente no ano passado, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e o subsídio da gasolina, uma espécie de “bolsa carro”, somaram R$ 19,38 bilhões. O valor é quase o dobro do montante destinado a melhorar o transporte público nas cidades: R$ 10,2 bilhões em 2013. Enquanto isso, a população se espreme em metrôs, trens e ônibus superlotados. Em série de reportagens multimídia que começa a ser publicada hoje, O GLOBO percorre as maiores metrópoles do país para ver como anda a mobilidade urbana para milhões de brasileiros e mostra as consequências da opção por um Brasil motorizado e individualista.<br /><br />São 47 milhões de automóveis e 19 milhões de motos nas vias brasileiras, frota 175% maior que em 1998. Nesse período, a população brasileira cresceu 28,5%. A cada ano, 3,7 milhões de carros novos invadem as ruas do país. Cálculos do economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho mostram que a capacidade de produção da indústria triplicou nos últimos 20 anos. Os incentivos ao carro em 2013 foram maiores que os R$ 14,38 bilhões previstos para obras da Copa do Mundo e são equivalentes a dez meses do Bolsa Família.<br /><br /><b>PARA O GOVERNO, IMPACTO É POSITIVO</b><br /><br />A Copa do Mundo e as Olimpíadas ajudaram a diminuir um pouco esse desequilíbrio. Facilitar o ir e vir das pessoas nos grandes eventos passou a ter prioridade. E as manifestações de junho de 2013 deixaram claro que o transporte público caro e ruim é capaz de mobilizar a população a não só pedir preço de passagem menor como exigir serviços públicos de qualidade. Não era só por R$ 0,20, como diziam as faixas de protesto. O assunto foi um dos pontos centrais no debate eleitoral.<br /><br />— Toda obra de mobilidade urbana que se faz já vai nascer cheia. O esgotamento é tamanho que vai ter demanda sempre — afirma Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral.<br /><br />Desde 2009, os incentivos ao carro somaram R$ 56,4 bilhões — mais de dois anos de Bolsa Família. Neste cálculo estão as reduções do IPI, segundo a Receita Federal. Há também a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo que incide sobre os combustíveis, e a diferença entre o valor da gasolina no país e a cotação mundial, segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura. Enquanto isso, em mobilidade urbana foram investidos R$ 32,6 bilhões no mesmo período, segundo estudo inédito do economista Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional, que falará sobre o tema em seminário na próxima sexta-feira na FGV.<br /><br />E a pressão da indústria automobilística por baixar ainda mais o IPI este ano e pela manutenção em 2015 do benefício, previsto para terminar em 31 de dezembro, começou na semana passada, no lançamento do Salão do Automóvel. As montadoras alegam que estão com os pátios cheios, mas bateram seguidos recordes de vendas de 2003 a 2012.<br /><br />No BNDES, a indústria automotiva também foi privilegiada. De 2008 a 2013, os desembolsos para o setor foram de R$ 32 bilhões, enquanto os projetos de mobilidade urbana levaram R$ 9 bilhões. Segundo o banco, dois fatores explicam isso: obras de tempo maior com o dinheiro liberado aos poucos e dificuldade dos estados de estar em condições de contrair os empréstimos.<br /><br />— Já nos anos 1990 houve a redução na carga tributária para o carro popular com mil cilindradas. A tributação no Brasil é mais baixa que a da Europa e próxima à dos Estados Unidos, o país do automóvel. Também houve aumento de crédito, que era uma das barreiras para a população de classes mais baixas comprar carro — diz Carvalho, do Ipea.<br /><br />O economista não critica o acesso mais fácil ao veículo. A proporção carro por habitante no Brasil ainda é baixa, dois têm carro a cada dez habitantes. Na Alemanha, essa relação é de seis para dez. O problema é a falta de infraestrutura e de transporte coletivo decente para ser uma alternativa ao carro.<br /><br />Técnicos do governo justificam os incentivos ao carro pelo impacto positivo da expansão da indústria na economia, além dos empregos. O setor responde por 25% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) industrial.<br /><br />— Somos dependentes da indústria automobilística há mais de 40 anos. Está na hora de mudar e partir para a indústria de bens coletivos — diz Frischtak.<br /><br />Mas fontes do governo reconhecem que a indústria tenta protelar investimentos. Houve pressão para prorrogar a exigência de airbag e freio ABS em todos os veículos no fim de 2013. As montadoras ameaçaram demitir se a exigência fosse mantida. O governo chegou a considerar o adiamento, mas a presidente Dilma Rousseff não cedeu, o que levou ao fim da fabricação da Kombi e a quase nenhuma demissão naquele momento.<br /><br />Para o Ministério das Cidades, não há contradição: “A política de desoneração do IPI é uma medida econômica que mantém o mercado aquecido e gera empregos, o que pode caminhar junto com as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana”. Segundo o ministério, os recursos federais comprometidos para a área de mobilidade urbana, com Orçamento e BNDES, somam cerca de R$ 30 bilhões por ano desde 2012. Até o início da Copa, segundo o Ministério do Planejamento, dos 35 empreendimentos de mobilidade urbana previstos no orçamento de R$ 7 bilhões, nove foram concluídos (R$ 737,5 milhões) e 11 entraram em operação parcial (R$ 3,5 bilhões). Os demais migraram para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).<br /><br /><b>INVESTIMENTOS NEM SEMPRE SÃO ADEQUADOS</b><br /><br />Dos R$ 50 bilhões do Pacto da Mobilidade Urbana, lançado pelo governo federal em junho de 2013, durante as manifestações, foram selecionados mais de cem projetos, no valor de R$ 44 bilhões. O governo não informa quanto foi gasto até agora.<br /><br />Marcos Bicalho dos Santos, diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), diz que os pacotes do governo prometem R$ 143 bilhões à mobilidade urbana, mas até agora foram investidos algo entre 10% e 15%:<br /><br />— Precisamos de R$ 400 bilhões em dez anos para atender à demanda. O abandono foi grande.<br /><br />E os investimentos nem sempre são os mais adequados. Constroem BRTs, linhas rápidas de ônibus, enquanto a demanda exige trem ou metrô.<br /><br />— Nos últimos anos vimos o movimento dos passageiros em transporte sobre trilhos crescer 10% ao ano, embora a malha cresça apenas 3% ao ano. Isso explica parte da superlotação — explica Joubert Flores, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos e diretor de Engenharia do Metrô Rio, afirmando que os governos precisam investir para ampliar a capacidade, diminuir intervalos e expandir a malha.<br /><br />Enquanto espera mais projetos saírem do papel, Ana Beatriz de Azevedo acorda às 5h para chegar às 8h ao escritório no Centro do Rio. Moradora de Belford Roxo, pega um ônibus para chegar ao metrô da Pavuna, última parada da Linha 2. Veio para o Rio atraída pelo salário. Pela mesma função que exercia em Nilópolis, ganha R$ 600 a mais no Rio.<br /><br />— Agora tenho que acordar às 5h para chegar ao Centro perto de 8h. Antes acordava às 7h.<br /><br />Fonte: <a href="http://oglobo.globo.com/economia/incentivos-subsidios-carros-somam-quase-dobro-do-investido-em-transporte-coletivo-em-2013-14439996" target="_blank">O Globo</a></div>
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Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-74698003794512530162014-09-30T16:44:00.000-07:002014-09-30T18:25:05.516-07:0010ª reunião da perda de tempo<div style="text-align: justify;">
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-rwbKey7ztsw/VCtT73muERI/AAAAAAAAD_4/y2ugm4VMlNM/s1600/10a_reuniao.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-rwbKey7ztsw/VCtT73muERI/AAAAAAAAD_4/y2ugm4VMlNM/s1600/10a_reuniao.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
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Estava marcada para as 13h de hoje (30), no auditório da SMTT, a 10ª reunião do Conselho Municipal de Transporte. Chegamos por volta das 13h20 e apenas o vereador Silvânio Barbosa (representante da Câmara Municipal de Maceió no Conselho) se encontrava no auditório. Ele disse que chegara às 13h e que mais ninguém havia chegado.<br />
<br />
Em seguida, chegaram os conselheiros Luiz Antônio Jardim (CDL), Roberto Barreiros (SMTT) e Jorge Bezerra (SMTT). Por falta de quórum, às 13h45, Roberto Barreiros e Jorge Bezerra iniciaram e encerraram a reunião.<br />
<br />
A Bicicletada não tem cadeira no Conselho. Reivindicamos uma vaga na <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/05/1-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">primeira</a> reunião, realizada em 28/05/2013, mas nos foi negada pelo fato do movimento não ter CNPJ. Mesmo assim, sempre consideramos as reuniões um espaço importante para discussão de temas relevantes que envolvem a Mobilidade Urbana em Maceió.<br />
<br />
Ao final de cada reunião, depois da discussão de uma pauta vazia de conteúdo, pedíamos a palavra e tentávamos levantar a discussão de temas que considerávamos relevantes, como: a <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/05/1-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">Tarifa Zero</a>, as <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/06/2-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">Jornadas de Junho</a>, a <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/01/licitacao-do-transporte-publico-de_30.html" target="_blank">licitação</a> do transporte coletivo de Maceió, a ausência de <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/10/6-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">infraestrutura</a> destinada à bicicleta na cidade, o perigoso <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/04/9-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">compartilhamento</a> da Faixa Azul entre ônibus e bicicletas, dentre outros.<br />
<br />
Contudo, a falta de interesse da SMTT em aprofundar essas discussões e dos demais conselheiros, que já se ausentavam da reunião antes mesmo de ser oficialmente encerrada, assim que iniciávamos as discussões, têm nos desmotivado a participar de tais reuniões, que representam uma verdadeira perda de tempo. Ao que parece, todos os problemas estruturais de Mobilidade Urbana em Maceió já foram resolvidos e não há nada mais importante a se discutir nessas reuniões do que um <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/10/6-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">reajuste na tarifa do táxi</a> ou a implantação de novos <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/04/9-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">terminais de recarga</a> dos cartões utilizados no transporte coletivo, por exemplo.<br />
<br />
A ausência de quórum na reunião de hoje demonstra o descompromisso que os conselheiros (que têm obrigação de comparecer) têm com essas reuniões, diferente de nós, que só não comparecemos a duas das dez reuniões realizadas (mesmo sem termos qualquer obrigação de comparecer).<br />
<br />
Para a reunião de hoje, estava marcada a apresentação da empresa que está implantando o <a href="http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2014/05/09/298999/passageiros-poderao-rastrear-onibus-de-maceio-por-meio-de-sistema-gps" target="_blank">rastreamento por GPS</a> dos ônibus de Maceió. Pretendíamos indagar a SMTT sobre quatro assuntos que consideramos extremamente relevantes para a Mobilidade Urbana em Maceió:<br />
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1) Andamento da pesquisa origem-destino, apresentada na <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/04/9-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">9ª reunião</a>;<br />
2) Andamento do <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/03/estado-e-prefeitura-lancam-plano.html" target="_blank">Plano de Mobilidade</a>, que tem prazo até 03/01/2015 para ser concluído;<br />
3) Andamento da <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/01/licitacao-do-transporte-publico-de_30.html" target="_blank">licitação</a> do transporte coletivo de Maceió;<br />
4) Implantação de ciclofaixa<a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/05/ciclofaixa-na-rua-deputado-jose-lages.html" target="_blank"></a> na rua Dep. José Lages, conforme reunião que tivemos em <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/05/ciclofaixa-na-rua-deputado-jose-lages.html" target="_blank">16/05/2014</a>;<br />
<br />
Também pretendíamos apresentar aos membros do Conselho os resultados do <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/09/4-desafio-intermodal-de-maceio.html" target="_blank">4º Desafio Intermodal de Maceió</a>. Chegamos a indagar o representante da SMTT sobre os quatro pontos listados acima: </div>
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1) Sobre a pesquisa origem-destino, disse estar sendo realizada pelo Governo do Estado e, portanto, não saberia informar;<br />
2) Sobre o Plano de Mobilidade, disse não ser responsabilidade da SMTT, mas da Secretaria Municipal de Planejamento e, portanto, não saberia informar;<br />
3) Sobre a licitação, disse estar aguardando a conclusão da pesquisa-origem destino;<br />
4) Sobre a ciclofaixa na rua Deputado José Lages, disse estar aguardando orçamento para sua realização.<br />
<br />
Diante da falta de seriedade por parte da SMTT e tamanho descompromisso dos conselheiros com as reuniões, Daniel Moura, participante da Bicicletada de Maceió, que vinha acompanhando e relatando o que era discutido nas reuniões, se negou a comparecer às próximas. Caso alguém se habilite a comparecer e relatar o que for debatido nas reuniões, o espaço do blog está aberto. Caso contrário, vamos poupar os leitores do blog de tanta mediocridade e, Daniel Moura, de tanta perda de tempo.<br />
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Leia também:<br />
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- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/05/1-reuniao-do-conselho-municipal-de.html">1ª reunião do Conselho Municipal de Transportes</a> - 28/05/2013<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/06/2-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">2ª reunião do Conselho Municipal de Transportes</a> - 21/06/2013<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/07/3-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">3ª reunião do Conselho Municipal de Transportes</a> - 30/07/2013<br />
<br />
- 4ª reunião do Conselho Municipal de Transportes - 30/08/2013<br />
<br />
- 5ª reunião do Conselho Municipal de Transportes - 26/09/2013<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/10/6-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">6ª reunião do Conselho Municipal de Transportes</a> - 29/10/2013<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/7-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">7ª reunião do Conselho Municipal de Transportes</a> - 29/11/2013</div>
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- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/01/8-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">8ª reunião do Conselho Municipal de Transportes</a> - 24/01/2014</div>
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- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/04/9-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">9ª reunião do Conselho Municipal de Transportes</a> - 25/04/2014</div>
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Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-232327897692877612014-09-26T18:30:00.001-07:002014-09-29T01:36:54.155-07:0076ª Bicicletada de Maceió<div style="text-align: justify;">
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-xt7o6lKEjKg/VCkOgT-m_vI/AAAAAAAAD-o/aUJyLUFfGok/s1600/SAM_0842.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-xt7o6lKEjKg/VCkOgT-m_vI/AAAAAAAAD-o/aUJyLUFfGok/s1600/SAM_0842.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
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A 76ª edição da Bicicletada de Maceió aconteceu em três momentos do dia. Às 6h30 da manhã, nos encontramos em cima da passarela do Cepa e afixamos faixas mostrando os prejuízos que o automóvel traz para a cidade e os benefícios que o transporte coletivo e a bicicleta podem trazer, quando são estimulados pelo poder público.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-sYa4nOgI0yg/VCkOiKEV_rI/AAAAAAAAD-w/23I5vO5zEMY/s1600/SAM_0863.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-sYa4nOgI0yg/VCkOiKEV_rI/AAAAAAAAD-w/23I5vO5zEMY/s1600/SAM_0863.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
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Enquanto expúnhamos as faixas, conversávamos com as pessoas que passavam por cima da passarela, principalmente aqueles que estavam com bicicleta, convidando-os a participar da Bicicletada. Permanecemos ali até as 8h da manhã e então retiramos as faixas.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_fcUDWMclQw/VCkOjuGP72I/AAAAAAAAD-4/b-8j_oY-7sw/s1600/SAM_0886.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-_fcUDWMclQw/VCkOjuGP72I/AAAAAAAAD-4/b-8j_oY-7sw/s1600/SAM_0886.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
Às 16h30, retornamos à passarela para afixar novamente as faixas, para que fossem vistas pelas pessoas que retornavam do trabalho, no sentido centro-periferia. Permanecemos ali até as 18h30, quando seguimos em direção ao viaduto Aprígio Vilela, tradicional ponto de encontro da Bicicletada, onde outra parte do grupo, que não pudera ir mais cedo à passarela, se concentrava.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-IYZMJyxSSFw/VCkOkqf6XLI/AAAAAAAAD_I/deW2bnnf9Sg/s1600/SAM_0920.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-IYZMJyxSSFw/VCkOkqf6XLI/AAAAAAAAD_I/deW2bnnf9Sg/s1600/SAM_0920.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
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Ficamos surpresos com a quantidade de pessoas que nos aguardavam no viaduto. Além das bicicletas, compareceram cinco participantes do grupo <a href="https://www.facebook.com/groups/293736747331559/" target="_blank">Maceió Patins Clube</a>. De lá, seguimos um percurso de cerca de 10 km que foi traçado pela turma do Maceió Patins Clube. <br />
</div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-KXuvA37bahA/VCkOeF3TXLI/AAAAAAAAD-Q/M2RMpMH3MBU/s1600/1233566_636890196432450_8894034703874973768_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-KXuvA37bahA/VCkOeF3TXLI/AAAAAAAAD-Q/M2RMpMH3MBU/s1600/1233566_636890196432450_8894034703874973768_n.jpg" height="400" width="272" /></a></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/_P0q9cJdxls" width="459"></iframe>
</div>
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Passamos novamente pela passarela do Cepa, para retirar as faixas que tínhamos afixado. Fizemos o restante do percurso, descendo a Av. Fernandes Lima e ladeira Geraldo Melo, passando pela Praia da Avenida, pelo calçadão do Centro, subindo a ladeira do Brito e retornando novamente ao viaduto Aprígio Vilela, ponto inicial e final de toda Bicicletada.</div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-IVrQ-G9oXNI/VCkOmAuW6mI/AAAAAAAAD_Q/VbDgk7bQUog/s1600/SAM_0946.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-IVrQ-G9oXNI/VCkOmAuW6mI/AAAAAAAAD_Q/VbDgk7bQUog/s1600/SAM_0946.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
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Tem sido bastante gratificante ver o engajamento das pessoas na Bicicletada, que cresce não apenas em quantidade, mas em qualidade, com cada um dando sua contribuição para o engrandecimento do movimento, que busca uma cidade melhor para todos. Uma cidade mais humana, menos motorizada, onde haja mais encontros e mais vida nos espaços públicos.</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/SWfmjMos7Bo" width="459"></iframe>
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Moacir Pedrosa, veterano participante da Bicicletada de Maceió, expôs sua emoção em ver o crescimento do grupo neste breve comentário do vídeo abaixo:</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/7h4BgGeoJDk" width="459"></iframe>
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Esperamos poder contar com mais e mais participantes nas próximas edições, para que possamos ter uma verdadeira Massa Crítica na cidade, capaz de poder cobrar do poder público uma cidade mais humana, menos para os carros e mais para as pessoas.</div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-pGrPmzGHHTE/VCkOmx7WVRI/AAAAAAAAD_Y/Rm-gteypw3Q/s1600/SAM_0967.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-pGrPmzGHHTE/VCkOmx7WVRI/AAAAAAAAD_Y/Rm-gteypw3Q/s1600/SAM_0967.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
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________________________________________</div>
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<b>DIA MUNDIAL SEM CARRO DE 2014</b><br />
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Conforme comentamos na última <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/09/4-desafio-intermodal-de-maceio.html" target="_blank">postagem</a>, a Prefeitura de Maceió decidiu antecipar a comemoração do Dia Mundial Sem Carro – DMSC da segunda-feira (22/09) para o domingo (21/09), passando a equivocada ideia da bicicleta apenas como um objeto de lazer, tentando ignorar sua importância e sua bastante utilizada função como meio de transporte.</div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Iy7Na5khAOM/VCkOewbIqpI/AAAAAAAAD-Y/Iv3qaU-HvTA/s1600/21MA-Passeio-Cicl%C3%ADstico-206.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-Iy7Na5khAOM/VCkOewbIqpI/AAAAAAAAD-Y/Iv3qaU-HvTA/s1600/21MA-Passeio-Cicl%C3%ADstico-206.jpg" height="263" width="400" /></a></div>
<br />
O passeio organizado pela Prefeitura de Maceió, no domingo (21), segundo a própria <a href="http://www.maceio.al.gov.br/semel/noticias/dia-mundia-sem-carro-passeio-ciclistico-reune-mais-de-mil/" target="_blank">Prefeitura</a>, reuniu mais de mil pessoas. Até então, não tínhamos conhecimento do que a Prefeitura planejava para a segunda-feira (22).<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-0Wx1EK_cG04/VCkOfE19WNI/AAAAAAAAD-c/JRaYL4jzEBA/s1600/IMG-20140922-WA0003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-0Wx1EK_cG04/VCkOfE19WNI/AAAAAAAAD-c/JRaYL4jzEBA/s1600/IMG-20140922-WA0003.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
Na segunda-feira, ficamos sabendo pelo grupo da Bicicletada no aplicativo de celular Whatsapp, por volta das 11h da manhã, que a Prefeitura realizava uma intervenção em comemoração ao DMSC, chamada de <a href="http://www.maceio.al.gov.br/smtt/noticias/smtt-implanta-vagas-vivas-no-dia-mundial-sem-carro/" target="_blank">Vaga Viva</a> e que, à noite, haveria uma <a href="http://www.maceio.al.gov.br/smtt/noticias/smtt-promove-debate-sobre-o-dia-mundial-sem-carro/" target="_blank">palestra</a> na Faculdade Maurício de Nassau. Em busca na internet, encontramos uma <a href="http://www.maceio.al.gov.br/smtt/noticias/dia-mundial-sem-carro-smtt-leva-reflexao-com-implantacao-de-vagas-vivas" target="_blank">publicação</a> no site da Prefeitura de Maceió, das 11h08 da manhã do sábado (20), que informava sobre a intervenção da segunda-feira.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-br1vH9v3t2I/VCkOnVlI4pI/AAAAAAAAD_c/cs0di2GwO5U/s1600/aracaju1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-br1vH9v3t2I/VCkOnVlI4pI/AAAAAAAAD_c/cs0di2GwO5U/s1600/aracaju1.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
Tomamos conhecimento do que foi realizado, em <a href="https://www.facebook.com/ongciclourbano/posts/814926838530409" target="_blank">Aracaju</a>, durante o DMSC. A Prefeitura de lá criou, com o auxílio de cones, uma ciclofaixa temporária para incentivar que os cidadãos utilizassem a bicicleta, no <a href="http://goo.gl/maps/pRIrA" target="_blank">trecho de 1,6 km</a> entre o Hospital de Urgências de Sergipe e a Av. Maranhão, como experiência. Seria interessante se Maceió tivesse seguido o exemplo de Aracaju e fizesse o contrário: em vez de um passeio ciclístico no domingo e uma Vaga Viva na segunda-feira (quando as pessoas estão trabalhando), uma Vaga Viva no domingo (com um local mais bem pensado, onde realmente trouxesse impacto para os automóveis) e uma ciclofaixa na Av. Fernandes Lima, na segunda-feira. Como o fluxo é mais intenso no sentido periferia-centro, no <i>rush</i> da manhã e, centro-periferia, no <i>rush</i> da noite, poder-se-ia utilizar uma das faixas do sentido oposto da avenida para implantar a experiência da ciclofaixa no DMSC.<br />
<br />
Na tarde da segunda-feira (22), Daniel Moura, participante da Bicicletada de Maceió, foi convidado para participar do programa Gazeta Comunidade, na Rádio Gazeta AM, para falar sobre o Dia Mundial Sem Carro. Ouça <a href="https://dl.dropboxusercontent.com/u/105321999/DMSC2014_R%C3%A1dio_Gazeta_Fernando_Palmeira.mp3" target="_blank">aqui</a> o podcast da entrevista.<br />
<br />
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________________________________________</div>
<br />
<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-0KrgKwZ-YJk/VCkOn2KcfAI/AAAAAAAAD_o/dpT_AWC7Ioc/s1600/tnh1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-0KrgKwZ-YJk/VCkOn2KcfAI/AAAAAAAAD_o/dpT_AWC7Ioc/s1600/tnh1.jpg" height="288" width="400" /></a></div>
<br />
Ironicamente, assim como aconteceu em <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/09/al-101-sul-e-o-dia-mundial-sem-carro.html" target="_blank">2012</a>, quando o Governo do Estado inaugurou a duplicação da rodovia AL-101 Sul em pleno DMSC, foi publicada no site <a href="http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2014/09/22/308763/novas-avenidas-criam-solucoes-de-mobilidade-urbana-para-a-capital" target="_blank">TNH1</a>* a matéria da imagem acima, que mostra que a Prefeitura ainda acredita que a solução para a Mobilidade Urbana está no oferecimento de mais espaço para o automóvel, com a construção de novas avenidas.<br />
<br />
* Segundo o jornalista <a href="http://reporteralagoas.com.br/novo/?p=80262" target="_blank">Odilon Rios</a> e os sites <a href="http://cadaminuto.com.br/noticia/2011/04/06/alagoas-em-familia-desde-a-proclamacao-da-republica" target="_blank">Cada Minuto</a> e <a href="http://www.extralagoas.com.br/noticia/14961/esta-semana-nas-bancas/2014/09/24/resultado-de-pesquisa-do-tnh1-levanta-suspeita-de-fraude.html" target="_blank">Extra</a>, o atual prefeito de Maceió é acionista do Pajuçara Sistema de Comunicação, responsável pelo site TNH, que veiculou a matéria acima.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
________________________________________</div>
<br />
Veja também:<br />
<br />
- <a href="http://www.viacertanatal.com/2014/09/ciclistas-com-pouca-roupa-e-fantasiados.html" target="_blank">Bicicletada de Natal/RN</a>, hoje à noite.<br />
<br />
- Revista Veja, de 24/09/2014, sobre as ciclovias/ciclofaixas de São Paulo (<a href="https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xap1/t31.0-8/1097838_963452117015150_2020636084887946926_o.jpg" target="_blank">01</a> - <a href="https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpa1/t31.0-8/1973380_963452163681812_7304886482451677645_o.jpg" target="_blank">02</a>)<br />
<br />
- Maceió: <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/08/11-km-de-ciclovias-em-4-anos.html" target="_blank">Apenas 11 km de ciclovias em 4 anos</a><br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-34313824206741118632014-09-18T19:49:00.001-07:002014-10-10T12:08:57.041-07:004º Desafio Intermodal de Maceió<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-zCB2FwooH9U/VB5bsooHjbI/AAAAAAAAD8U/sTBa61nFz7I/s1600/SAM_0632.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-zCB2FwooH9U/VB5bsooHjbI/AAAAAAAAD8U/sTBa61nFz7I/s1600/SAM_0632.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Aconteceu, na manhã de hoje (18), a 4ª edição do Desafio Intermodal de Maceió - DIM. O evento consiste em percorrer um trajeto pré-definido (5,4 km), na hora do rush, utilizando diversos modais diferentes, para ser feita uma avaliação comparativa entre o tempo gasto por cada um, levando também em consideração a eficiência energética e a poluição emitida por cada modalidade de transporte.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-68AxY4Z1tKA/VB5cVre6KAI/AAAAAAAAD9Q/e4Emy1hn8vA/s1600/RESULTADO_DIM_2014.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-68AxY4Z1tKA/VB5cVre6KAI/AAAAAAAAD9Q/e4Emy1hn8vA/s1600/RESULTADO_DIM_2014.jpg" height="400" width="373" /></a></div>
<br />
Os participantes saíram da porta do Ibama, na Av. Fernandes Lima, às 7h30 e seguiram em direção à Praça dos Martírios, no bairro do Centro. Além das dez modalidades que participaram do <a href="https://scontent-a-mia.xx.fbcdn.net/hphotos-xpa1/v/t1.0-9/10647163_948531741840521_3511885450721039762_n.jpg?oh=64485201019c34bea82d106ceb25e0b0&oe=549047EC" target="_blank">DIM 2013</a>, tivemos a inclusão do skate e da integração bicicleta+trem. No total, 21 voluntários participaram do desafio em 12 modalidades diferentes de transporte.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-0bhywhPGemg/VB5cWM7wp-I/AAAAAAAAD9c/8KB5uDtzZY0/s1600/grafico2014.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-0bhywhPGemg/VB5cWM7wp-I/AAAAAAAAD9c/8KB5uDtzZY0/s1600/grafico2014.jpg" height="235" width="400" /></a></div>
<br />
Assim como nas três últimas edições do DIM, a motocicleta foi a primeira colocada no quesito tempo, acompanhada da bicicleta que, utilizando a propulsão humana, chegou apenas 19 segundos depois do veículo motorizado de duas rodas. Se levarmos em consideração as despesas, a energia consumida e a poluição emitida, a bicicleta sagra-se campeã do desafio.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-ztqEk9UHZvA/VB5cW7XZuHI/AAAAAAAAD9k/Cd0ewrLRR_k/s1600/polui%C3%A7%C3%A3o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-ztqEk9UHZvA/VB5cW7XZuHI/AAAAAAAAD9k/Cd0ewrLRR_k/s1600/polui%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="210" width="400" /></a></div>
<br />
A grande surpresa do desafio foi o estreante skate, que ficou na terceira colocação, com um tempo de 17’47”, chegando antes mesmo do táxi, que fez o percurso em 18’06”. Por conta da Faixa Azul, ônibus e táxi tiveram um grande ganho de tempo em relação aos anos anteriores. O táxi teve uma redução de 43% do seu tempo e o ônibus de 34%, se compararmos com 2013, quando não havia Faixa Azul.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-KKNpRCFQjqA/VB5bukeiStI/AAAAAAAAD84/2LF768UxTRw/s1600/SAM_0648.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-KKNpRCFQjqA/VB5bukeiStI/AAAAAAAAD84/2LF768UxTRw/s1600/SAM_0648.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
Mesmo com a Faixa Azul, quem não teve grande benefício foi a cadeirante, que teve uma redução de tempo de apenas 10% em relação a 2013 e foi a última a chegar à praça. Segundo a participante Maria Cícera da Rocha, nem todos os ônibus são adaptados com elevador para cadeira de rodas. E daqueles que são, quando ela deu sinal com a mão, os motoristas sinalizavam dizendo que o elevador estava com defeito ou que não estavam com a chave para operá-lo. Daí o motivo de ter levado quase o triplo do tempo da participante que seguiu em ônibus comum.<br />
<br />
Já a participante que realizou a integração ônibus+trem, por pouco não perdeu o trem, por conta do tempo que ficou aguardando o ônibus no ponto da Av. Fernandes Lima. Para chegar à estação da CBTU em Bebedouro, a única linha de ônibus disponível é a Circular 2. Ela relatou que, assim que embarcou no trem, a porta se fechou. Ela só conseguiu pegar o trem das 8h08. Se perdesse esse, o próximo só passaria às 9h14. Foi a penúltima a chegar à praça, em 56’50”, ganhando apenas da cadeirante.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-rI9R4j8fHJU/VB5jrCkMCGI/AAAAAAAAD9w/-hkEFBdRohA/s1600/esta%C3%A7%C3%A3o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-rI9R4j8fHJU/VB5jrCkMCGI/AAAAAAAAD9w/-hkEFBdRohA/s1600/esta%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
O mesmo problema não teve o participante que realizou a integração bicicleta+trem. Pedalando, chegou rapidamente à Estação Bebedouro. Foi recepcionado pela assessora de imprensa da CBTU e, enquanto esperava a chegada do trem das 7h48, ainda teve tempo de explicar aos passageiros que estavam na estação que o embarque da bicicleta se tratava apenas de uma experiência para a realização do Desafio Intermodal.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-oltDUVoBDbk/VB5btmLWG5I/AAAAAAAAD8k/QZL1KCsITnk/s1600/SAM_0641.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-oltDUVoBDbk/VB5btmLWG5I/AAAAAAAAD8k/QZL1KCsITnk/s1600/SAM_0641.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<br />
O trem fez o percurso de 4,3 km entre a Estação Bebedouro e a Estação Mercado relativamente rápido, gastando apenas 12 minutos, o que da uma velocidade média de 21,5 km/h, superior aos 13,6 km/h alcançados pelo ônibus que seguiu pela Fernandes Lima, se considerarmos o tempo que a participante permaneceu no ponto aguardando.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-zZ6AY0In0t4/VB5buCSqDmI/AAAAAAAAD8w/fg0ynQWN7Ac/s1600/SAM_0646.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-zZ6AY0In0t4/VB5buCSqDmI/AAAAAAAAD8w/fg0ynQWN7Ac/s1600/SAM_0646.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
Como mostramos na <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/09/o-desafio-intermodal-de-2012.html" target="_blank">edição de 2012</a> do DIM, quando a bicicleta foi impedida de acessar o trem, o <a href="http://youtu.be/HNAwRg3J_M8?t=56s" target="_blank">vídeo</a> promocional da CBTU que apresentava o projeto de modernização do trem de Maceió mostrava bicicletas penduradas no interior do vagão. Sugerimos, por e-mail, a inclusão da integração bicicleta+trem no DIM, que foi acatada pela empresa como experiência. Pela pouca frequência de horários (7h06 / 7h48 / 8h08 / 9h14) no <i>rush</i> da manhã, os trens seguem cheios, o que tornar-se-ia incômodo aos passageiros, caso a CBTU permitisse o acesso de bicicletas aos trens, ainda que do modelo dobrável, como a que foi utilizada pelo participante. Sugerimos à assessora de imprensa que a CBTU experimentasse instalar bicicletários nas estações, de modo que possa atrair passageiros de localidades mais distantes e/ou reduzir o tempo de deslocamento até a estação daqueles que já utilizam o trem atualmente.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-pKFwFFq9S0k/VB5btMzaPMI/AAAAAAAAD8c/Tix_IF3kbgw/s1600/SAM_0636.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-pKFwFFq9S0k/VB5btMzaPMI/AAAAAAAAD8c/Tix_IF3kbgw/s1600/SAM_0636.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
Os participantes que fizeram o percurso a pé (caminhando e correndo), relataram que os principais problemas que encontraram foram os desníveis ou a inexistência de passeio público, além do desconhecimento dos motoristas ao artigo 38, parágrafo único, do <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm" target="_blank">Código de Trânsito Brasileiro – CTB</a>, que determina que:<br />
<br />
<i>Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:<br /><br />Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.</i><br />
<br />
A cada rua transversal à Av. Fernandes Lima que atravessavam, corriam o risco de serem atropelados por carros que entravam ou saíam das ruas transversais sem ceder passagem a eles, como manda a lei.<br />
<br />
O carro teve um incremento de tempo de 32%, em relação a 2013. Porém, não podemos atribuir esse aumento à implantação da Faixa Azul, que diminuiu a quantidade de faixas para automóveis de três para duas, pois o tempo do carro em 2014 foi semelhante ao de 2012: cerca de 38 minutos.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-fQHaJYXEojA/VB5btItt0PI/AAAAAAAAD8Y/MRiU_uNYJFc/s1600/SAM_0638.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-fQHaJYXEojA/VB5btItt0PI/AAAAAAAAD8Y/MRiU_uNYJFc/s1600/SAM_0638.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
De todas as modalidades, os patins e o skate deram um show à parte. Assim como as bicicletas, os participantes tiveram que dividir espaço com os ônibus, táxis e demais veículos na Faixa Azul. Segundo os participantes, os motoristas de ônibus foram bem cuidadosos, apesar de alguns passarem muito próximos. Apenas um motorista de táxi se irritou com a presença dos veículos de propulsão humana na Faixa Azul. Ficou buzinando insistentemente na curva antes de chegar à Praça Centenário, irritado porque um micro-ônibus<span style="color: #0000ee;"> </span>aguardava um espaço seguro para ultrapassar os participantes. Um pouco adiante, ameaçou o skatista com o carro, tentando derrubá-lo.<br />
<br />
Um outro problema relatado pelos participantes do skate e dos patins foi relativo às ondulações presentes no asfalto, que se formam próximo aos pontos de ônibus, por conta do atrito dos pneus no momento da frenagem. Vale a pena assistir aos vídeos feitos pelos participantes do <a href="https://www.youtube.com/watch?v=s2nHzp2QRFk" target="_blank">skate</a>, dos <a href="https://www.youtube.com/watch?v=i-Zhl_p27MA" target="_blank">patins</a> e da <a href="https://www.youtube.com/watch?v=_Md3FHBCjxs" target="_blank">motocicleta</a>, ao longo de todo o percurso.<br />
<br />
Com a realização dessa 4ª edição do DIM, podemos concluir que a implantação da Faixa Azul, que começou a funcionar em fevereiro de 2014, com um custo relativamente baixo (R$ 391 mil, <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/7-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">segundo a Prefeitura de Maceió</a>), trouxe um ganho de tempo muito grande para usuários de ônibus e táxis, sem oferecer aumento do tempo dos automóveis, se compararmos com os anos anteriores. Iniciativas como a da Faixa Azul precisam se espalhar por toda a cidade pois, de nada adianta o ônibus passar rapidamente pela Av. Fernandes Lima e ficar preso em congestionamentos no restante da cidade.<br />
<br />
Pedestres e cadeirantes precisam de calçadas niveladas e acessíveis, que tenham a mesma atenção do poder público que tem o leito carroçável, capeado e recapeado a cada nova gestão municipal que assume. Para isso, há que se intensificar a fiscalização dos proprietários de lote que não constroem o passeio público de maneira adequada ou, quem sabe, adotar uma medida mais enérgica: transferir a responsabilidade da construção e manutenção dos passeios públicos do ente privado para o poder público, suprimindo o artigo 339 do <a href="http://www.maceio.al.gov.br/wp-content/uploads/admin/documento/2013/11/Lei-Municipal-5.593-de-08-de-Fevereiro-de-2007-C%C3%93DIGO-DE-URBANISMO-E-EDIFICA%C3%87%C3%95ES-DO-MUNIC%C3%8DPIO-DE-MACEI%C3%93.pdf" target="_blank">Código de Edificações e Urbanismo de Maceió</a>.<br />
<br />
Ainda para as pessoas com deficiência, mostra-se necessário aumentar o percentual da frota de ônibus adaptados com elevador para a cadeira de rodas, punir as empresas que não estão com o elevador em funcionamento ou, quem sabe, fazer como a cidade de <a href="http://www.youtube.com/watch?v=a5RIeZFk28I" target="_blank">Curitiba</a>, em que o elevador para acesso da cadeira de rodas fica na própria plataforma de embarque. Quando o ônibus para, os passageiros já estão no mesmo nível do ônibus e com a passagem já paga, o que reduz o tempo de embarque.<br />
<br />
Quanto ao trem da <a href="http://maceio.cbtu.gov.br/" target="_blank">Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU</a>, compreende-se sua pequena oferta (quatro trens no período de duas horas) em razão da baixa <a href="https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpf1/t31.0-8/s960x960/10380574_960315257328836_1930744561914826318_o.jpg" target="_blank">densidade populacional</a> residente no entorno da linha. Contudo, o DIM mostrou que ainda há muito a avançar na sua integração ao serviço de transporte por ônibus da cidade, bem como à bicicleta.<br />
<br />
O ótimo desempenho dos veículos de propulsão humana no DIM demonstra que, caso o poder público municipal investisse em infraestrutura adequada para a utilização desses veículos, correriam menos risco de morte aqueles que já os utilizam no dia a dia e encorajaria as milhares de pessoas que desejam ir trabalhar de bicicleta, patins ou skate e não o fazem por medo dos veículos motorizados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-GoTbLa2mqf4/VB5bvLayOHI/AAAAAAAAD9E/X3ov2r-HC3I/s1600/SAM_0653.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-GoTbLa2mqf4/VB5bvLayOHI/AAAAAAAAD9E/X3ov2r-HC3I/s1600/SAM_0653.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O Desafio Intermodal é realizado, em Maceió, pelos participantes da Bicicletada e compõe as atividades da <a href="http://diamundialsemcarro.org.br/" target="_blank">Semana da Mobilidade</a>, que antecede o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Mundial_sem_Carro" target="_blank">Dia Mundial Sem Carro - DMSC</a>, comemorado no dia 22 de setembro. Ano passado, o DMSC caiu num domingo e a Prefeitura de Maceió realizou um passeio ciclístico saindo do posto da Polícia Rodoviária Federal, no entroncamento das rodovias BR-104 e BR-316, com destino à Praça Centenário, onde fora iniciado o evento Lazer na Praça. A atividade casou bem com um dia de domingo.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-uoc3pvT2r38/VB5cVCCf6MI/AAAAAAAAD9M/Bz-pk4Y3fuk/s1600/DMSC_Prefeitura.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-uoc3pvT2r38/VB5cVCCf6MI/AAAAAAAAD9M/Bz-pk4Y3fuk/s1600/DMSC_Prefeitura.jpg" height="223" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: small;">Clique <a href="https://www.youtube.com/watch?v=MPwzE7F-x-4" target="_blank">aqui</a> para ver o vídeo</span></div>
<br />
Contudo, nesse ano, o DMSC caiu numa segunda-feira e a Prefeitura, curiosamente, o antecipou para o domingo e programou um <a href="http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=378370&e=13" target="_blank">passeio ciclístico</a> semelhante ao de 2013. A Prefeitura perde (ou foge de) uma grande oportunidade de discutir, numa segunda-feira, a Mobilidade Urbana pautada exclusivamente no automóvel. Em vez de propor alternativas aos cidadãos para se deslocarem na segunda-feira, diferentes do automóvel, como o transporte coletivo ou a criação de uma ciclovia temporária (com a utilização de cones), numa das faixas da Av. Fernandes Lima, por exemplo, a Prefeitura de Maceió continua tratando a bicicleta como um brinquedo de domingo e ignorando aqueles que a utilizam como meio de transporte, bastante eficiente, por sinal, como têm demonstrado consecutivamente as quatro edições do DIM.<br />
<br />
Atitudes como essa ou como o <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/08/11-km-de-ciclovias-em-4-anos.html" target="_blank">horizonte</a> de 62 a 170 anos traçado pela Prefeitura de Maceió para alcançar os padrões de Berlim ou Amsterdã, nessa ordem, no que diz respeito à infraestrutura destinada à bicicleta, demonstram o descompromisso da atual gestão municipal com a Mobilidade Urbana Sustentável. Como mostramos na postagem sobre a reunião que discutiu o orçamento municipal para o ano de 2015, é através das atitudes dos gestores (e não do seu <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/10/as-propostas-do-prefeito-eleito-de.html" target="_blank">discurso</a>) que avaliamos com o que se está comprometido.<br />
<br />
Mais importante do que aquilo que a Prefeitura diz é aquilo que ela não diz. Como diria o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard, “Não tomar uma decisão já é uma decisão. Não fazer uma escolha já é uma escolha." <br />
<br />
Enquanto isso, em São Paulo...<br />
<br />
- <a href="http://bikeelegal.com/noticia/1169/nona-edicao-do-desafio-intermodal-tera-participacao-do-prefeito-de-sp" target="_blank">Desafio Intermodal 2014 terá participação do prefeito de SP</a><br />
<br />
- <a href="http://vadebike.org/2014/09/prefeito-haddad-e-secretario-jilmar-tatto-irao-ao-trabalho-de-bicicleta/" target="_blank">Prefeito de São Paulo e secretário de Transportes irão ao trabalho de bicicleta no DMSC</a><br />
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Veja também:<br />
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- <a href="http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2014/09/desafio-intermodal-avalia-meio-de-transporte-mais-eficiente-em-maceio.html" target="_blank">Desafio intermodal avalia meio de transporte mais eficiente em Maceió – G1 – Por Natália Souza</a><br />
<br />
- <a href="https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpf1/t31.0-8/p720x720/1602105_960240057336356_7484018503857728607_o.jpg" target="_blank">Desafio testa formas de locomoção mais eficientes – Gazeta de Alagoas – Por Dayvidson Soares</a><br />
<br />
- <a href="http://agendaa.tnh1.com.br/vida/esportes-e-maquinas/2430/2014/09/18/moto-carro-bicicleta-ou-skate-desafio-mostra-qual-e-o-meio-de-transporte-mais-rapido-em-maceio" target="_blank">Moto, carro, bicicleta ou skate? Desafio mostra qual é o meio de transporte mais rápido em Maceió - Agenda A</a><br />
<br />
- <a href="http://www.esportealagoas.com.br/confiram-o-video-do-desafio-intermodal-maceio-2014-esporte-alagoas/" target="_blank">Confiram o vídeo do Desafio Intermodal Maceió 2014 | Esporte Alagoas</a><br />
<br />
- <a href="http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2014/09/desafio-intermodal-de-maceio-inclui-percurso-de-vlt" target="_blank">Desafio Intermodal de Maceió inclui percurso de VLT - por Portal Brasil</a><br />
<br />
- <a href="http://www.youtube.com/watch?v=pLxaHWRxPT8" target="_blank">TV Gazeta</a></div>
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- <a href="https://dl.dropboxusercontent.com/u/105321999/DIM2014_R%C3%A1dio_Gazeta_Fernando_Palmeira.mp3" target="_blank">Rádio Gazeta AM</a></div>
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<br />
- <a href="http://www.youtube.com/watch?v=mf_yUndnKTw" target="_blank">TV Pajuçara</a><br />
<br />
- <a href="http://www.youtube.com/watch?v=OqFcONwXwfQ" target="_blank">TV Mar</a></div>
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<br />
Veja também um resumo das edições anteriores:<br />
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- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2011/09/o-dia-mundial-sem-carro-de-2011.html" target="_blank">1º Desafio Intermodal de Maceió - 20/09/2011</a></div>
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<br /></div>
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- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/09/o-desafio-intermodal-de-2012.html" target="_blank">2º Desafio Intermodal de Maceió - 18/09/2012</a></div>
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<br /></div>
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- <a href="https://www.youtube.com/watch?v=mX4PLOpi15Y" target="_blank">3º Desafio Intermodal de Maceió - 17/09/2013</a></div>
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<br />
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Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-2529198756255808372014-08-29T19:14:00.002-07:002014-09-29T01:04:02.572-07:0075ª Bicicletada de Maceió<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Ac3UUss_vdA/VAF8qJzuEuI/AAAAAAAAD70/1l5f2U6h03c/s1600/SAM_0588.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Ac3UUss_vdA/VAF8qJzuEuI/AAAAAAAAD70/1l5f2U6h03c/s1600/SAM_0588.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
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<br />
Aconteceu, na noite de hoje (29), a 75ª edição da Bicicletada de Maceió. Nós nos reunimos a partir das 18h em nosso tradicional ponto de encontro, em cima do viaduto Aprígio Vilela, no Farol. O candidato a deputado estadual, Bispo Filho (PSB), havia nos contatado previamente e pedido para conversar com os participantes da Bicicletada sobre uma de suas propostas de campanha, referente ao “Projeto de Lei do Planejamento Cicloviário”.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-69v6RQlFfsQ/VAF8mVkEE0I/AAAAAAAAD7M/ALdG5Nm6ylQ/s1600/SAM_0531.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-69v6RQlFfsQ/VAF8mVkEE0I/AAAAAAAAD7M/ALdG5Nm6ylQ/s1600/SAM_0531.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
Bispo Filho (PSB) compareceu e apresentou sua proposta, além de discutir sobre a possibilidade de realização de uma palestra com <a href="https://www.facebook.com/fabiano.fagapacheco" target="_blank">Fabiano Faga Pacheco</a>, cicloativista do estado de Santa Catarina. Ao final de sua fala, agradecemos sua presença e explicamos que a Bicicletada consiste de um movimento apartidário, no entanto, nossos membros têm liberdade de pensamento político, somos abertos ao diálogo com quaisquer partidos e organizações que queiram conhecer as ideias do movimento. Inclusive, já debatemos com membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/05/48-bicicletada-cycle-chic.html" target="_blank">outro momento</a>; já participamos de <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2011/10/quem-deve-pagar-pelo-transporte.html" target="_blank">debate</a> realizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT); participamos de <a href="http://dceufalquilombo.blogspot.com.br/2013/08/dce-ufal-junto-com-frente-pelo-passe.html" target="_blank">debate</a> realizado pelo DCE/UFAL, onde dividimos mesa com integrantes do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL); todos a convite. Também ouvimos as propostas dos candidatos a prefeito de Maceió nas <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/10/as-propostas-do-prefeito-eleito-de.html" target="_blank">eleições de 2012</a>, no que se refere à Mobilidade Urbana, e participamos, a convite da vereadora Heloísa Helena (PSOL), de <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/04/10-reuniao-no-ministerio-publico.html" target="_blank">reuniões</a> realizadas no Ministério Público Estadual, para tratar da necessidade de implantação de infraestrutura cicloviária na cidade. Além disso, já participamos de <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/07/coletivo-resistencia-popular.html" target="_blank">discussões</a> no Coletivo Anarquista Resistência Popular, que possui uma proposta semelhante à do movimento Bicicletada, no sentido de entender que as mudanças necessárias à nossa realidade não partirão do Poder Político, nos moldes atuais, mas da própria sociedade.<br />
<br />
Explicamos que a maneira de atuar da Bicicletada não é através da política partidária. Nossa atuação política é através do diálogo com a sociedade, mostrando caminhos para alcançarmos outro modelo de cidade, mais humana, mais justa, menos poluída. Sabemos que o movimento é pequeno para cobrar algo do poder público e, por isso, buscamos o apoio da sociedade, para que esta, com a força que tem, cobre dos gestores públicos aquilo que a Bicicletada propõe.<br />
<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ogmhAIu9UEU/VAF8mWO9S-I/AAAAAAAAD7E/RnQ1-Z8_GiQ/s1600/SAM_0536.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-ogmhAIu9UEU/VAF8mWO9S-I/AAAAAAAAD7E/RnQ1-Z8_GiQ/s1600/SAM_0536.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
Bispo Filho agradeceu o espaço e se despediu do grupo, dizendo que não buscara votos, mas o início do diálogo com o movimento. Agradecemos sua presença e saímos para um rolé pela cidade.<br />
<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-HGDmZxEc6p0/VAF8mtf4B8I/AAAAAAAAD7I/F4PnAY6-4W8/s1600/SAM_0546.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-HGDmZxEc6p0/VAF8mtf4B8I/AAAAAAAAD7I/F4PnAY6-4W8/s1600/SAM_0546.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim como fizemos na <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/07/74-bicicletada-de-maceio.html" target="_blank">74ª edição</a> da Bicicletada, seguimos pela Av. Fernandes Lima, agrupados, ocupando a Faixa Azul, conforme solução “provisória” adotada pela SMTT em <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/7-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">novembro de 2013</a>, enquanto não se implanta uma ciclovia na avenida.</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/XKG-mpHgq_4" width="459"></iframe>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Tivemos apenas um incidente com o motorista do carro 7291 da empresa São Francisco que, irritado ao ver as bicicletas ocupando a Faixa Azul e, provavelmente não tendo passado pelo <a href="http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2014/02/25/290301/motoristas-de-onibus-fazem-curso-para-aprender-a-dividir-faixa-com-ciclista" target="_blank">treinamento</a> realizado por André Pasqualini, passou pelo grupo com duas rodas do ônibus na Faixa Azul e duas rodas na faixa adjacente, bem próximo às bicicletas, descumprindo o art. 201 do Código de Trânsito Brasileiro (<a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm" target="_blank">CTB</a>) e colocando em risco nossas vidas.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TE8_7gy6FvU/VAF8nyOSrTI/AAAAAAAAD7c/Jx4TVbGIfhs/s1600/SAM_0554.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-TE8_7gy6FvU/VAF8nyOSrTI/AAAAAAAAD7c/Jx4TVbGIfhs/s1600/SAM_0554.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Aproveitamos as paradas nos semáforos para entregar panfletos e mostrar cartazes aos motoristas, com o intuito de alertá-los sobre a necessidade de preservar a integridade física daqueles que optam por utilizar a bicicleta em seus deslocamentos.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Lg9wo40kVks/VAF8o0MyrqI/AAAAAAAAD7k/EpKPkmnYBIY/s1600/SAM_0560.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Lg9wo40kVks/VAF8o0MyrqI/AAAAAAAAD7k/EpKPkmnYBIY/s1600/SAM_0560.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Fomos até a Av. Rotary e retornamos também pela Av. Fernandes Lima. Na volta, fomos ameaçados por alguns motoristas de táxi que, mesmo tendo a faixa do meio e a da esquerda para trafegar, insistiam em passar tirando fino do grupo, ocupando metade da Faixa Azul, acelerando violentamente seus carros, talvez com a intenção de demonstrar o poder de suas máquinas perante as bicicletas.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-0S4KIQXFJtE/VAF8pABYjfI/AAAAAAAAD7o/7IPu7gNtFwQ/s1600/SAM_0564.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-0S4KIQXFJtE/VAF8pABYjfI/AAAAAAAAD7o/7IPu7gNtFwQ/s1600/SAM_0564.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Seguimos até o centro comercial da cidade que, por não ter ocupação residencial, torna-se um deserto no período noturno. Fizemos algo impossível de se fazer no horário em que as lojas estão abertas: pedalamos pelo calçadão das ruas Moreira Lima e Do Comércio.</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/GwXoliMRMQM" width="459"></iframe>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Passamos pela Praça D. Pedro II e rua Do Sol, subimos a ladeira Do Brito e retornamos ao ponto de encontro da Bicicletada, totalizando 10 km.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jziSx4XqGM4/VAF8rH4XEhI/AAAAAAAAD78/Y8stp8UE0d0/s1600/SAM_0592.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-jziSx4XqGM4/VAF8rH4XEhI/AAAAAAAAD78/Y8stp8UE0d0/s1600/SAM_0592.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
Antes do grupo que seguiria em direção à parte baixa da cidade partir, um suíço chamado Nikolas se aproximou de nós, entusiasmado ao ver as bicicletas, provavelmente por reconhecer algo que é tão comum em seu país. Enquanto ele provava o acarajé de Maceió, trocamos algumas palavras em português/inglês/alemão e demos algumas risadas para terminar bem a noite.</div>
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<br />
<div style="text-align: center;">
_______________________________________</div>
<br />
<br />
Depoimento de uma das participantes sobre a Bicicletada de hoje:<br />
<br />
<span style="color: yellow;"><i>"Gostaria de registrar minhas impressões sobre alguns acontecimentos simples, porém interessantes, ocorridos na noite de ontem, quando eu participava de mais uma edição da Bicicletada de Maceió.<br /><br />Primeiramente, fiquei bastante feliz quando cheguei ao local de encontro e vi que havia mais participantes que o de costume, entre mulheres e homens, o que reforçou um sentimento de esperança. Em seguida, quando começamos a pedalar, fomos seguidos por um cachorro que, andando pela calçada ao nosso lado, latia pra qualquer um que se aproximava, como se quisesse nos proteger. Achei bonito porque os animais são sinceros e esse gostou mesmo da Massa.<br /><br />O passeio transcorreu normalmente. Levamos fechada de ônibus, normalmente; algumas buzinadas e gritos sem motivo (a não ser o de conseguirmos existir fora de uma máquina), normalmente; também conversamos, rimos, mostramos cartazes, panfletos, demos legalzinho para motorista de ônibus simpático (coisa um tanto rara) e tudo o mais.<br /><br />Ao retornar ao ponto de encontro, paramos para trocar ideias. Pouco depois, uma senhora (que, pela expressão de sua face, também poderia ser uma bruxa do mal) aborda uma colega, que estava com parte da roda traseira de sua bike em cima da faixa de pedestres, e pede para que ela se afaste para dar passagem, tudo bem. Mas, o que me impressionou é que a mesma senhora não se incomodou quando, logo em seguida, o motorista de seu carro (seu marido, talvez) o estacionou em cima da mesma faixa de pedestres e em frente à rampa de cadeirante.<br /><br />Na sequência, o homem liga o alerta e sai do veículo, acompanhando a senhora na degustação de um acarajé, sentados em bancos de plástico de fronte para seu veículo de luxo. Ficamos observando de soslaio o casal e presenciamos a cena em que o homem chuta um gato que dele se aproximara e o enxota com o banquinho em que estava sentado. Depois disso, aproxima-se do grupo um rapaz suíço, que diz em outras palavras: 'Que legal suas bicicletas!'" </i></span><br />
<br />
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-35557635444565466362014-08-20T20:19:00.000-07:002014-08-20T21:27:11.617-07:00Os skatistas estão crescendo na Orla de Maceió. Viva!<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-c6BGYtBawNE/U_VkFtscFeI/AAAAAAAAD60/hJcqxwKbNVA/s1600/long-na-orla2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-c6BGYtBawNE/U_VkFtscFeI/AAAAAAAAD60/hJcqxwKbNVA/s1600/long-na-orla2.jpg" height="222" width="400" /></a> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">por Natália Souza - 20/08/2014</span></div>
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<br /></div>
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A Orla de Maceió é “a mais bonita do Brasil”, como bem enchemos a boca pra falar, mas tá virando a menos democrática.<br />
<br />
O colega jornalista Ricardo Mota postou hoje em seu blog o texto <a href="http://blog.tnh1.ne10.uol.com.br/ricardomota/2014/08/20/os-estupidos-dos-skates-estao-crescendo-no-calcadao-da-orla-de-maceio/" target="_blank">“Os estúpidos dos skates estão crescendo no calçadão da orla de Maceió”</a>, onde conta que viu um skatista aloprado em alta velocidade atropelando uma senhorinha que caminhava no mesmo local. Disse que isso vem acontecendo com frequência com idosos, jovens e crianças e comparou os skatistas a torcidas organizadas, hordas de bárbaros e brutamontes voadores.<br />
<br />
Mota falou da falta de educação dos jovens de classe média que não contribuem por uma civilidade num local compartilhado. Ele deixa “claro” que “a crítica, está claro, não é aos praticantes do esporte, mas aos que se comportam dessa forma”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-e38NZ8u4tFs/U_VkFpJ11MI/AAAAAAAAD6c/85rLcSf2m6M/s1600/lei.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-e38NZ8u4tFs/U_VkFpJ11MI/AAAAAAAAD6c/85rLcSf2m6M/s1600/lei.jpg" height="320" width="262" /></a></div>
<br />
Pois bem. Concordo que bom senso, educação e civilidade têm que existir em qualquer lugar. INCLUSIVE, deixo claro, que já vi exemplos de skatistas e gente de patins fazendo manobras agressivas entre as pessoas na Rua Fechada dia de domingo e não aprovo.<br />
<br />
Mas, acredito que posts como o dele, que deveriam debater a AUSÊNCIA de espaço público destinado ao lazer e à prática de esportes dos jovens, crianças e adultos em Maceió, mas tiveram o efeito contrário, só incitaram a raiva da sociedade contra skatistas, longboarders (e qualquer um que ande numa prancha sobre 4 rodas), visto a maioria dos comentários no blog. Sério, tem comentários surreais mandando a prefeitura proibir de vez patins e skates na Orla e dizendo que os skatistas estão crescendo assustadoramente, como se isso fosse algo ruim, já pensou? (Alguns comentários se salvam com coerência por lá).<br />
<br />
Outro dia, EU estava andando de longboard no calçadão da orla que estava LOTADA de jovens correndo, casais caminhando de mãos dadas, idosos que param pra conversar, turistas tirando foto, crianças etc. Como eu fiquei agoniada em ter que me desviar demais dos pedestres (e também notei a cara feia de uns), desci pra ciclovia e comecei a andar de long lá.<br />
<br />
Nem deu 10 minutos e o primeiro ciclista que passou por mim me deu um grito desaforado dizendo que ali era uma CICLOVIA e que eu estava no lugar errado. Nos dois lugares eu não “era bem-vinda” e andar na pista no meio da rua eu não era doida de fazer.<br />
<br />
E aí, qual o lugar do skatista e do patinador?<br />
<br />
Os skatistas estão crescendo no calçadão da orla de Maceió, vamos debater o uso do espaço público?<br />
<br />
Existe uma pista de skate e patins na Pajuçara, mas basta qualquer pessoa ir lá para ver as rachaduras e falta de condições do local. As praças (do skate) e outras nem se fala. Sem segurança, escuras, abandonadas e vulneráveis a assaltos. A outra pista voltada a skate e patins fica no Benedito Bentes, que particularmente, eu nunca fui e não sei em quais condições se encontram, mas tenho a direito de não querer ir tão longe para praticar uma atividade física que me dá prazer.<br />
<br />
E mesmo que existissem locais perfeitos e isolados para essas categorias -projeto de revitalização da Praça do Skate tá aí sendo tocado, acredito que é um direito nosso de transitar na Orla. Vejo cidades como Aracaju, que tem um espaço grande na orla só para isso, e outras cidades que as pessoas compartilham o local, mas aqui, a sociedade (pelo menos o povo dos comentários do Ricardo Mota) pede que a SMCCU proíba skatistas e patinadores. Meio radical, não?<br />
<br />
Falando novamente por mim, não me considero uma brutamontes, até pelo meu porte físico, nem uma integrante de torcida organizada de futebol que quero tomar a força o local, só quero poder usufruir do espaço a que tenho direito também. Como o skate é necessário uma certa velocidade para andar, e qualquer velocidade será alta em relação a um pedestre, acabamos passando essa sensação de estarmos “voando” em relação aos demais. Não é questão de agressividade.<br />
<br />
Fiscalizar? Como? Estipular uma velocidade média? Baixar uma lei que agora os skatistas e patinadores DEVEM andar na ciclovia? (os ciclistas agora iam ter que aceitar isso). Enfim, a maioria dos comentários que li e pelo que entendi do post do colega (a quem vejo com frequência caminhando na orla), foi pedindo que o poder público interferisse de forma “repressora” aos skatistas, ainda não vi uma quantidade expressiva falando sobre esse debate da utilização do espaço público.<br />
<br />
Pessoas, ainda mais jovens ociosos e sem espaço para a prática de esporte ou lazer, não podem resultar em nada positivo para o bem estar social, como diz a música do Titãs, “a gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte”. Esse assunto merece muito ser debatido dessa forma, e o poder público sim, intervindo, mas apresentando solução para essa melhor convivência e não expulsando categoria x ou y do local, como sugerem os internautas.<br />
<br />
Estúpidos estão aumentando em todo lugar com qualquer que seja o tipo de veículo utilizado. Lembrando que muitos pedestres e corredores amadores ou profissionais, vivem usando a ciclovia para correr, vejo isso também quando estou a pé, fazendo “cooper” por lá.<br />
<br />
Por lei, os veículos de maior porte são sempre responsáveis pelos menores. Reforço que tem que haver responsabilidade no uso do espaço público, mas precisamos perder essa mania de achar que para garantir um direito nosso o do outro coleguinha tem que ser anulado.<br />
Alguns dos comentários raivosos dos internautas no Blog do RM. Interessante a associação dos skatistas com drogados. Lamentável!<br />
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Alguns dos comentários raivosos dos internautas no Blog do RM. Interessante a associação dos skatistas com drogados. Lamentável!</div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-X0Vmw_kP75w/U_VkF5vMtvI/AAAAAAAAD6g/foHmMrMZ6io/s1600/comentarios1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-X0Vmw_kP75w/U_VkF5vMtvI/AAAAAAAAD6g/foHmMrMZ6io/s1600/comentarios1.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
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<br />
Essa é a minha impressão. Impressão de alguém que anda de long/skate, que corre frequentemente e que anda de bike periodicamente. Qual a sua?</div>
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Fonte: <a href="http://www.nataliaosouza.com.br/2014/08/os-skatistas-estao-crescendo-na-orla-de-maceio-viva/" target="_blank">Blog Impressão Minha</a></div>
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<span style="color: yellow;">Nota do blog</span></div>
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<span style="color: yellow;">Todo esse debate é importante para mostrar que, mesmo na maior área de lazer da cidade, os carros dominam quase todo o espaço disponível, enquanto pedestres e usuários de veículos não motorizados precisam se espremer numa estreita faixa destinada a eles, algo que se torna impraticável principalmente no Verão, quando a cidade que se enche de turistas. Que tal diminuir o espaço dos carros e aumentar o das pessoas?</span></div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Xsrsk568qzA/U_VkHZfGt1I/AAAAAAAAD6o/joK8OKxnvr4/s1600/praia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-Xsrsk568qzA/U_VkHZfGt1I/AAAAAAAAD6o/joK8OKxnvr4/s1600/praia.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
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Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-51954210017398725132014-08-05T12:12:00.001-07:002014-11-29T22:53:38.863-08:00Apenas 11 km de ciclovias em 4 anos<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-tdi1tvNxisI/U-GDlX_2nVI/AAAAAAAAD4g/unJ8zDvdiGY/s1600/SAM_0432.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-tdi1tvNxisI/U-GDlX_2nVI/AAAAAAAAD4g/unJ8zDvdiGY/s1600/SAM_0432.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
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Participamos, na manhã de hoje, no auditório Procuradoria Geral do Município, da audiência pública convocada pela Prefeitura de Maceió para tratar do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2015 — PLOA 2015. A audiência teve início com a fala do Secretário Municipal de Planejamento e Desenvolvimento, Sr. Manoel Messias Costa, que enfatizou a importância desse momento de discussão do orçamento com a sociedade.</div>
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-PVXJTaV4vMY/U-GDjhB4gZI/AAAAAAAAD4I/nE3zQ4Op6u8/s1600/SAM_0422.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-PVXJTaV4vMY/U-GDjhB4gZI/AAAAAAAAD4I/nE3zQ4Op6u8/s1600/SAM_0422.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
Em seguida, Messias convidou o líder comunitário do Conjunto Virgem dos Pobres, Sr. Hamilton Santos, para falar em nome da sociedade. Hamilton disse contar com a gestão municipal para trazer melhorias à localidade onde mora, que carece de pavimentação e saneamento.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-i6IisCRGGmw/U-GDqFwVjWI/AAAAAAAAD5I/AX5JTqxMC-E/s1600/virgem_dos_pobres3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-i6IisCRGGmw/U-GDqFwVjWI/AAAAAAAAD5I/AX5JTqxMC-E/s1600/virgem_dos_pobres3.jpg" height="240" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Canal do Conjunto Virgem dos Pobres III</span><br />
<span style="font-size: x-small;">(clique <a href="http://goo.gl/maps/rX8JO" target="_blank">aqui</a> para girar a visualização)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
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Dando continuidade, Messias passou a palavra para o Diretor Geral de Programação e Orçamento das Regiões Administrativas, Sr. Jailton Pereira Nicácio, para fazer a prestação de contas dos recursos de 2014 aplicados até aquele momento. Jailton apresentou os serviços realizados pela Prefeitura de Maceió nas regiões administrativas 1, 2, 5 e 8, ficando as regiões 3, 4, 6 e 7 para serem apresentadas na segunda audiência, que ocorrerá na próxima sexta-feira (08), na Faculdade Pitágoras, no bairro do Benedito Bentes.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-SNtnWtJsg20/U-GSayYI8iI/AAAAAAAAD6A/zsJGvVvW41M/s1600/IMG_0034.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-SNtnWtJsg20/U-GSayYI8iI/AAAAAAAAD6A/zsJGvVvW41M/s1600/IMG_0034.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
Ao final da apresentação de cada região administrativa, era facultada a palavra para a participação da sociedade. Havíamos participado das audiências que trataram do Plano Plurianual 2014-2017 (PPA 2014-2017), em agosto de 2013, onde a sociedade teve a oportunidade de apresentar, ao poder público, suas demandas sobre os setores onde deve ser investido o orçamento municipal.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-cyIaFDxOYBo/U-GDntQnv-I/AAAAAAAAD4w/WYIb75CJbnQ/s1600/SAM_0460.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-cyIaFDxOYBo/U-GDntQnv-I/AAAAAAAAD4w/WYIb75CJbnQ/s1600/SAM_0460.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
Nas audiências que tivemos a oportunidade de participar, tentamos incluir a necessidade de construção de infraestrutura direcionada à bicicleta. Em algumas, o tema não foi eleito como prioritário (como a da região administrativa 8), em outras sim (como a da região administrativa 3). Uma das grandes preocupações dos moradores do Litoral Norte de Maceió (região administrativa 8) foi com relação à infraestrutura de mobilidade e saneamento, por conta da intenção do mercado imobiliário de verticalizar aquela região.<br />
<br />
Contudo, aquele momento, como determina a própria palavra “audiência”, teve o intuito de ouvir a população e saber os seus anseios. Após aquele momento, a Secretaria Municipal de Planejamento, ouvindo as diversas secretarias que compõem a Prefeitura, monta o orçamento municipal, destinando um percentual de tudo que espera arrecadar (seja de tributos locais, seja de transferências estaduais e federais) em cada um dos quatro anos subsequentes, para as rubricas que foram apontadas pela população como prioritárias durante as audiências do PPA.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-KDwgEi_7sks/U-GDhqpfuEI/AAAAAAAAD30/SoU_jHy60Ko/s1600/1195.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-KDwgEi_7sks/U-GDhqpfuEI/AAAAAAAAD30/SoU_jHy60Ko/s1600/1195.jpg" height="213" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Anexo V do Plano Plurianual 2014-2017 </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">(clique <a href="http://www.sempla.maceio.al.gov.br/sempla/dpo/ppa/2014_2017/Anexo%20V.pdf" target="_blank">aqui</a> para ver o documento completo)</span></div>
<br />
Segundo a rubrica 1195, a Prefeitura de Maceió pretende investir R$ 2,2 milhões na construção de ciclovias entre os anos de 2014 e 2017 (do total de R$ 8 bilhões, em quatro anos, somando a media de arrecadação anual de R$ 2 bilhões). Numa busca pela internet, encontramos que o custo médio de construção de ciclovia gira em torno de R$ 150 mil/km (<a href="http://www.mobilize.org.br/noticias/3194/rio-preto-desperdica-16-km-de-ciclovias.html" target="_blank">Rio de Janeiro</a>), R$ 200 mil/km (<a href="http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/06/sp-ira-implantar-400-km-de-ciclovia-ao-custo-de-r-80-milhoes.html" target="_blank">São Paulo</a>) e R$ 250 mil/km (<a href="http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/ir-e-vir-de-bike/orcamento-de-2013-so-garante-construcao-de-1-km-de-ciclovia/" target="_blank">Curitiba</a>). Se adotarmos o valor médio de R$ 200 mil/km, podemos concluir que, com os 2,2 milhões que a Prefeitura de Maceió destinou à rubrica 1195, no PPA 2014-2017, será possível construir 11 km de ciclovias em 4 anos. É suficiente? É muito? É pouco?<br />
<br />
Só é possível descobrir se tivermos parâmetros para comparar. Segundo esta <a href="http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/03/ciclovias-representam-apenas-1-da-malha-viaria-das-capitais-no-pais.html" target="_blank">reportagem</a> do G1, Maceió possuía, em março deste ano, 30 km de ciclovias, o que coloca a cidade na 9ª posição entre as capitais brasileiras. Como esse valor não diz onde estão localizadas as ciclovias (que em Maceió se concentram na orla marítima, destinadas ao lazer) e nem a relação com o tamanho da malha viária ou da população, foram calculadas também essas relações:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-iX332jQ7k2w/U-GDg7qWdxI/AAAAAAAAD3w/2MIxa7voLzg/s1600/G1_ciclovias.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-iX332jQ7k2w/U-GDg7qWdxI/AAAAAAAAD3w/2MIxa7voLzg/s1600/G1_ciclovias.jpg" height="400" width="283" /></a></div>
<br />
Se considerarmos o percentual que as ciclovias correspondem ao total da malha viária da cidade, Maceió cai para a 12ª posição entre as capitais, com apenas 1% de sua malha viária destinada às bicicletas. Se relacionarmos com a população, Maceió fica na 10ª posição entre as capitais.<br />
<br />
Como as capitais brasileiras também não podem ser usadas como exemplo para aquilo que se deseja de uma cidade amiga da bicicleta, fomos buscar exemplos de outras cidades do Brasil e do mundo, famosas por inserirem cada vez mais a bicicleta no trânsito.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-CGyBCniOBW0/U-GUpcPHrhI/AAAAAAAAD6M/ni461PezNcU/s1600/ciclovias_cidades_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-CGyBCniOBW0/U-GUpcPHrhI/AAAAAAAAD6M/ni461PezNcU/s1600/ciclovias_cidades_.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Como não temos acesso ao total da malha viária de cada cidade, fizemos a comparação com o número de habitantes de cada uma, que pode ser facilmente encontrado na internet. Da tabela acima, concluímos que quanto maior for a malha cicloviária da cidade, menor será a relação habitantes/km. Desses números, podemos concluir que, para Maceió chegar a alcançar o padrão de cidades como Amsterdã, Berlim, Copenhague, Paris, Portland ou Sorocaba, teria que ter de 200 a 500 km de malha cicloviária. Se hoje temos 30 km e a Prefeitura de Maceió pretende construir 11 km em 4 anos, agora temos parâmetros para avaliar se é suficiente, se é muito ou se é pouco.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Se mantivermos essa média nas próximas gestões (11 km em 4 anos), alcançaremos os 200 km apenas no ano 2076 e os 500 km apenas no ano 2184, considerando que a população manter-se-á estável. <br />
<br />
Incluímos também a cidade de São Paulo porque, em junho deste ano, o prefeito Fernando Haddad <a href="http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/06/sp-ira-implantar-400-km-de-ciclovia-ao-custo-de-r-80-milhoes.html" target="_blank">anunciou</a> a construção de 400 km de ciclovias até o final de 2015. Se mantiver esse ritmo, de 400 km a cada 18 meses, São Paulo alcançará os padrões das cidades mencionadas entre os anos de 2023 e 2036, um horizonte bem mais próximo que o planejado para Maceió.<br />
<br />
Provavelmente alguém vai dizer que não há como comparar a riqueza da cidade de São Paulo com o orçamento de Maceió, que tem cerca de 70 % proveniente de transferências. Mas justamente por nossos recursos serem mais escassos é que deveríamos usá-los com mais racionalidade. Apresentamos, na audiência, a rubrica 1183, do PPA 2014-2017, que trata da “construção de viaduto no Bom Parto e urbanização no entorno” e tem um montante de R$ 27,5 milhões para 4 anos. Ou mesmo a rubrica 1181, que trata da “urbanização na orla de Cruz das Almas, Jacarecica e intervenções viárias em vias do entorno” e tem um montante de R$ 68,6 milhões em 4 anos.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_RUlPw0xWGA/U-GDiGGRSdI/AAAAAAAAD38/Gdu2WNWdIFU/s1600/1181-1183.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-_RUlPw0xWGA/U-GDiGGRSdI/AAAAAAAAD38/Gdu2WNWdIFU/s1600/1181-1183.jpg" height="213" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Anexo V do Plano Plurianual 2014-2017 </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">(clique <a href="http://www.sempla.maceio.al.gov.br/sempla/dpo/ppa/2014_2017/Anexo%20V.pdf" target="_blank">aqui</a> para ver o documento completo)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Somadas, as duas obras têm um montante de quase R$ 100 milhões em 4 anos. Com esse valor, Maceió conseguiria atingir a meta de 500 km de ciclovia até o ano 2017. Ou seja, não apenas seus bisnetos poderiam ter uma cidade amiga da bicicleta, como você mesmo.<br />
<br />
Durante a audiência, fomos questionados pelo Sr. Fernando Lima, líder comunitário do bairro do Bom Parto, por termos apontado os R$ 27,5 milhões que serão destinados ao seu bairro como um recurso que poderia ter sido direcionado às ciclovias. Segundo ele, não estaríamos observando o ganho social da obra do viaduto, mas apenas seu custo financeiro.<br />
<br />
Em particular, explicamos a ele que não queremos questionar qualquer investimento que seja feito no bairro do Bom Parto, que todos sabemos ser carente de infraestrutura. Nosso questionamento é direcionado pontualmente à obra do viaduto, que já vem prometida desde a gestão do prefeito Cícero Almeida. <br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-5uIiZ1NKeaU/U-GDonjA20I/AAAAAAAAD48/WQfwbd27mUs/s1600/ojornal.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-5uIiZ1NKeaU/U-GDonjA20I/AAAAAAAAD48/WQfwbd27mUs/s1600/ojornal.jpg" height="251" width="400" /></a></div>
<br />
Já está mais do que provado que viadutos não melhoram o trânsito, apenas desafogam num cruzamento e permitem que os motoristas cheguem mais rápido ao próximo congestionamento. São obras de grande visibilidade e que ainda estão no imaginário da população como “a solução para o trânsito da cidade”. Cidades que construíram viadutos já os estão <a href="http://vimeo.com/11910299#at=0" target="_blank">demolindo</a> para trazer vida de volta às pessoas, devido à degradação que os viadutos provocam no seu entorno.<br />
<br />
Em sendo uma obra destinada exclusivamente à melhoria da circulação de automóveis, contraria o Plano Diretor de Maceió (<a href="http://sempla.maceio.al.gov.br/sempla/dpu/PLANO%20DIRETOR_MAPAS%20A3/PLANO%20DIRETOR%202006_AT3.pdf" target="_blank">lei municipal 5.486/2005</a>), que diz em seu artigo 79, II:<br />
<br />
<i>"Art. 79. São diretrizes gerais para implementação da mobilidade no Município de Maceió:<br />(...)<br />II – prioridade aos pedestres, ao transporte coletivo e de massa e ao uso de bicicletas, não estimulando o uso de veículo motorizado particular;"</i> <br />
<br />
E quando é colocado no orçamento municipal que a rubrica é destinada à “<u>construção de viaduto</u> e <u>urbanização no entorno</u>” é apenas uma maneira de legitimar a construção do viaduto tendo o apoio da comunidade do entorno.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-BtliK5kMAVw/U-GDpu2CdaI/AAAAAAAAD5A/eQ2yx7jDins/s1600/viadutos.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-BtliK5kMAVw/U-GDpu2CdaI/AAAAAAAAD5A/eQ2yx7jDins/s1600/viadutos.jpg" height="303" width="400" /></a></div>
<br />
Quanto à urbanização de Cruz das Almas e Jacarecica, onde a Prefeitura de Maceió pretende gastar 30 vezes mais do que gastará com a construção de ciclovias em toda a cidade, quem será beneficiado? A população da cidade como um todo ou o mercado imobiliário, que já saturou o bairro de Ponta Verde com edifícios, vem saturando o bairro de Jatiúca e vê Cruz das Almas e Jacarecica como um filão para expandir seus negócios?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-pRry71ka34w/VDg1UI6lIaI/AAAAAAAAEAI/n1UljjV3eAI/s1600/maricato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-pRry71ka34w/VDg1UI6lIaI/AAAAAAAAEAI/n1UljjV3eAI/s1600/maricato.jpg" height="292" width="400" /></a></div>
<br />
É justo que recursos públicos sejam utilizados nos bairros de Cruz das Almas e Jacarecica para favorecer empresas privadas do setor de imóveis, enquanto ciclistas continuam a morrer atropelados por toda a cidade? Por mais que a Prefeitura, em seu discurso, diga que pretende estimular o uso da bicicleta e do transporte coletivo, é através do orçamento municipal que podemos perceber onde estão as verdadeiras prioridades.<br />
</div>
<div style="text-align: center;">
________________________________________________</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Veja também:<br />
<br />
- <a href="http://www.maceio.al.gov.br/sempla/noticias/loa-2015-primeira-audiencia-publica-acontece-nesta-terca-feira/" target="_blank">LOA 2015: primeira audiência pública é transmitida ao vivo</a><br />
<br />
- <a href="http://www.alagoastempo.com.br/noticia/61270/politica/2014/08/05/loa-2015-prefeitura-realiza-primeira-audiencia-publica.html" target="_blank">LOA 2015: Prefeitura realiza primeira Audiência Pública</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/05/o-espraiamento-de-maceio.html" target="_blank">O espraiamento de Maceió</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/04/como-politica-mata-ciclistas.html" target="_blank">Como a política mata ciclistas</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/06/ideias-equivocadas.html" target="_blank">Ideias equivocadas</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-81088838126460064482014-08-01T21:08:00.000-07:002014-08-01T21:22:45.324-07:00As cidades não se comunicam com os pedestres<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-haMAI7B2h2c/U9xmOndqAPI/AAAAAAAAD2Y/keR4Mt5whKM/s1600/62929490-5cfb-4e14-b08a-8cd77523f80f.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-haMAI7B2h2c/U9xmOndqAPI/AAAAAAAAD2Y/keR4Mt5whKM/s1600/62929490-5cfb-4e14-b08a-8cd77523f80f.jpeg" height="265" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Foto: Luiz Augusto Lucas/SMCS </span></div>
<br />
<span style="font-size: large;">Diante de ruas que só falam aos carros, campanha pede que autoridades pensem em sinalizações para os não motorizados</span><br />
<span style="font-size: x-small;"> </span><br />
<span style="font-size: x-small;">por Reinaldo Canto — publicado em 01/08/2014 às 18h30</span><br />
<br />
O leitor já deve ter se deparado com a seguinte situação ao caminhar por ruas e avenidas de qualquer cidade brasileira: você precisa chegar a algum lugar, um determinado endereço que sabe estar próximo. Procura uma placa de sinalização, muitas vezes inexistente, mas ao finalmente encontrá-la, ela aponta um caminho, mas... que caminho?<br />
<br />
Você sabe que essa localidade está à sua esquerda, mas a placa aponta a necessidade de pegar a direita e fazer uma conversão mais à frente. Se você está a pé, que sentido faz isso? Nenhum, claro. O que acontece é que essa sinalização não “fala” com o pedestre. Ela se dirige, exclusivamente, aos seres devidamente motorizados.<br />
<br />
Esse não é um caso isolado. Cerca de 90% de toda a sinalização existente em nossas cidades são dirigidas para motoristas, ou seja, para um público que, nem ao menos representa a maioria dos deslocamentos nas cidades.<br />
<br />
Uma recente pesquisa divulgada pelo Datafolha em São Paulo constatou que o ônibus é o principal meio de transporte diário das pessoas, com 79% das respostas. Em seguida vem o metrô, com 39%, e só em terceiro lugar aparecem os carros, com 17%, um pouco à frente dos usuários de vans, lotações e peruas, com 13%. Ainda segundo a pesquisa, 7% dos entrevistados disseram andar apenas a pé.<br />
<br />
Uma campanha do portal Mobilize especializada em mobilidade urbana e denominada <a href="http://www.mobilize.org.br/campanhas/sinalize" target="_blank">Sinalize</a> quer contribuir para mudar essa realidade.<br />
<br />
Para os organizadores do movimento, o objetivo não é “encher as cidades de placas” que, obviamente, contribuiriam para uma enorme poluição visual, mas buscar melhor interação e conforto para pedestres, ciclistas e usuários de transporte público.<br />
<br />
Aliás, outra questão apontada pelo Mobilize é exatamente a atenção que se dá aos passageiros de ônibus que, em geral, é nenhuma! Basta estar em algum ponto de ônibus e tentar descobrir quais linhas passam por ali, os respectivos itinerários e indicação de locais de interesse como hospitais, serviços públicos diversos e pontos turísticos.<br />
<br />
Também de modo geral os ciclistas não são contemplados com placas específicas para esses usuários, com exceção a locais perigosos nos quais os riscos de acidentes são enormes.<br />
<br />
Os cuidados, então, com a segurança dos deficientes visuais, como a instalação de sinais sonoros, é praticamente inexistente. Fato que prejudica demais a mobilidade e a independência colocando em risco a própria integridade física dessas pessoas.<br />
<br />
Várias cidades do mundo, como Londres, Nova York e Paris, já possuem uma série de sinalizações positivas que contribuem para melhorar e facilitar a vida das pessoas. São totens estrategicamente localizados, mapas e indicações de pontos de interesse que ajudam muito os pedestres a se movimentar com rapidez e segurança nessas metrópoles.<br />
<br />
No Brasil temos um longo caminho pela frente e muitos desafios. São inúmeras as ações necessárias para tornar uma cidade mais humana, amigável e próxima dos cidadãos. E, sem dúvida, aquelas que levem a inclusão e o respeito contribuem muito para uma vida mais feliz e equilibrada.<br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/sem-placas-as-cidades-nao-se-comunicam-com-os-pedestres-5343.html" target="_blank">Carta Capital | Opinião</a><br />
<br />
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-58828853069292936042014-07-25T21:03:00.003-07:002014-08-01T23:14:35.508-07:0074ª Bicicletada de Maceió<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-3HeagWfq9g0/U9yBhx7PesI/AAAAAAAAD3g/REfMFCHPueg/s1600/SAM_0306.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-3HeagWfq9g0/U9yBhx7PesI/AAAAAAAAD3g/REfMFCHPueg/s1600/SAM_0306.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Aconteceu, na noite de hoje (25), a 74ª edição da Bicicletada de Maceió. A Bicicletada tem crescido significativamente, nas últimas edições, com chegada de novos participantes, com a participação dos mensageiros do <a href="https://www.facebook.com/EcourierMaceio" target="_blank">Ecourier</a> e de uma turma que vem do bairro do Vergel do Lago.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-saEJFapaDA8/U9x6C6hlRWI/AAAAAAAAD2o/f53ecI8Rmto/s1600/SAM_0309.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-saEJFapaDA8/U9x6C6hlRWI/AAAAAAAAD2o/f53ecI8Rmto/s1600/SAM_0309.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
Saímos por volta das 19h, do nosso tradicional ponto de encontro, em cima do viaduto Aprígio Vilela, no Farol, e seguimos pela Av. Fernandes Lima.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-isNgE4FN0e0/U9x6DVNY7gI/AAAAAAAAD2w/qe-JIfjZo9o/s1600/SAM_0315.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-isNgE4FN0e0/U9x6DVNY7gI/AAAAAAAAD2w/qe-JIfjZo9o/s1600/SAM_0315.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
Com o trânsito um pouco congestionado para os carros, seguimos pela faixa dos ônibus (popularmente chamada de Faixa Azul), conforme <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/7-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">recomendação</a> da SMTT, do compartilhamento dessa faixa entre ônibus e bicicletas.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/ada_qJzsEBU" width="459"></iframe>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Apesar dos <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/04/as-bicicletas-e-faixa-azul.html" target="_blank">conflitos</a> cotidianos envolvendo motoristas de ônibus e taxistas que não aceitam a presença de bicicletas na Faixa Azul, talvez por não terem passado pelo <a href="http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2014/02/25/290301/motoristas-de-onibus-fazem-curso-para-aprender-a-dividir-faixa-com-ciclista" target="_blank">treinamento</a> realizado por André Pasqualini, o motorista do ônibus 5409, da empresa Cidade de Maceió, foi bastante gentil conosco. Manteve uma distância segura, não buzinou e ainda fez um “legalzinho” quando paramos no semáforo à sua frente.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-f4_lxdNPaTY/U9x6EmT7iGI/AAAAAAAAD3A/3FCQWfAJDvU/s1600/SAM_0323.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-f4_lxdNPaTY/U9x6EmT7iGI/AAAAAAAAD3A/3FCQWfAJDvU/s1600/SAM_0323.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Da Fernandes Lima, seguimos para a rua Camaragibe, passando pelo bairro do Ouro Preto e chegando à Av. Menino Marcelo. Fizemos uma breve parada no posto de gasolina da entrada do Conj. José Tenório...</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-eoU8vZgIRAM/U9x6FSbWNnI/AAAAAAAAD3E/5WF9ULDzfOc/s1600/SAM_0328.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-eoU8vZgIRAM/U9x6FSbWNnI/AAAAAAAAD3E/5WF9ULDzfOc/s1600/SAM_0328.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
... retornamos pelo Murilópolis e novamente pela Av. Fernandes Lima, até chegar ao ponto de saída, em cima do viaduto Aprígio Vilela, no Farol.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-kOBRS5WYE_g/U9x6GKWjqnI/AAAAAAAAD3Q/82oWzJtxqCI/s1600/SAM_0334.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-kOBRS5WYE_g/U9x6GKWjqnI/AAAAAAAAD3Q/82oWzJtxqCI/s1600/SAM_0334.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, no retorno pela Fernandes Lima, não tivemos a mesma tranquilidade da ida. Com o trânsito bastante livre, por volta das 20h30, diversos ônibus passaram bem próximos de nós em altíssima velocidade (descumprindo o art. 220, XIII, do <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm" target="_blank">Código de Trânsito Brasileiro</a>). Outros, assim que nos passavam buzinando, jogavam o ônibus bruscamente para a Faixa Azul, quase batendo a traseira da carroceria nas bicicletas, talvez tentando nos dizer algo (que não deveríamos estar ali), à sua maneira de se expressar: com buzinas e fechadas. Lamentável ver toda essa violência depois da cordialidade do motorista do ônibus 5409, da empresa Cidade de Maceió.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-28395189710081429522014-07-06T17:58:00.001-07:002014-07-06T19:36:54.574-07:00O desinteresse americano por shoppings<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Desde 1990, os grandes centros comerciais vêm decaindo e 2007 foi o primeiro ano, em mais de 4 décadas, em que nenhum foi aberto</span></div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Por James Greiff - Bloomberg / Reuters</div>
<div style="text-align: justify;">
Tradução de Terezinha Martino </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na semana passada o Slate publicou fotos de enormes shopping centers decadentes, vazios, que fazem parte de um novo livro, Autópsia da América.</div>
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<br /></div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
As imagens são impressionantes e o momento não podia ser melhor. Os grandes centros comerciais erigidos nas áreas suburbanas e hoje abandonados estão na moda. Um grupo do Facebook, <a href="https://www.facebook.com/groups/DeadMallEnthusiasts/" target="_blank">The Dead Malls Enthusiasts</a> (Os entusiastas dos centros comerciais defuntos) conta com 14.000 membros. Uma pesquisa no Google sobre os “dead malls” (centros comerciais mortos) produz 5,7 milhões de resultados. E os interiores desolados dessas mecas do varejo continuam a aparecer nos thrillers e filmes de terror.<br />
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-NRY8D6QuLc4/U7nnY3lfb4I/AAAAAAAAD2I/vAFnP4OH6Bg/s1600/L218CF350F8634CD9906558E7D1F59312.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-NRY8D6QuLc4/U7nnY3lfb4I/AAAAAAAAD2I/vAFnP4OH6Bg/s1600/L218CF350F8634CD9906558E7D1F59312.jpg" height="179" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Shopping em Ohio, o terceiro Estado a ter o maior número de centros comerciais abandonados<br />(<a href="http://www.deadmalls.com/">Deadmalls.com</a>/Divulgação)</span></div>
<br />
As fotos chamam a atenção para algumas mudanças fundamentais da América suburbana e da experiência do varejo, embora os urbanistas que esperam que esses shoppings esvaziados contribuam para a revitalização do centro da cidade possam se decepcionar. A realidade é mais complexa.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns aspectos devem ser levados em consideração. Uma raça em extinção: o que alguns escritores costumam chamar de “centro comercial” acabou. Tente encontrar alguém pensando em abrir um novo shopping center regional, esses edifícios com mais de 100 lojas circundados por uma enorme área de estacionamento. Desde 1990, quando um espaço de compras de 1,489 milhão de metros quadrados foi aberto, os centros vêm decaindo e 2007 foi o primeiro ano em mais de quatro décadas em que nenhum shopping foi inaugurado nos EUA. Apenas um foi aberto desde então, em 2012. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
As modalidades de desenvolvimento urbano menos sustentáveis do passado — centros comerciais, parques empresariais e avenidas de comércio — vêm sendo cada vez mais reformuladas dando lugar a espaços mais urbanos e sustentáveis, com prédios e espaços que fomentam a colaboração comunitária, a diversidade e reduzem o tráfego.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Há apenas um problema. Os shoppings em decadência estão localizados em áreas onde toda a economia local está em frangalhos, o que torna difícil ver como o varejo urbano se beneficiará. Na verdade, alguns desses shoppings defuntos estão no centro de cidades que adotaram o modelo de shopping suburbano tentando em vão trazer as pessoas de volta para o centro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Isso fica claro apenas ao olhar a lista dos centros de compras abandonados ou em vias de fechar por Estado, listados no website deadmalls.com. Nova York lidera com 42 locais, quase todos eles ao norte do Estado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Não é coincidência o fato de que 5 das 10 áreas metropolitanas com crescimento mais lento, citadas num recente estudo encomendado pela Conference of Mayors dos Estados Unidos, estão ao norte do Estado de Nova York. A Pensilvânia é a próxima da lista de centros em extinção, com 28. Illinois e Ohio empatam, com 27.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<b>Compras online.</b> Uma fator óbvio. A internet está fazendo com os shoppings o que eles fizeram com os centros das cidades. Tudo o que a J.C.Penney — clássica rede de lojas — vende, a Amazon.com oferece por um preço menor. A Amazon também se dá ao luxo de ter acionistas muito pacientes que não exigem lucros imediatos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Compra online é uma força que poucas lojas convencionais conseguiram vencer. Desde 1999, quando as vendas pela internet eram insignificantes, o comércio eletrônico disparou. No primeiro trimestre de 2014, elas alcançaram US$ 71 bilhões, uma taxa anual de quase US$ 300 bilhões por ano, o equivalente a mais de 6% do total das despesas do varejo nos Estados Unidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O envolvimento com a comunidade dos adolescentes e jovens, tendo uma vida social nos shoppings também mudou, em parte, pela mídia social.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
As compras online e a negligência local ajudam a explicar por que a frequência nas lojas declinou tanto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Os centros de compras ainda vêm conseguindo algumas isenções fiscais. No ano passado, o Legislativo de Minnesota aprovou a quantia de US$ 250 milhões em benefícios fiscais a serem aplicados na duplicação do segundo maior centro de compras do país, o Mall of America.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O dinheiro veio de um fundo criado para reduzir as disparidades econômicas entre áreas ricas e pobres. Por outro lado, New Jersey injetou US$ 390 milhões num projeto de shopping center nas Meadowlands, conhecido como Xanadu, que deveria ser aberto em 2006. Os incorporadores esperam inaugurá-lo em 2016 com um novo nome: American Dream.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<b>Maior do mundo. </b>Dubai está lançando um projeto para construir um distrito de entretenimento e hotelaria que vai incluir o maior shopping center do mundo, afirmou no sábado, o governante do emirado, xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum.</div>
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<br />
Os planos para o projeto “Shopping do Mundo” foram originalmente revelados 18 meses atrás, ajudando a disparar um forte rali nos mercados imobiliários e de ações de Dubai. O anúncio deste sábado parece indicar que o trabalho no projeto poderá começar agora.<br />
<br />
A última versão dos planos inclui a construção de um shopping com 743 mil metros quadrados, conectado a um parque de diversões, cinemas, instalações para turismo de saúde e 100 hotéis e prédios de apartamentos com 20 mil quartos. O complexo poderá abrigar por ano 180 milhões de visitantes, pouco menos que a população brasileira.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Dubai ainda está se recuperando da crise de dívida de 2009 e o Fundo Monetário Internacional alertou que uma série de projetos imobiliários pode levar a uma nova bolha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fonte: <a href="http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-desinteresse-americano-por-shoppings,1524197" target="_blank">Estadão</a></div>
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</div>
<div style="text-align: center;">
__________________________________________________</div>
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</div>
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</div>
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<br /></div>
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Veja também:</div>
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</div>
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- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/10/chega-de-shopping.html" target="_blank">Chega de shopping!</a> (por Raquel Rolnik)<br />
<br />
- <a href="https://dl.dropboxusercontent.com/u/105321999/Os_shopping-centers_Cristovao_Fernandes_Duarte.pdf" target="_blank">Os shopping-centers</a> (por Cristóvão Fernandes Duarte)<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/10/pedalar-caminhada-mais-dinheiro-gasto.html" target="_blank">Pedalar + caminhada = mais dinheiro gasto no comércio local</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/06/ciclofaixas-e-ciclovias-aumentam-as.html" target="_blank">Ciclofaixas e ciclovias aumentam as vendas do comércio local</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/10/cidade-das-curtas-viagens.html" target="_blank">A Cidade das Curtas Viagens</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/10/as-criancas-e-cidade.html" target="_blank">As crianças e a cidade</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/06/sociedade-do-automovel_12.html" target="_blank">Sociedade do Automóvel</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2014/05/o-espraiamento-de-maceio.html" target="_blank">O espraiamento de Maceió</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/66-bicicletada-de-maceio.html" target="_blank">66ª Bicicletada de Maceió</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2011/02/quem-se-incomoda.html" target="_blank">Quem se incomoda?</a><br />
<br />
- Documentário: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=UHJmUPeDYdg" target="_blank">Hiato</a><br />
<br />
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-4229633729103126502014-06-28T21:08:00.001-07:002014-06-29T12:16:59.693-07:0073ª Bicicletada de Maceió<div style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/1Oz37cEMvp8" width="459"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Matéria da TV Gazeta de Alagoas, exibida em 28/06/2014</span></div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
O video acima resume como foi a 73ª edição da Bicicletada de Maceió, quando comemoramos nosso 6º aniversário. Nós nos reunimos na noite da última sexta-feira (27), no tradicional ponto de encontro da Bicicletada, em cima do viaduto Aprígio Vilela, no Farol, às 18h. Por volta das 19h, seguimos em direção à Av. Josefa de Melo, inaugurada na semana passada, no dia 18/06/2014, com o intuito de realizar uma vistoria nas condições da ciclovia daquela avenida, semelhante ao que fizemos em <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/03/46-bicicletada-de-maceio.html" target="_blank">2012</a>, quando da inauguração da Av. Márcio Canuto.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-77cEF3fxRlI/U6_JnZxTDYI/AAAAAAAAD0Y/kaUu7s3BRWE/s1600/fernandes_lima.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-77cEF3fxRlI/U6_JnZxTDYI/AAAAAAAAD0Y/kaUu7s3BRWE/s1600/fernandes_lima.jpg" height="98" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Percurso realizado pela Av. Fernandes Lima (clique para ampliar)</span></div>
<br />
Seguimos pela Av. Fernandes Lima, ocupando a Faixa Azul, compartilhando-a com os ônibus, como foi <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/7-reuniao-do-conselho-municipal-de.html" target="_blank">recomendado</a> pela SMTT em novembro de 2013, temporariamente, enquanto não se constrói uma ciclovia no canteiro central, que já vem <a href="https://www.youtube.com/watch?v=sT1dHAhF9Oo" target="_blank">prometida</a> desde 2010. Como de costume, fomos espremidos na sarjeta pelo motorista do carro 1198, da empresa Real Alagoas, que decidiu nos ultrapassar mesmo desrespeitando o art. 201 do Código de Trânsito Brasileiro.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Dc9EWC63luk/U6_Ju-_bwWI/AAAAAAAAD08/CIhb2erYFkg/s1600/marcio_canuto.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-Dc9EWC63luk/U6_Ju-_bwWI/AAAAAAAAD08/CIhb2erYFkg/s1600/marcio_canuto.jpg" height="185" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Ausência de sinalização da ciclovia da Av. Márcio Canuto em cruzamento com rua transversal / Página 50 do <a href="http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/MANUAL_HORIZONTAL_RESOLUCAO_236.pdf" target="_blank">Manual de Sinalização Horizontal do Denatran</a> (clique para ampliar)</span></div>
<br />
Passamos pela Av. Márcio Canuto e constatamos que as falhas que identificamos na sinalização em <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/03/46-bicicletada-de-maceio.html" target="_blank">2012</a> continuam inalteradas. Ao final da ciclovia da Av. Márcio Canuto, para acessar a ciclovia da Av. Josefa de Melo, diferente dos carros, que têm um <a href="http://youtu.be/tzmzD6LWmGE?t=12s" target="_blank">túnel</a> que os leva diretamente para a outra avenida, tivemos que atravessar a Av. Juca Sampaio com a travessia denominada de “suástica” por Daniel Guth, no <a href="http://www.greenpeace.org.br/seminario_transportes_2014/" target="_blank">seminário</a> “Transporte e mobilidade urbana no Brasil: desafios e oportunidades”, realizado em São Paulo, durante todo o dia de ontem, pelo Greenpeace.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-AhD8h_aYxm0/U6_J0dnWeWI/AAAAAAAAD1Y/bqVKxrJZ9_U/s1600/travessia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-AhD8h_aYxm0/U6_J0dnWeWI/AAAAAAAAD1Y/bqVKxrJZ9_U/s1600/travessia.jpg" height="98" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Travessia da ciclovia da Av. Márcio Canuto para a ciclovia da Av. Josefa de Melo (clique para ampliar)</span></div>
<br />
Em abril de 2013, fomos convidados para uma <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/04/reuniao-na-sempla.html" target="_blank">reunião</a> e <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/04/2-reuniao-na-sempla.html" target="_blank">outra</a>, na Secretaria Municipal de Planejamento, para discutir a conexão entre as ciclovias das avenidas Josefa de Melo e Márcio Canuto e a ciclofaixa da Av. Juca Sampaio. Uma terceira reunião tinha sido agendada para 09/05/2013 e fomos comunicados na véspera sobre o adiamento da mesma. Desde então, não fomos convidados novamente e a obra foi finalizada e inaugurada sem que a solução que discutimos na primeira reunião fosse aplicada.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/--xGSxAtESOw/U6_JzSIQFAI/AAAAAAAAD1Q/2UZtnOVgkXU/s1600/tuneis.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/--xGSxAtESOw/U6_JzSIQFAI/AAAAAAAAD1Q/2UZtnOVgkXU/s1600/tuneis.jpg" height="151" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Exemplos de passagens para ciclistas em túneis (clique para ampliar)</span></div>
<br />
No vídeo da matéria da TV Gazeta que postamos não aparece, mas após a matéria foi dito que a SMTT justificou a ausência de conexão entre as três estruturas cicloviárias pela razão de “não poder construir ciclovias em viadutos”, o que se comprova, com as imagens acima, como uma inverdade, caso a SMTT pretendesse fazer a passagem de ciclistas por baixo da Av. Juca Sampaio. Porém, essa possibilidade sequer chegou a ser discutida nas reuniões que tivemos com a Prefeitura. O que se buscava era uma conexão na Av. Juca Sampaio que privilegiasse pedestres e ciclistas, como no caso holandês do vídeo abaixo ou <a href="http://www.youtube.com/watch?v=wEXD0guLQY0" target="_blank">este</a> e <a href="http://www.youtube.com/watch?v=KkPbTvJZFSI" target="_blank">este</a> outro de uma rotunda no mesmo país. Contudo, mais uma vez, a Prefeitura de Maceió optou por privilegiar os automóveis, em detrimento aos pedestres e ciclistas.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/fQdwlNkirKg" width="459"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Exemplo de travessia para pedestres e ciclistas em Amsterdã, na Holanda</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A ciclovia construída é bidirecional e tem 3 metros de largura, o que é bastante satisfatório. O secretário municipal de infraestrutura, Sr. Roberto Fernandes, afirmou em entrevista ao site <a href="http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2014/06/10/302081/avenida-que-liga-cruz-das-almas-e-barro-duro-e-inaugurada-dia-18" target="_blank">TNH</a> que a mesma seguiria os “padrões europeus”. Contudo, talvez o secretário não saiba que não se usa mais construir ciclovias rebaixadas em relação ao passeio público, pelo fato de acumular água durante e após chuvas. O que se faz, atualmente, é nivelar a ciclovia com o passeio público e aplicar sinalização horizontal ou revestimento diferente do espaço dos pedestres.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-LVN-APLbWsQ/U6_JukTzkvI/AAAAAAAAD04/bhaR8snyub4/s1600/maceio_munique.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-LVN-APLbWsQ/U6_JukTzkvI/AAAAAAAAD04/bhaR8snyub4/s1600/maceio_munique.jpg" height="150" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">À esquerda, visão geral da ciclovia da Av. Josefa de Melo / À direita, exemplo de ciclovia em Munique, na Alemanha (clique para ampliar)</span> </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continuando nossa vistoria, constatamos que, com apenas dez dias de inaugurada a avenida, a faixa de pedestre já está se desprendendo e esfarelando. Registramos também um carro estacionado e outro manobrando sobre a ciclovia, provavelmente por não haver, naquele local, sinalização horizontal e vertical que indiquem que aquele espaço é destinado às bicicletas, ou mesmo barreiras físicas que impeçam os motoristas de invadirem a ciclofaixa, como é comum acontecer na Av. Márcio Canuto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-mQw5Nhr999c/U6_JpcqjfII/AAAAAAAAD0k/mxa_PtnxhU0/s1600/faixa_de_pedestre.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-mQw5Nhr999c/U6_JpcqjfII/AAAAAAAAD0k/mxa_PtnxhU0/s1600/faixa_de_pedestre.jpg" height="148" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Faixa de pedestre se desprendendo e esfarelando (clique para ampliar)</span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-UTuM_JF5lBQ/U6_J17pLsuI/AAAAAAAAD1g/UjxhhBAWEuU/s1600/veiculos_na_ciclovia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-UTuM_JF5lBQ/U6_J17pLsuI/AAAAAAAAD1g/UjxhhBAWEuU/s1600/veiculos_na_ciclovia.jpg" height="148" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Flagrantes de veículos na ciclovia da Av. Josefa de Melo (clique para ampliar)</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-utx-77-TLA0/U7BBucSEyQI/AAAAAAAAD14/AEshqYnSJWU/s1600/carro_ciclovia_marcio_canuto_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-utx-77-TLA0/U7BBucSEyQI/AAAAAAAAD14/AEshqYnSJWU/s1600/carro_ciclovia_marcio_canuto_.jpg" height="160" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Flagrantes de veículos invadindo a ciclovia da Av. Márcio Canuto (clique para ampliar)</span></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Constatamos o mesmo problema que apontamos na Av. Márcio Canuto em <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/03/46-bicicletada-de-maceio.html" target="_blank">2012</a>: quando a ciclovia cruza vias transversais que chegam à Av. Josefa de Melo, não há sinalização horizontal e vertical que indique a preferência da bicicleta. Ao final da matéria da TV Gazeta, também foi dito que a SMTT ainda complementará a sinalização que ficou faltando, o que não podemos acreditar, tendo em vista o caso da Av. Márcio Canuto, que perdura de 2012 até hoje.</div>
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<br /></div>
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-KmDqRsnrxlY/U6_JrqOk-yI/AAAAAAAAD0w/ajTxn4CH18k/s1600/josefa_de_melo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-KmDqRsnrxlY/U6_JrqOk-yI/AAAAAAAAD0w/ajTxn4CH18k/s1600/josefa_de_melo.jpg" height="112" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Ausência de sinalização da ciclovia da Av. Josefa de Melo em cruzamento com rua transversal / Página 50 do <a href="http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/MANUAL_HORIZONTAL_RESOLUCAO_236.pdf" target="_blank">Manual de Sinalização Horizontal do Denatran</a> (clique para ampliar)</span></div>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É escassa a sinalização vertical indicativa de via exclusiva para bicicletas e praticamente inexiste a sinalização horizontal. Também não há sinalização semafórica quando há travessia de pedestres pela ciclovia. A ausência de sinalização semafórica direcionada às bicicletas provocou a <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/04/47-bicicletada-de-maceio.html" target="_blank">morte</a> do Sr. José Afrânio Filho, em abril de 2012.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-HtwELp99yjk/U6_Jx9b6i5I/AAAAAAAAD1I/hOcZOv126Uo/s1600/sinalizacao.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-HtwELp99yjk/U6_Jx9b6i5I/AAAAAAAAD1I/hOcZOv126Uo/s1600/sinalizacao.jpg" height="98" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Escassez de sinalização vertical e ausência de sinalização horizontal e semafórica<br />(clique para ampliar)</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao chegarmos ao bairro de Cruz das Almas, encontramos a <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/11/66-bicicletada-de-maceio.html" target="_blank">ciclovia</a> que foi feita quando da construção do Parque Shopping. Também não há conexão entre as duas ciclovias e a travessia é feita na sorte, pois sequer existe faixa de pedestre. Quando esta ciclovia cruza um semáforo, não há sinalização horizontal da passagem da ciclovia, apenas a retenção dos carros estranhamente pintada no meio da ciclovia. Mais adiante, na entrada do Shopping Center, há faixa de pedestre, mas não há sinalização da travessia da ciclovia.</div>
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</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-hsTZHnfcBQY/U6_JpRl5hNI/AAAAAAAAD0g/50j-pu4KGT4/s1600/ciclovia_shopping.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-hsTZHnfcBQY/U6_JpRl5hNI/AAAAAAAAD0g/50j-pu4KGT4/s1600/ciclovia_shopping.jpg" height="98" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">À esquerda, conexão da ciclovia da Av. Josefa de Melo com a ciclovia quem passa em frente ao Parque Shopping / No meio, ausência de sinalização horizontal de passagem da ciclovia e retenção dos veículos no meio da ciclovia / À direita, ausência de sinalização horizontal de passagem da ciclovia (clique para ampliar)</span></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguimos pela Av. Gustavo Paiva, passamos embaixo do viaduto do bairro de Mangabeiras, onde há alguns metros de uma ciclovia que termina de maneira absurda de frente com o fluxo de carros que passa por uma estreita rua local e, para terminar a noite, paramos numa lanchonete no bairro de Jatiúca para repor as energias.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-uHxBWLFGH8w/U6_J5XIxlQI/AAAAAAAAD1o/KkgG-v2zjZ0/s1600/viaduto_mangabeiras_lanchonete.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-uHxBWLFGH8w/U6_J5XIxlQI/AAAAAAAAD1o/KkgG-v2zjZ0/s1600/viaduto_mangabeiras_lanchonete.jpg" height="98" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fizemos a vistoria no período noturno, mas imaginamos quão desagradável deve ser, tanto para pedestres, quanto para ciclistas, passar por essa avenida no período diurno, debaixo de sol forte, pois não há arborização para amenizar o calor da radiação solar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acreditamos que só haverá preocupação com esses detalhes da escala do ser humano (e não do automóvel) quando as pessoas que projetam e executam essas obras passarem a experimentar a cidade a pé ou de bicicleta. Enquanto pedalar e caminhar for algo fora da realidade delas, enquanto a cidade for, para elas, um mero espaço para passar, em alta velocidade, com seus carros (com ar-condicionado), elas vão acreditar que está tudo maravilhoso e não vão conseguir compreender nada do que foi exposto aqui.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
___________________________________________</div>
<br />
Veja também:<br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/04/reuniao-na-sempla.html" target="_blank">1ª Reunião na Sempla</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2013/04/2-reuniao-na-sempla.html" target="_blank">2ª Reunião na Sempla</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/03/46-bicicletada-de-maceio.html" target="_blank">46ª Bicicletada de Maceió</a><br />
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/04/47-bicicletada-de-maceio.html" target="_blank">47ª Bicicletada de Maceió</a><br />
<br />
</div>
</div>
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-25250761296999847162014-06-25T06:50:00.001-07:002014-06-25T06:51:42.067-07:00Nova York deve ter velocidade máxima reduzida para 40 km/h<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ggahQl4Jzv4/U6rTRuiUunI/AAAAAAAAD0I/aJUPGbj1CCg/s1600/limite-de-velocidade-em-ny-sera-de-40-kmh-25-milesh.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-ggahQl4Jzv4/U6rTRuiUunI/AAAAAAAAD0I/aJUPGbj1CCg/s1600/limite-de-velocidade-em-ny-sera-de-40-kmh-25-milesh.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Medida aprovada pelo prefeito de NY segue a tendência de vários países, como França e Suécia, de reduzir o limite de velocidade para evitar mortes no trânsito</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, aprovou a redução da velocidade máxima em toda a cidade para 40 km/h. A medida, anunciada na última sexta-feira (20), tem como objetivo reduzir a quantidade de acidentes de trânsito na metrópole norte-americana, conforme informado no New York Times.<br />
<br />
<b>Grandes cidades em todo o mundo têm adotado medidas parecidas, que priorizam a vida e segurança de pedestres e ciclistas. Em maio deste ano, Paris adotou os 30 km/h como limite de velocidade. De acordo com um estudo feito pelo site dinamarquês Copenhagenize, nessas circunstâncias as chances de ocorrerem acidentes fatais são de apenas 10%. Enquanto com o limite de velocidade em 50 km/h o percentual sobe para 80%.</b><br />
<br />
Assim que a mudança na legislação for aprovada pelo governador de NY, a metrópole terá 90 dias para fazer as adequações necessárias, que consistem, principalmente em trocar as sinalizações e aumentar os sistemas de fiscalização. Conforme explicado por Polly Trottenberg, responsável pela secretária de transportes de Nova York, os semáforos terão a velocidade modificada, para que o trânsito flua melhor.<br />
<br />
A medida recebeu críticas por parte do candidato Rob Astorino, da oposição. Em um vídeo divulgado na internet, ele se mostrou contra a proposta, argumentando que os constantes congestionamentos nova-iorquinos já impedem que os motoristas trafeguem em alta velocidade.<br />
<br />
A decisão do prefeito Blasio tem como objetivo extinguir as mortes no trânsito até 2024. O modelo segue uma abordagem já aplicada na Suécia. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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</div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Leia também:<br />
<br />
- <a href="http://www.mobilize.org.br/galeria-fotos/203/walknyc--sinalizacao-para-pedestres.html" target="_blank">WalkNYC - Sinalização para pedestres</a><br />
- <a href="http://www.mobilize.org.br/noticias/6310/curitiba-prepara-ruas-calma-para-pedestres-e-ciclistas.html" target="_blank">Curitiba prepara "ruas calmas" para pedestres e ciclistas </a><br />
- <a href="http://www.mobilize.org.br/noticias/6276/a-violencia-do-transito-no-brasil.html" target="_blank">A violência do trânsito no Brasil </a><br />
- <a href="http://www.mobilize.org.br/noticias/6325/prefeitura-do-recife-vai-implantar-zona-30-e-uma-nova-ciclofaixa-na-cidade.html" target="_blank">Prefeitura do Recife vai implantar Zona 30 e nova ciclofaixa na cidade</a><br />
<br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.mobilize.org.br/noticias/6561/ny-deve-ter-velocidade-maxima-reduzida-para-40-kmh.html" target="_blank">Mobilize - Mobilidade Urbana Sustentável</a></div>
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</div>
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</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-81584964080168475292014-06-15T19:21:00.004-07:002014-06-16T01:02:47.257-07:00"Potelets" para Maceió<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-l5xzmVVb2So/U55XoSGuSYI/AAAAAAAADzY/7v6NdhBO-FQ/s1600/potelets.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-l5xzmVVb2So/U55XoSGuSYI/AAAAAAAADzY/7v6NdhBO-FQ/s1600/potelets.JPG" height="267" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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</div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Em reportagem publicada no site <a href="http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2014/06/14/302376/estacionamento-em-calcadas-ja-provocou-3-mil-multas-so-em-2014" target="_blank">TNH1</a>, mostrando os inúmeros obstáculos que os pedestres encontram nas calçadas, dentre eles carros estacionados, foi dito que, apenas nos primeiros meses de 2014, a SMTT multou 3 mil carros que estavam estacionados em cima do passeio público, enquanto que em 2013 foram 3.881 multas aplicadas pelo mesmo motivo. Sem parâmetros para comparação, não temos como saber se esse número é alto ou baixo. Foram multados de 3 a 4 mil carros... Mas quantos deixaram de ser multados? Por mais que 3 ou 4 mil multas pareça ser um número alto, ao compararmos
com a frota de 150 mil carros da cidade, percebemos que não é tal alto
assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
A partir da percepção de quem costuma se deslocar a pé pelas calçadas e sempre se depara com um veículo obstruindo a passagem, as multas estão surtindo efeito? A quantidade de veículos estacionados sobre o passeio público tem diminuído? A própria reportagem mostra que não. E se alguém duvidar, recomendamos que saia a pé pelas calçadas e faça sua própria avaliação.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das soluções para diminuir o número de carros estacionados sobre o passeio público, seria aumentar o número de multas. Acreditamos que a multa deva ter um caráter didático, de ensinar ao motorista, através da punição, aquilo que ele deixou de aprender quando estudou o Código de Trânsito para realizar as provas para tirar sua carteira de habilitação:<br />
<br />
<i>"Art. 181. Estacionar o veículo:<br />(...)<br />VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público:<br />Infração - grave;<br />Penalidade - multa;<br />Medida administrativa - remoção do veículo;" </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Fonte: Código de Trânsito Brasileiro (<a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm" target="_blank">lei 9.503/97</a>)</span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando telefonamos para a SMTT, solicitando que uma viatura venha multar um carro que se encontra em cima da calçada, o(a) atendente sempre argumenta que estão atendendo outras ocorrências e que o efetivo de agentes de trânsito e viaturas é pequeno.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-5cPX7K7A7l4/U55U-XXJrHI/AAAAAAAADy8/aPRsPdt7xr0/s1600/1795268_894573983902964_8247911043649357599_o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-5cPX7K7A7l4/U55U-XXJrHI/AAAAAAAADy8/aPRsPdt7xr0/s1600/1795268_894573983902964_8247911043649357599_o.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quem quiser tirar a prova, quando encontrar um veículo sobre o passeio público, basta telefonar para (82) 3315-3590 e esperar a viatura chegar. Ela simplesmente não vai! O caso da imagem acima acontece diariamente na <a href="http://goo.gl/maps/L4T3x" target="_blank">esquina</a> da rua Deputado José Lages com a rua Lourenço Moreira da Silva, no bairro de Ponta Verde.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-LwmD9tVEHno/U55U_fUliuI/AAAAAAAADzE/YuglgBEd3wA/s1600/ATUAL-PROPOSTA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-LwmD9tVEHno/U55U_fUliuI/AAAAAAAADzE/YuglgBEd3wA/s1600/ATUAL-PROPOSTA.jpg" height="313" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre esse caso específico, já chegamos a protocolar processo na SMTT (sob o número 07100-044249/2014), com cópia para a SMCCU (sob o número 04000-043768/2014), conforme pode ser comprovado no <a href="http://www.consprot.maceio.al.gov.br/SUPConsulta/pages/LocalizarProcesso.faces" target="_blank">protocolo</a> da Prefeitura de Maceió, incluindo sugestão para disciplinamento do estacionamento de veículos, e até hoje não tivemos qualquer resposta.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando telefonamos e a SMTT diz que não tem viatura disponível para atender à ocorrência, argumentamos que a aplicação da multa trará receita para o órgão, para que ele possa comprar novas viaturas e atender melhor à população. Mas não adianta. Nenhuma viatura aparece para atender à ocorrência e os carros continuam estacionados sobre o passeio público.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, já que a Prefeitura de Maceió se declara incapaz de resolver o problema, temos outra sugestão a dar. Se a SMTT não dispõe de viatura e efetivo de agentes para atender às ocorrências, há uma maneira de fazer com que elas nem ocorram. É muito comum utilizar nas cidades europeias, principalmente em Paris, elementos que impedem que os automóveis invadam o espaço dos pedestres.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-FfKSyNVH_2U/U55cmCpRhJI/AAAAAAAADzo/o9dEHTTa6Uo/s1600/ciclovia-contrafluxo-paris-franca-foto-Rene-Beignet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-FfKSyNVH_2U/U55cmCpRhJI/AAAAAAAADzo/o9dEHTTa6Uo/s1600/ciclovia-contrafluxo-paris-franca-foto-Rene-Beignet.jpg" height="210" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Exemplo do uso de balizadores em Paris.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em francês, esses elementos são chamados de “<a href="https://www.google.com.br/search?q=poteau&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=O-udU5nwFdSksQT524CICw&ved=0CAYQ_AUoAQ&biw=1536&bih=755#q=potelet+trottoir&tbm=isch" target="_blank">potelets</a>” que, segundo a definição da <a href="http://fr.wikipedia.org/wiki/Potelet" target="_blank">Wikipédia</a>, tanto pode se referir aos balizadores de filas como ao “mobiliário urbano para impedir o estacionamento sobre a calçada”. Em Maceió, quando os moradores instalam esses elementos para proteger o muro de suas casas das constantes colisões de automóveis em determinada rua, a Prefeitura se da ao trabalho de <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/01/passeio-publico-responsabilidade.html" target="_blank">demolir</a> esses elementos!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-a62DgFeozjk/U55U_xTH6rI/AAAAAAAADzI/Obao0C-ptU0/s1600/potelets_maceio.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-a62DgFeozjk/U55U_xTH6rI/AAAAAAAADzI/Obao0C-ptU0/s1600/potelets_maceio.jpg" height="181" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Fonte: <a href="http://www.maceio.al.gov.br/smccu/noticias/smccu-desobstrui-calcadas-no-bairro-do-jacintinho/" target="_blank">imagem da esquerda</a> / <a href="http://www.maceio.al.gov.br/smccu/noticias/fiscalizacao-da-smccu-desobstrui-calcadas-no-bairro-prado/" target="_blank">imagem da direita</a></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Em congressos e seminários locais que discutem acessibilidade, os próprios deficientes visuais criticam esses elementos, tratando-os vulgarmente como “capa-cego”, o que da a entender que o deficiente visual ficaria estéril ao bater seu órgão reprodutor num desses elementos. Não da para entender! Os deficientes visuais preferem um carro ocupando toda a calçada, impedindo a passagem, a ter um elemento paralelo ao meio fio que impede que os carros invadam o passeio público?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Os parisienses, bastante críticos da estética urbana, não são fãs dos <i>potelets</i>, apesar de reconhecerem sua utilidade para evitar que as calçadas sejam dominadas por automóveis. Uma maneira de evitar que as calçadas sejam utilizadas como estacionamento, garantir sombras agradáveis, amenizar a temperatura e favorecer a estética é através do plantio de árvores, tão necessárias para o nosso clima e tão escassas em nossa cidade. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-bTxqjg794m8/U56cwWYmnpI/AAAAAAAADz4/vkI1vCvcQbs/s1600/praga_rep_checa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-bTxqjg794m8/U56cwWYmnpI/AAAAAAAADz4/vkI1vCvcQbs/s1600/praga_rep_checa.jpg" height="217" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Exemplo de rua arborizada em Praga, Capital da República Tcheca.</span></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outra sugestão para a Prefeitura (que depende dos vereadores) é a da supressão do artigo 339 do Código de Edificações e Urbanismo (<a href="http://www.maceio.al.gov.br/wp-content/uploads/admin/documento/2013/11/Lei-Municipal-5.593-de-08-de-Fevereiro-de-2007-C%C3%93DIGO-DE-URBANISMO-E-EDIFICA%C3%87%C3%95ES-DO-MUNIC%C3%8DPIO-DE-MACEI%C3%93.pdf" target="_blank">lei municipal 5.593/2007</a>), que impede o poder público municipal de realizar qualquer benfeitoria no passeio público, sendo esta uma obrigação do proprietário do lote adjacente.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Da mesma maneira que a Prefeitura se declara incapaz de punir os motoristas que estacionam seus carros sobre o passeio público, também deve se declarar incapaz de exigir que os proprietários dos imóveis construam e mantenham suas calçadas adequadas à <a href="http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_24.pdf" target="_blank">norma</a> de acessibilidade, visto que a precária situação das calçadas não muda. Entra prefeito e sai prefeito e tudo continua como está.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, com a supressão do artigo 339, a obrigação de construir e manter os passeios públicos deixaria de ser do privado e passaria a ser do poder público (o que parece óbvio, já que a calçada é um espaço público de circulação de pedestres, assim como o leito carroçável é um espaço público de circulação de veículos). Sabemos que a Prefeitura não tem recursos para reformar todos os passeios públicos da cidade da noite para o dia. Porém, também sabemos que é comum toda gestão municipal recapear o asfalto que está degradado pelo intenso tráfego de veículos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A nossa sugestão é que, todas as vezes que a Prefeitura se dispusesse a reformar o asfalto do leito carroçável, destinasse parte do orçamento dessa obra para a reforma do passeio público daquela mesma via. Assim, pouco a pouco, as calçadas da cidade iriam sendo reformadas. E como os pedestres não degradam o passeio público da mesma maneira que os pesados veículos, não seria necessário reformar a mesma calçada sempre que a rua fosse recapeada. Então, sobrariam recursos para recapear outras calçadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O descaso com o passeio público, a transferência da responsabilidade para o privado e a ausência de fiscalização é comum na maioria das cidades brasileiras, mas não é comum em outros países. O descaso dos gestores brasileiros é provocado, principalmente, pela inércia e pelo medo de errar. Os gestores brasileiros, menos preocupados em fazer o <a href="http://g1.globo.com/jornal-da-globo/videos/t/edicoes/v/prefeito-de-nova-york-da-conselho-a-eduardo-paes/2981006/" target="_blank">certo</a> e mais preocupados com os votos que terão na candidatura a reeleição, sabem que proibir que automóveis estacionem sobre as calçadas, inevitavelmente diminuiria o espaço viário disponível e provocaria insatisfação dos motoristas. Aumentar o espaço dos automóveis na cidade tem sido o principal alvo perseguido pelas gestões municipais desde a segunda metade do século XX, quando o país deixou de lado o transporte coletivo sobre <a href="http://www.youtube.com/watch?v=EShbIA5aQAc" target="_blank">trilhos</a> e fez a opção pelo transporte rodoviário individual.<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, em visita ao Brasil, deixou um recado para os prefeitos das cidades brasileiras...</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/yTYQ8mab4Ww" width="459"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Visita de Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, à cidade de São Paulo</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O atual prefeito de Maceió, Rui Palmeira, <a href="http://www.maceio.com.br/tag/bogota" target="_blank">visitou</a> Bogotá em abril de
2014. Ainda aguardamos que ele plante por aqui as sementes que trouxe de
lá.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
______________________________________________</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Leia também:</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.parislabel.com/potogreen/" target="_blank"></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <a href="http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2014/06/14/302376/estacionamento-em-calcadas-ja-provocou-3-mil-multas-so-em-2014" target="_blank">Estacionamento em calçadas já provocou 3 mil multas só em 2014</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/01/passeio-publico-responsabilidade.html" target="_blank">Passeio público, responsabilidade privada</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2011/02/quem-se-incomoda.html" target="_blank">Quem se incomoda? </a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2012/02/45-bicicletada-de-maceio_25.html" target="_blank">45ª Bicicletada de Maceió</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2011/02/os-desagradaveis-passeios-publicos_11.html" target="_blank">Os (desagradáveis) passeios públicos</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <a href="http://bicicletadademaceio.blogspot.com.br/2010/04/pernas-pra-que-te-quero.html" target="_blank">Pernas, pra que te quero?</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
Em francês:<br />
<br />
- <a href="http://www.parislabel.com/potogreen/" target="_blank">Fleurs de trottoir</a><br />
<br />
- <a href="http://lecyklop.blogspot.com.br/2009/06/ville-objet-2-la-proliferation-des.html" target="_blank">"La prolifération des potelets ou ville-hérisson"</a> por Lionel Dax<br />
<br />
- <a href="http://www.leparisien.fr/paris-75/ces-tres-chers-potelets-18-05-2009-516746.php" target="_blank">Ces très chers potelets</a><br />
<br />
- <a href="http://www.sudouest.fr/2014/01/25/nos-chers-potelets-prix-de-nos-incivilitesun-marche-tres-concurrentiel-1440431-2780.php" target="_blank">Nos chers potelets, prix de nos incivilitésUn marché très concurrentiel</a><br />
<br />
- <a href="http://www.leparisien.fr/espace-premium/paris-75/ces-potelets-souples-resistent-aux-chocs-27-12-2013-3441893.php" target="_blank">Paris : les potelets magiques ne casseront plus les voitures</a><br />
<br />
- <a href="http://mlmpage.net/?p=584" target="_blank">Combien il y a t-il de quilles (potelets) à Paris ?</a><br />
<br />
- <a href="http://ab4-signalisation.com/category/potelets-et-bornes/" target="_blank">Regroupement de la gamme potelets bornes</a><br />
<br />
- <a href="http://www.sinoconcept.fr/Le-mobilier-urbain/potelet-boule.html" target="_blank">Sino Concept</a><br />
<br />
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-65484660713382171282014-06-07T07:04:00.001-07:002014-06-07T07:10:36.037-07:00Ciclofaixas e ciclovias aumentam as vendas do comércio local<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-mbSyMdDSZT0/U5MbSRRqgDI/AAAAAAAADyM/hesdIQYrtWc/s1600/10257951_10201818339651441_6717401479908357292_o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-mbSyMdDSZT0/U5MbSRRqgDI/AAAAAAAADyM/hesdIQYrtWc/s1600/10257951_10201818339651441_6717401479908357292_o.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Cicloativistas protestam contra a possível retirada da ciclofaixa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Por O Ciclista Capixaba</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Desde que implantou ciclofaixa da Rua Jair de Andrade (em fevereiro deste ano), a Prefeitura da cidade de Vila Velha, no Espírito Santo, <b>vem sofrendo pressão</b> dos comerciantes locais para que a via volte a ter estacionamento em ambos os lados. Tal reivindicação é sustentada na <b>improvável hipótese</b> de que a ciclofaixa tenha causado diminuição nas vendas.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><b>Tiro no pé</b></span><br />
<br />
Quem não gosta da concentração de lojas e serviços em grandes shopping centers e sente saudade das boas e velhas lojas de bairro deveria apoiar entusiasmadamente as ciclovias. Isso é o que aponta <a href="https://d3n8a8pro7vhmx.cloudfront.net/americabikes/pages/211/attachments/original/1351785187/2012-10-measuring-the-street.pdf?1351785187" target="_blank">um estudo do Departamento de Transportes de Nova York, publicado em novembro de 2012</a>.<br />
<br />
Ou seja, ao trabalhar contra a ciclofaixa, os comerciantes de bairro contribuem para que cada vez mais pessoas passem a consumir em Shopping Centers. Isso não é um tiro no pé? Quem quer enfraquecer o próprio negócio?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-tLWmfAPuES4/U5MbSfwZtvI/AAAAAAAADyQ/wFCBAarIBYY/s1600/Capturar3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-tLWmfAPuES4/U5MbSfwZtvI/AAAAAAAADyQ/wFCBAarIBYY/s1600/Capturar3.jpg" height="353" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Vendas aumentaram 49% depois que ciclovia foi implantada em área de Manhattan.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: large;"><b>Vaga para bike X Vaga para carro</b></span><br />
<br />
<a href="http://colabradio.mit.edu/wp-content/uploads/2010/12/Final_Thesis_Alison_Lee.pdf" target="_blank">Um estudo realizado em uma rua de Melbourne</a>, na Austrália, demonstrou que uma vaga ocupada por um carro gera 27 $ / hora para o comércio local, enquanto que uma vaga ocupada por apenas 6 bicicletas gera 97.20 $ / hora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-JlB1HhtEqW4/U5MbRmjyQyI/AAAAAAAADyI/taaRkEF-PSY/s1600/Capturar4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-JlB1HhtEqW4/U5MbRmjyQyI/AAAAAAAADyI/taaRkEF-PSY/s1600/Capturar4.jpg" height="355" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Vaga ocupada por carro = 27 $ / h</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Vaga ocupada por 6 bicicletas = 97.2 $ / h</span></div>
<br />
O estudo australiano demonstrou o óbvio: um carro ocupa o espaço de até 12 bicicletas (o estudo acima considerou apenas 6 bicicletas por carro). Some a isso o fato de que a maioria dos carros carrega apenas uma pessoa e é fácil entender a enorme diferença entre os números mostrados acima.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fonte: <a href="http://parceiros.gazetaonline.com.br/ociclistacapixaba/ciclovias-nao-prejudicam-seu-comercio/" target="_blank">O Ciclista Capixaba</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
_______________________________________________ </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-JlB1HhtEqW4/U5MbRmjyQyI/AAAAAAAADyI/taaRkEF-PSY/s1600/Capturar4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Quer ler mais sobre o assunto?<br />
<br />
- <a href="http://colabradio.mit.edu/wp-content/uploads/2010/12/Final_Thesis_Alison_Lee.pdf" target="_blank">Qual a contribuição econômica dos ciclistas comparado aos motoristas nas áreas de compras do subúrbio de Melbourne?</a> (Em inglês)<br />
<br />
- <a href="http://thisbigcity.net/how-bike-lanes-can-boost-the-economy/" target="_blank">Como ciclovias podem impulsionar a economia?</a> (Em inglês)<br />
<br />
- <a href="http://usa.streetsblog.org/2013/03/08/bicycling-means-business-how-cycling-enriches-people-and-cities/" target="_blank">Como a bicicleta enriquece as pessoas e as cidades</a> (Em inglês)<br />
<br />
- <a href="http://www.triplepundit.com/2013/12/bike-lanes-increase-small-business-revenue/" target="_blank">Como ciclovias aumentam o faturamento dos pequenos negócios</a> (Em inglês)<br />
<br />
- <a href="http://oglobo.globo.com/blogs/debike/posts/2013/05/13/ciclovias-beneficiam-comercio-local-em-nova-york-496504.asp" target="_blank">Ciclovias beneficiam comércio local em Nova Iorque</a> (O Globo)<br />
<br />
- <a href="http://www.torontocycling.org/uploads/1/3/1/3/13138411/cycling_economies_eglinton_final.pdf" target="_blank">Impactos econômicos das ciclovias</a> (Em inglês)</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5497989948884652239.post-91432600527590391412014-05-30T19:21:00.001-07:002014-05-30T19:23:35.675-07:00Onde ficam os carros que não são comprados?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-mP-vInc47kM/U4k6bH5n0OI/AAAAAAAADxA/P7Xc1b7YI-M/s1600/destaq19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-mP-vInc47kM/U4k6bH5n0OI/AAAAAAAADxA/P7Xc1b7YI-M/s1600/destaq19.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: x-small;">por Deivison Reis</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O sonho de comprar um veículo 0 km é comum no Brasil, mas a verdade é que as vendas estão caindo absurdamente ao redor do globo, fazendo surgir verdadeiros “cemitérios automobilísticos” pelo planeta.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Desde sempre, a molecada cresce sonhando em chegar logo aos 18 anos e comprar — muitas vezes ganhar do pai ou da mãe — um carro zero. Não tem como fugir disso, é algo que está embutido na cultura popular do país — salvo raras exceções.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo assim, aqui no Brasil as vendas caíram nos últimos anos, e isso não acontece só aqui: a crise vem devastando as vendas de veículos novos nos quatro cantos do globo. Contudo, as indústrias do ramo não podem parar de fabricá-los, porque elas teriam que fechar suas fábricas e demitir dezenas de milhares de empregados — e isso iria aumentar ainda mais a recessão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E tem mais: se as fábricas automobilísticas pararem, quem iria empregar essa gente? Como é que iria ficar o mercado do aço? Estas são apenas duas das perguntas que logo vêm à cabeça.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como resultado disso, a quantidade de carros estocados em pistas e parques de estacionamento ao redor do mundo (verdadeiros “cemitérios automobilísticos”) — em que eles lentamente vão se deteriorando — aumenta a cada semana, fazendo com que os fabricantes tenham que comprar mais e mais hectares de terras para guardar os veículos 0 km que saem da linha de produção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conheça alguns desses “cemitérios”, em que as covas não abrigam os restos mortais dos falecidos, mas sim carros 0 km. Não tem Photoshop, e todas as imagens são reais:</div>
<br />
<b>Estacionamento em Swindon, Reino Unido</b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-UUIU3LA40vI/U4k6UpdXLJI/AAAAAAAADvw/ad-ZOeE5nTs/s1600/01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-UUIU3LA40vI/U4k6UpdXLJI/AAAAAAAADvw/ad-ZOeE5nTs/s1600/01.jpg" height="267" width="400" /></a></div>
<br />
<b>57 mil carros no porto de Baltimore, Maryland, U.S.A.</b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Z2aseb3eocc/U4k6VnXrzWI/AAAAAAAADv4/fJCDuqL1Xuc/s1600/02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-Z2aseb3eocc/U4k6VnXrzWI/AAAAAAAADv4/fJCDuqL1Xuc/s1600/02.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Pista de testes da Nissan em Sunderland, Reino Unido</b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-k8_3dyG-zys/U4k6VrZdBtI/AAAAAAAADv8/c9t8DvYhuIg/s1600/03.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-k8_3dyG-zys/U4k6VrZdBtI/AAAAAAAADv8/c9t8DvYhuIg/s1600/03.jpg" height="387" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Estacionamento na Espanha</b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-khL5ddOdxgU/U4k6WaAA-fI/AAAAAAAADwI/ZCNKIrC8O98/s1600/04.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-khL5ddOdxgU/U4k6WaAA-fI/AAAAAAAADwI/ZCNKIrC8O98/s1600/04.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Porto de Valência, Espanha</b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-VjKOdUHfSP0/U4k6XUahk1I/AAAAAAAADwQ/3bgndPynzRo/s1600/05.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-VjKOdUHfSP0/U4k6XUahk1I/AAAAAAAADwQ/3bgndPynzRo/s1600/05.jpg" height="331" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Estrada de St. Petersburg, Rússia</b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-gHO0sojEnOE/U4k6Xv6_eGI/AAAAAAAADwU/2ThujdexD94/s1600/06.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-gHO0sojEnOE/U4k6Xv6_eGI/AAAAAAAADwU/2ThujdexD94/s1600/06.jpg" height="298" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Docas em Avonmouth, Reino Unido</b><br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-RSJEBTUO4ek/U4k6YPxoJ_I/AAAAAAAADwg/-5hbetxw3rg/s1600/07.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-RSJEBTUO4ek/U4k6YPxoJ_I/AAAAAAAADwg/-5hbetxw3rg/s1600/07.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Estacionamento da Citröen em Northamptonshire, Inglaterra</b><br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-dSDkhH5L82c/U4k6ZLht0DI/AAAAAAAADwk/VByH8Yzp17g/s1600/08.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-dSDkhH5L82c/U4k6ZLht0DI/AAAAAAAADwk/VByH8Yzp17g/s1600/08.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Peugeots no porto de Civitavecchia, Itália</b><br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-nL29FrQ0LWo/U4k6Zp-BkSI/AAAAAAAADws/bhqKs1sr3OY/s1600/09.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-nL29FrQ0LWo/U4k6Zp-BkSI/AAAAAAAADws/bhqKs1sr3OY/s1600/09.jpg" height="346" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Estacionamento em Sheerness, Reino Unido</b><br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-n-PzrLdrf2c/U4k6Z3LYD6I/AAAAAAAADww/nhGq1RlWfo8/s1600/10.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-n-PzrLdrf2c/U4k6Z3LYD6I/AAAAAAAADww/nhGq1RlWfo8/s1600/10.jpg" height="247" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como o número de vendas de carros novos só tem caído, atualmente existem inúmeros desses “cemitérios” espalhados pelo planeta — até pelo Google Earth dá pra conferir. Mesmo assim, a produção de mais e mais veículos não para.</div>
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Fonte: <a href="http://curiosomundo.com.br/aonde-ficam-os-carros-que-nao-sao-comprados/">CuriosoMundo.com.br</a><br />
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Bicicletada de Maceióhttp://www.blogger.com/profile/03891707814575870980noreply@blogger.com0